SóProvas


ID
2710615
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura de Natal - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Uma ameaça chamada luz visível

                                                                 Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa


      Aquela dose generosa de protetor que você passa antes de se expor ao sol pode não blindar sua pele como esperado. Calma: é para continuar lançando mão do produto, só que um elemento aparentemente oculto despontou nesse enredo e tem gerado preocupação. Oculto, não. Digamos que ele é bem visível.

      Uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) revela que outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, é capaz de danificar o tecido cutâneo. Trata-se da luz visível, que, como o nome indica, tem ondas que podemos enxergar – ao contrário dos raios UVA e UVB. “Nas células da pele, essa radiação gera lesões que, no longo prazo, podem sofrer uma transformação maligna”, conta o professor da USP e líder da pesquisa Maurício da Silva Baptista. A descoberta, inédita, sobre esse potencial cancerígeno ajudaria a explicar o aumento da incidência de tumores de pele, apesar das fortes campanhas de alerta por aí. “Casos de melanoma, o mais letal dos cânceres de pele, crescem de 3 a 4% a cada ano”, lamenta o médico Hélio Miot, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os outros tipos também seguem avançando.

      O estudo da USP desvendou que o efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, as duas radiações aumentam, na pele, a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da cútis. O inquietante é que hoje não existem filtros solares capazes de interceptar a luz visível. Especialistas afirmam, porém, que não é caso para pânico. “Essa radiação é menos energética e perigosa que a ultravioleta. O UVA, por exemplo, é mil vezes mais potente no que se refere aos danos”, pondera Miot.

      Na escala de preocupação dos experts, sempre figurou no topo a fração UVB. Ela é a mais tóxica à pele, mesmo representando apenas 5% da radiação que atinge o corpo e tendo danos mais restritos às camadas cutâneas superficiais. É o raio solar com maior probabilidade de causar um câncer em médio prazo. “Há 50 anos, se sabe que o UVB promove o envelhecimento e afeta o DNA das células da pele, sem contar que ainda prejudica estruturas dos olhos e favorece a catarata“, contextualiza Miot, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O UVA seria o segundo colocado em termos de lesões, seguido pela luz visível.

      Ainda restam mais perguntas do que respostas quanto aos efeitos dessa radiação – inclusive sua parcela de culpa sobre o câncer de pele. A luz visível, aliás, também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde. A versão solar, potencialmente perigosa, é bloqueada com uma barreira física, isto é, roupas, chapéus, óculos escuros e cremes coloridos. “Os filtros solares infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo”, observa Baptista.

      A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que reúne os fabricantes, explica que, atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.

      De fato, ainda não há produtos voltados para o corpo todo e focados em deter as repercussões mais profundas e nefastas na pele, como revelado no trabalho da USP. “Não conheço nenhum composto que atue diretamente contra esse tipo de dano”, diz Flávia. Para suprir essa lacuna, a equipe de Baptista criou e patenteou uma fórmula que utiliza nanotecnologia e um filme finíssimo de melanina para o corpo inteiro contra as três radiações, UVA, UVB e luz visível. Agora o químico busca empresas interessadas em inves tir em sua solução – e já tem encontros marcados com integrantes da indústria.

      Enquanto novos produtos que também nos defendam da luz visível não chegam ao mercado, continua de pé a recomendação de usar sempre o protetor tradicional, maneirar na exposição nos horários de maior incidência do sol e usar, se for o caso, chapéu e camiseta.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/bem-estar/um-perigo-chamado-luz-visivel/>. Acesso em: 01 mar. 2018. [Adaptado]

O texto compõe-se dominantemente por

Alternativas
Comentários
  • Uma linha tênue entre argumentação e expicação.  

  • Resposta D, uma explicação.

  • Explicação: Informações cientifica e argumentos de autoridade.

  • Como diferenciar texto argumentativo de explicativo? Quais as características de cada um?

  • Segundo o site consultado abaixo, no texto explicativo, não há opinião do autor, e sim de outras pessoas, argumentos de outros e os verbos costumam estar no impessoal para apagar a influência do autor do texto, isto torna o texto mais objetivo. Já o texto argumentativo, é mais subjetivo, os verbos são conjugados na primeira pessoa e não se vê muito a opinião de outras pessoas, apenas do autor que não usa muitos argumentos de outrem. O título também costuma ser uma pergunta. Entretanto, também é possível que estas características se misturem no texto e ele seja os dois: explicativo e argumentativo, mas, se tiver mais de um do que de outro, será predominantemente aquele.

    Fonte: http://tondinho.blogspot.com/2010/11/diferencas-entre-o-texto-expositivo.html (Acesso em 4.ago.2018, às 13:31)

  • TIPOLOGIA TEXTUAL: se refere fundamentalmente ao tipo de texto e a sua apresentação e estrutura.

     

    Narrar: contar histórias;

    Descrever: caracterizar estaticamente; e

    Dissertar: expor ideias, defender uma tese.

  • DESCRIÇÃO

     

    É caracterizar, relatar em detalhes características de pessoas, objetos, imagens, cenas, situações, emoções, sentimentos.

     

    A Descrição é uma pormenorização estática, uma pausa no texto.

     

    Utiliza-se muitos: Adjetivos, VL que indiquem estado e orações e locuções adjetivas para caracterização.

     

    O tempo mais usual é Pretérito Imperfeito: indica tempo continuado, inacabado: ex: Estava; Matava.

     

    Adjetivos podem ter Valor Objetivo ou Relacional, quando são isentos de opinião e simplesmente expressam um fato.

     

    ADJETIVOS QUALIFICATIVOS OU SUBJETIVOS: expressam opinião.

     

    OBS: O mais comum é a DESCRIÇÃO aparecer dentro da NARRAÇÃO.

     

    OBS: Difere-se da NARRAÇÃO por trazer acontecimentos SIMULTÂNEOS, que ocorrem ao mesmo tempo, sem progressão temporal e sem relação de anterioridade e posterioridade.

     

    Tipo Textual que Predomina em Gêneros: Manuais, Propagandas, Biografias, Relatórios, Tutoriais.

  • DISSERTAÇÃO

     

    TEXTO DISSERTATIVO BASICAMENTE: expõe ideias, razões, teorias, raciocínios, abstrações, por meio de relações lógicas sequenciais no texto, dentro de uma estrutura específica (introdução, desenvolvimento e conclusão), sem necessária progressão temporal.

    Pode ser NEUTRO, ATEMPORAL e CLARA.

    Marca-se pelo USO DOS VERBOS NO PRESENTE.

    Pode ser OBJETIVA/EXPOSITIVA ou SUBJETIVA/ARGUMENTATIVA/OPINATIVA.

     

                TEXTO DISSERTATIVO EXPOSITIVO (PURO):

     

    FINALIDADE: trazer conceitos, discutir um assunto de maneira impessoal e objetiva, ou seja, sem defesa clara de uma opinião.

    Discute uma ideia, sem o objetivo de formar a opinião do leitor.

     

    NÃO há defesa de tese, apenas exposição clara e atemporal de ideias.

    Autor IMPESSOAL e o Leito é UNIVERSAL.

    NÃO é objetivo primário criar debate e convencer o leitor.

     

                TEXTO DISSERTATIVO EXPOSITIVO-INFORMATIVO

     

    Subtipo do expositivo;

    FINALIDADE: acrescentar informação nova ao leitor, ao contrário do expositivo puro.

     

    OBS: Quase todo texto dissertativo traz elementos de outra tipologia.

     

                DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO/OPINATIVO

     

    Discute, Informar e Defende uma Tese.

     

    FINALIDADE: convencer.

     

    Linguagem utilizada é clara, impessoal (embora parcial), culta.

    Primeira Pessoa: realçar as ideias discutidas e seu alinhamento aos argumentos.

    Terceira Pessoa: verbos no presente do indicativo.

    Os Argumentos são apresentados de forma estruturada.

     

    OPERADORES ARGUMENTATIVOS OU DISCURSIVOS: conectivos, conjunções, advérbios, palavra denotativa.

  • TEXTO INJUNTIVO OU INSTRUCIONAL

     

    Traz instruções ao leitor, ou seja, que dar o passo a passo para algo ser executado.

    Ex: manual de instruções, burla médica, receitas de bolo.

    Verbos no Imperativo.

  • NARRAÇÃO:

     

    Finalidade: contar história, retratar acontecimentos sucessivos num lapso temporal, relação de fatos de antes e depois.

     

    Elementos Narrativos: narrador, enredo, tempo, lugar/espaço (tempo), personagens (quem) e um encadeamento de eventos (o quê) que se desenvolvem ou se complicam até um clímax e um posterior desfecho.

     

    OBS: Por narrar acontecimentos em sequência no tempo-espaço, o tempo verbal predominantemente é o Pretérito Perfeito.

     

    TIPOS DE NARRADOR:

     

    Narrador Personagem: conta a história em primeira pessoa e faz parte dela.

    Narrador Observador: narra a história em terceira pessoa, traz o relato de uma testemunha.

    Narrador Onisciente: tem pleno conhecimento do pensamento e das emoções dos personagens, bem como sobre o passado e o futuro dos acontecimentos.

     

                TIPOS DE DISCURSOS DO NARRADOR

    Existe 3 tipos de discursos:

    Direto;

    Indireto; e

    Indireto Livre.

     

    DISCURSO DIRETO:

     

    Primeira pessoa;

    Uso de Verbos Declarativos: afirmar, dizer, falar, ponderar, retrucar, redarguir, replicar, perguntar, responder, pensar, refletir, indagar;

    Pontuação: 2 pontos, travessão ou aspas para isolar as falas, bem como sinais gráficos.

     

    OBS: Opinião do Narrador: olhar para o Advérbio e o Adjetivo.

     

    DISCURSO INDIRETO:

     

    Terceira Pessoa: incorpora a fala dos personagens na sua própria fala;

    Uso de Verbos Declarativos: afirmar, dizer, falar, ponderar, retrucar, redarguir, replicar, perguntar, responder, pensar, refletir, indagar;

    Trata-se de uma Paráfrase, Uma Reescritura das Falas: age o narrador como um intérprete e informante do que foi dito. Geralmente traz uma Oração Subordinada Substantiva.

     

    DISCURSO INDIRETO LIVRE:

     

    Discurso Híbrido: concilia características dos 2 anteriores.

    Liberdade Formal e Sintática por parte do narrador, que mistura reproduções literais das falas com paráfrase.

     

                PASSAGEM DO DISCURSO DIRETO PARA O INDIRETO:

     

    Primeira Pessoa à Terceira Pessoa

     

    ALTERAÇÃO DA PONTUAÇÃO:

     

    Frases Exclamativas, Interrogativas e Imperativas à Frases Declarativas

     

  • CONTINUAÇÃO DA NARRAÇÃO...

     

    CONVERSÃO DOS PRONOMES:

     

    Eu, Me, Mim, Comigo, Nós, Nos, Conosco, Meu, Meus, Minha, Minhas, Nosso, Nossos, Nossa, Nossas à Ele, Ela, Se, Si, Consigo, O, A, Lhe, Eles, Elas, Os, As, Lhes, Seu, Seus, Sua e Suas

     

    CONVERSÃO DOS TEMPOS VERBAIS:

     

    Presente do Indicativo à Pretérito Imperfeito do Indicativo;

    Pretérito Perfeito do Indicativo à Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo

    Futuro do Presente do Indicativo à Futuro do Pretérito do Indicativo

    Presente e Futuro do Subjuntivo à Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

    Imperativo à Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

     

    OBS: Discurso Direto para o Indireto, deve ser conservada a correlação correta dos tempos verbais.

     

    ADVÉRBIOS E ADJUNTOS ADVERBIAIS:

     

    Aqui e Agora à Naquele dia e Naquele momento

    Amanhã à No dia seguinte

    Aqui, aí, cá à Ali, Lá

    Este, Isto à Aquele, Aquilo

     

    OBS: O Verbo Declarativo (Aquele que introduz a fala): muitas vezes somente o verbo declarativo é passado para o discurso indireto e os verbos do restante da fala são mantidos nos tempos originais.

     

    OPINIÃO DO AUTOR/NARRADOR: adjetivo, advérbio, verbo.

  • Características de um texto dissertativo expositivo( explicativo): 

    Objetiva a transmissão de conhecimento ao leitor. Esse tipo de texto é usado na imprensa, nos livros didáticos, nas enciclopédias, nas revistas de divulgação técnica e científica.

    Características: Interação com o leitor, impessoalidade( o autor não dá opinião), citação de fontes, possui exemplos.

  • Começando pela eliminação da letra c) injunção (comando, ordem), também podemos eliminar a letra b) descrição, pois o texto não descreve, dominantemente. Entre a letra a) argumentação e a letra d) explicação, Vimos que a explicação dentro do texto é mais forte que uma simples argumentação, que acontece pouco.

     

    Meu ponto de vista

  • Resposta D, uma explicação.

    O texto compõe-se dominantemente por argumentação.

  • Explicativo: dados, informações e conhecimento.

    Argumentativo: tese -> tentativa de convencer o leitor de algo