SóProvas


ID
2710009
Banca
IBFC
Órgão
Câmara de Feira de Santana - BA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                                Gravidez por substituição

                            “Carrego seu flho por R$50 mil”

           Proibida no Brasil, barriga de aluguel movimenta internet

                com grupos de oferta e procura (Clarissa Pains)


      “Cedo meu útero por R$30 mil em dinheiro e um carro a partir do ano de 2012.”

      “Alugo barriga por R$50 mil para terminar de construir minha casa.”

      “Se você não tiver dinheiro, mas puder me arrumar um emprego, alugo meu útero sem custos.”

      Ao rolar a página de um grupo público sobre barriga de aluguel na internet, a sensação é de estar vendo uma seção de classifcados. As mulheres informam quanto cobram e quais são suas exigências, e os possíveis contratantes selecionam as que mais se encaixam no perfl que procuram e entram em contato. Os valores costumam variar de R$10 mil a R$50 mil, e muitas “candidatas” se dispõem a viajar para outros estados. Tão explícitas na rede, essas transações comerciais são, no entanto, proibidas no Brasil. Por aqui, só se pode “emprestar” a barriga para parentes de até quarto grau e se não houver dinheiro envolvido, no que é chamado tecnicamente de cessão temporária de útero ou gravidez por substituição.

      Quem tenta driblar isso, tem, em geral, consciência da proibição, mas alega necessidade fnanceira.[...]

      O tema não é consenso mesmo entre especialistas em reprodução. Para Maria Cecília, ter uma barriga solidária dentro da família e sem pagar é o ideal por uma questão emocional e de segurança para os pais e o bebê, mas a proibição da transação comercial traz outros problemas.

      - O vínculo comercial dá, sim, margem a práticas de má-fé. No entanto, é uma faca de dois gumes: quando você proíbe, acham um jeito de fazer de forma clandestina e, portanto, insegura. Proibir não é o melhor caminho, mas isso é uma opinião pessoal – diz ela.

      Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Marcio Coslovsky ressalta que o objetivo da norma é, acima de tudo, impedir que se atente contra a dignidade humana:

      - A ideia é proteger as pessoas e não explorar a miséria delas. A única ponderação que cabe notar é que tal proibição, de forma geral, é associada à classe social: quem tem dinheiro pode pegar um avião e fechar um contrato de barriga de aluguel, porque vários países permitem. [...]

      Outra especialista, Claudia Navarro diz, ainda, que uma “inseminação caseira”, feita fora das clínicas especializadas, envolve uma série de perigos.

      - Há risco grave de infecção. Nas clínicas, o sêmen fca guardado seis meses antes de ser usado, para dar tempo de a janela de incubação dos vírus terminar. Isso nos dá garantia de que a pessoa não tem HIV, por exemplo – diz ela. – E se, além da barriga, a mulher usar seu óvulo, ela será mãe de fato da criança. Pode, no futuro, pedir guarda, pensão. São muitas consequências.

                                                                (Fonte: Jornal O Globo, 25/02/2018) 

O texto em análise pertence ao gênero jornalístico e apresenta um potencial informativo. Contribuem para isso todos os elementos linguísticos listados abaixo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    A) Claro emprego da 3 pessoa. Ex: . As mulheres informam quanto cobram e quais são suas exigências, e os possíveis contratantes selecionam as que mais se encaixam no perfl que procuram e entram em contato. Os valores costumam variar de R$10 mil a R$50 mil, e muitas “candidatas” se dispõem a viajar para outros estados. Tão explícitas na rede, essas transações comerciais são, no entanto, proibidas no Brasil. Por aqui, só se pode “emprestar” a barriga para parentes de até quarto grau e se não houver dinheiro envolvido, no que é chamado tecnicamente de cessão temporária de útero ou gravidez por substituição.

    B) Texto Formal, é uma materia jornalistica. 

    C) Ele faz referência a 3 autoridades.

    D) Ele cita; traz informações.

  • GABARITO B

     

     O gênero jornalístico tem como principal característica a integração entre o leitor e o jornal, sendo que essa modalidade requer um tipo específico de linguagem, chamada de linguagem jornalística.

     

    linguagem jornalística deve seguir alguns preceitos. São eles:

     

    Objetividade: a linguagem jornalística deve ser objetiva e evitar termos literários, como metáforas e linguagem conotativa. Isso acontece porque a mensagem deve ser transmitida de maneira clara, a fim de que sejam evitadas diferentes interpretações e possíveis dificuldades do leitor em compreender aquilo que está sendo dito ou lido.

     

    Simplicidade: deve prezar por termos aceitos no registro formal da língua, evitando vícios de linguagem e vocábulos eruditos ou obsoletos.

     

    Imparcialidade: deve evitar expressões que denunciem a opinião de quem escreve a notícia para que o leitor possa fazer seu próprio juízo de valor sobre aquilo que está expresso no jornal.

     

    Linguagem referencial: o foco deve ser mantido na notícia.

     

    Empatia com o leitor: a linguagem jornalística deve projetar no leitor os sentimentos daqueles que estão envolvidos na notícia.

     

    Linguagem narrativa: predominantemente há a ocorrência da narração, gênero associado aos verbos carregados de ação. A narração confere maior ritmo aos fatos, assim como linearidade.

     

    Universalidade: os fatos narrados devem ser de interesse geral, evitando assuntos que sejam de pouca relevância para a sociedade.Frase

     

     

    bons estudos

  • Característicos tipos de textos jornalísticos e suas principais características:


    Notícia: Caracteriza-se pela linguagem direta e formal. Tem caráter informativo e é escrito de forma impessoal, freqüentemente fazendo uso da terceira pessoa. Inicia-se com o lide e se segue com o corpo da notícia. Enquanto na primeira parte estão registradas as principais informações do fato, no corpo do texto estão presentes os detalhes (relevantes ou não), as causas e as conseqüências dos fatos, como, onde e com quem aconteceu, e a sua possível repercussão na vida das pessoas que estão lendo. Pode ter ou não um público alvo (jovens, políticos, idosos, famílias), caso tenha a linguagem poderá ser adaptada para o melhor entendimento.


    Editorial: é uma sessão do jornal que possui opiniões dos editores e/ou da própria empresa que edita o veículo de comunicação. São textos opinativos, e não tem a obrigação de serem imparciais.


    Reportagem: Tem por essência a descrição e caracterização de eventos. Para isso a reportagem conta com algumas perguntas que, ao serem respondidas, formarão a estrutura da reportagem. Em Inglês chamamos as perguntas a seguir de WH Questions, e elas servem para melhor estruturar a reportagem: O quê?, Como?, Quando?, Onde?, Porquê?, Quem?.


    Nota: Texto curto composto apenas pelo lide. Normalmente trata de algum assunto de fácil compreensão e assimilação e que seja do interesse do leitor. Algo que já tenha sido noticiado ou que não possui detalhes relevantes para serem descritos.

  • GABARITO: LETRA: B

    B) Texto é Formal, e NÃO informal como afirma a questão. A linguagem formal, também chamada de "culta" está pautada no uso correto das normas gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras. Já a linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com as normas gramaticais.

  • b)emprego de registro informal em ´´rolar´´.

  • nem precisa ler o texto a assertiva B já entrega quando diz "predomínio do uso INFORMAL"

  • A- o emprego da terceira pessoa do discurso. -> Sim, em textos narrativos informativos há uma predominância da terceira pessoa.

    B- predomínio do registro informal como em “rolar” (4º§). -> texto de cunho jornalístico = Formal. Objetivo. Destinado ao público em geral.

    referência a autoridades na área em questão. -> Sim, isso fortalece a notícia.

    reprodução de falas por meio das citações. -> Sim. É a mesma coisa de um jornal de televisão, que entrevista uma pessoa e dá espaço para o entrevistado opinar, falar sobre certo assunto.

  • "Sem necessidade de ler o texto para responder", mas na prova veria até os espaços entre as palavras kkkkkk