"Os anticoncepcionais hormonais estão entre os contraceptivos mais eficazes e não interferem na resposta imunológica (avaliada pela contagem de células CD4+) e virológica (avaliada pela carga viral) à TARV (terapias anti-retrovirais), mas, por compartilhar vias metabólicas com os ARVs, há dúvidas quanto à possível interação medicamentosa."
"Não é possível, baseando-se em evidências, elaborar recomendações para contracepção hormonal de mulheres portadoras do HIV sob TARV. Os infectologistas e os ginecologistas que dão assistência a essas mulheres devem estar atentos às interações potenciais que possam representar aumento de efeitos adversos, individualizando a orientação sobre os esteróides contraceptivos, suas doses e vias de administração, de acordo com a TARV em uso."
http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v28n11/a08v2811.pdf
Pode, mas depende!? kkkk
ERRADO
Com relação aos anticoncepcionais hormonais, as mulheres com HIV, com Aids, em uso ou não de terapia antirretroviral (ARV), podem usar os anticoncepcionais hormonais.
É importante observar que os medicamentos antirretrovirais (ARV) tanto podem diminuir quanto aumentar a biodisponibilidade dos hormônios esteroides dos anticoncepcionais hormonais.
Os dados disponíveis são limitados e algumas informações sugerem que as potenciais interações medicamentosas entre muitos ARV, particularmente alguns inibidores de transcriptase reversa não nucleosídio (ITRNN) e inibidores de protease (IP) e os anticoncepcionais hormonais, podem alterar a segurança e eficácia tanto dos anticoncepcionais hormonais quanto dos ARV.
Caso uma mulher esteja tomando terapia antirretroviral, a condição de Aids com terapia ARV está classificada na Categoria 2 dos critérios médicos de elegibilidade para métodos anticoncepcionais da OMS (na Categoria 2, estão enquadradas situações nas quais as vantagens de usar o método geralmente superam os riscos comprovados ou teóricos que seu uso poderia acarretar). Sugere-se ainda que, em caso de opção por um anticoncepcional oral combinado, deve-se usar formulação que contenha um mínimo de 0,03 mg de etinilestradiol (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2004, 2008; AMARAL; VISCOLA; BAHAMONDES, 2006)
FONTE: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf - PÁGINA 129