Conceituando Indicadores de dose interna; indicadores de efeito; indicadores de suscetibilidade
INDICADORES DE DOSE INTERNA: Podem ser a expressão de uma simples exposição a uma substância química,do seu acúmulo ou em outras palavras da dose interna real. A maioria dos bioindicadores da qtd determinada no indivíduo reflete apenas a exposição, ou seja, a quantidade do xenobiótico absorvida pelo organismo. Quase nunca detecta a intensidade dos efeitos biológicos observados nos trabalhadores expostos.
Toda vez que o indicador está correlacionado com a concentração da substância química presente no ambiente de trabalho, ele é tido como indicador de exposição, como é o caso do ac Hipúrico, cuja concentração se correlaciona bem com a concentração de tolueno existente no ambiente de trabalho. De acordo com seu significado pode se distinguir:
indicadores de dose USUAL: é o caso do cádmio no sangue que se correlaciona bem com o cádmio presente no ambiente de trabalho e o tricloroetanol unrinário que tb se correlaciona bem com o tricloretileno no ambiente de trabalho
Indicadores de exposição cumulativa: temos como exemplo o PCB- bifenilas policloras
Indicadores de dose interna REAL: que permitem avaliar a concentrção da substância química metabolicamente ativa,é o caso da concentração de chumbo presente de forma difusível no plasma, isto é, a fração que não está ligada a proteína e está no estágio de alcançar o órgão alvo. Outros exemplos são 2,5 hexanodiona
INDICADORES DE EFEITO: Avalia as alterações bilógicas precoces reversíveis que se desenvolvem no órgão crítico, nesse caso o monitoramento de efeitos pode ser considerados com um instrumento utilizado na avaliação de risco ao estado de saúde do indivíduo exposto. Para serem utiizados no Monitoramento biológico, isto é, na prevenção, esse bioindicadores devem servir para mostrar efeitos ainda considerados NÃO-NOCIVOS, ou seja, não associados com alteração funcional na célula
Indicadores de efeito crítico: permitem indicar alterações biológicas precoces, reversível que manifesta no órgão crítico. ex. Inibição da atividade da ALA-D (eritrocitária) (sub crítico) ou ALA-U (Urinária) (crítico)
Indicadores de efeito pré-clínico: permitem identificar as alterações no órgão alvo, geralmente ainda reversíveis e que precedem o aparecimento do quadro clínico. Ex. Microproteinúria e a proteína de ligação ao retinol que reflete alterações renais decorrente de uma exposição ao cádmio.
INDICADORES DE SUSCETIBILIDADE: exprime uma condição adquirida ou congênita, tem como base a capacidade limitada do organismo de fazer frente a uma substância química específica.
FONTE: Fundamentos em toxicologia, Sezi Oga, 3ed, página 250 a 253.