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ID
2709988
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
EBSERH
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A enfermagem obstétrica possui papel fundamental nos diversos ciclos de saúde da mulher, entre eles o puerpério. Acerca das transformações nesse período, julgue o próximo item.


Em caso de ingurgitamento mamário, entre algumas orientações recomendadas estão mamadas frequentes sem horários estabelecidos, uso de sutiã com alças largas, compressas mornas/quentes e ordenha manual antes da mamada.

Alternativas
Comentários
  • Cuidados de Enfermagem à mulher com ingurgitamento mamário



    Dentre os cuidados profiláticos, veja o que o profissional enfermeiro deve realizar:

     

    Orientar sobre o uso de sutiã adequado e de maneira correta, de modo que as mamas fiquem firmes e suspensas, sem, contudo, provocar garroteamento da rede venosa, linfática ou do sistema canalicular.

    Orientar sobre o posicionamento adequado (da mãe e do bebê) no momento de amamentar, com a finalidade de estabelecer adequada capacidade de sucção, demonstrando como colocar e retirar a criança do peito e as posições adequadas para amamentar.

    Estimular o reflexo de ejeção do leite através de pressão intermitente sobre a região mamilo areolar antes de iniciar a mamada ou a extração do leite.

    Observar a tensão da mama e da região mamilo areolar antes da mamada. Em caso de tensão máxima, esvaziar previamente a ampola galactófora até que a região mamilo areolar se torne macia, flexível e apreensível.

    No período da amamentação, oferecer única e exclusivamente o peito, a partir da primeira meia hora após o parto.

    Orientar para a amamentação sob livre demanda.

    Contraindicar o uso de bicos, mamadeiras e chupetas.

    Orientar para o esvaziamento adequado das mamas.

    Orientar para amamentar nas duas mamas.

    Aumentar a frequência das mamadas.

    Favorecer a técnica correta da amamentação.

    Fortalecer a confiança materna.

    Manter a mãe e o bebê juntos.

    Demonstrar à puérpera como estabelecer uma boa pega.

    Propiciar ambiente tranquilo para amamentação.

    Após as mamadas, realizar a inspeção e palpação da glândula mamária à procura de pontos doloridos e endurecidos tentando identificar o tipo de ingurgitamento por área de localização.

     

    https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/15338/mod_resource/content/3/un05/top02p02.html

  • Ordenha manual da aréola, se ela estiver tensa, antes da mamada, para que ela fique macia, facilitando, assim, a pega adequada do bebê; • Mamadas frequentes, sem horários pré-estabelecidos (livre demanda); Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento; elas fluidificam o leite viscoso acumulado, facilitando a retirada do leite, e são importantes estímulos do reflexo de ejeção do leite, pois promovem a síntese de ocitocina; • Uso de analgésicos sistêmicos/anti-inflamatórios. Ibuprofeno é considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução da inflamação e do edema. Paracetamol ou dipirona podem ser usados como alternativas; • Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em posição anatômica; • Crioterapia (aplicação de gelo ou gel gelado) em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas; em situações de maior gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas. Importante: o tempo de aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 20 minutos devido ao efeito rebote, ou seja, um aumento de fluxo sanguíneo para compensar a redução da temperatura local. As compressas frias provocam vasoconstrição temporária pela hipotermia, o que leva à redução do fluxo sanguíneo, com consequente redução do edema, aumento da drenagem linfática e menor produção do leite, devida à redução da oferta de substratos necessários à produção do leite; • Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou com bomba de sucção. O esvaziamento da mama é essencial para dar alívio à mãe, diminuir a pressão dentro dos alvéolos, aumentar a drenagem da linfa e do edema e não comprometer a produção do leite, além de prevenir a ocorrência de mastite.

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 

  • Resumindo!!!!!!!! INGURGITAMENTO MAMÁRIO: orientações - livre demanda, massagem das mamas, ordenha manual da aréola, compressas FRIAS...
  • Para resolver essa questão, é necessário que o aluno tenha conhecimento sobre  o puerpério. 

    Em caso de ingurgitamento mamário (congestionamento venoso e linfático da mama), os cuidados que a enfermeira deve orientar são: 

    • mamadas frequentes conforme a demanda do bêbe, sem horários estabelecidos (demanda livre).
    • uso de sutiã com boa sustentação, devendo as alças possibilitar a sustentação e não serem largas.
    • Esvaziar o peito após as mamadas por meio de ordenha, preferencialmente manual, iniciando na base areolar, até que desapareçam os pontos dolorosos.
    • Utilizar técnicas de relaxamento e redução do stress.
    • RUso de analgésicos, se necessário.


    Resposta do Professor: Errado.


    BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual normativo para profissionais de saúde de maternidades: referência para mulheres que não podem amamentar. Brasília, 2005.