SóProvas


ID
2722828
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                     Texto 1


                    Pessoas que têm pesadelos são mais criativas,

                                                 diz estudo


              É hora de repensar o papel do pesadelo na nossa sociedade


      A origem etimológica da palavra “pesadelo” diz muito sobre o sentimento que temos ao despertar de um sonho apavorante. Em português, é derivada da palavra “pesado”, ou seja, remete àquela sensação de peso sobre o peito que só um pesadelo dos bons pode causar. Em inglês, a origem da palavra é ainda mais interessante: é uma conjunção de “night” (noite) e “mare”, que faz referência a espíritos malignos que, para os antigos, possuíam as pessoas durante o sono. Por muito tempo, foi assim que a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo, assombroso e estranho criado pelo cérebro. Mas estudos recentes vêm mostrando que é hora de repensar o papel dos pesadelos na nossa sociedade.

      Em um estudo recente publicado na New Scientist, a pesquisadora Michelle Carr, que estuda sonhos na Universidade de Montreal, explica que existem duas teorias dominantes para o surgimento dos pesadelos. Uma é que eles são uma reação a experiências negativas que acontecem enquanto estamos acordados. A outra é a “teoria de simulação de risco”, a ideia de que usamos os pesadelos para “treinar” adversidades, de forma que estejamos mais preparados quando coisas ruins realmente acontecerem. Seja como for, os pesadelos trazem realmente alguns benefícios reais. Um estudo de 2013, por exemplo, descobriu que pessoas que sofrem com pesadelos de forma recorrente são, em geral, mais empáticas. Elas também demonstraram mais tendência a bocejar quando outra pessoa boceja na frente delas, o que é um indicador de empatia.

      Além disso, Carr descobriu que pessoas que têm pesadelos constantes costumam pensar mais “fora da caixa” em tarefas de associação de palavras. Essa é mais uma pesquisa que relaciona sonhos ruins à criatividade; durante os anos 80, o pesquisador do sono Ernest Hartmann, que trabalhou como psiquiatra em uma universidade de medicina em Boston, descobriu que pessoas que buscavam ajuda para ter noites mais tranquilas não eram necessariamente mais assustadiças ou ansiosas, mas tinham maior sensibilidade emocional em geral. Segundo o Science of Us, ele concluiu que sensibilidade é a força motriz por trás de sonhos intensos. Uma sensibilidade mais alta a ameaças ou medo durante o dia pode resultar em sonhos ruins, enquanto paixão e empolgação causarão sonhos mais felizes. E ambos os casos acabam criando impacto na vida real, seja aumentando níveis de estresse após um pesadelo ou criando laços sociais mais fortes após um sonho positivo com alguém que você conhece.

      Mas os efeitos vão além. O estudo de Hartmann aponta que a sensibilidade influencia percepções e pensamentos acordados. Pessoas que têm muitos pesadelos passam a ter pensamentos mais parecidos com sonhos, fazendo conexões inesperadas. É aí que entra a criatividade: estudos anteriores mostram que essas pessoas têm mais aptidão para a criatividade e a expressão artística. Para comprovar isso, Carr realizou o teste com uma série de voluntários, entre eles uma pintora e um músico. Batata: ambos tiraram notas altas no teste de criatividade e, curiosamente, revelaram que sonham constantemente. Para Carr, “a riqueza da imaginação não fica confinada ao sono, mas permeia o pensamento e os sonhos acordados”. 

      Outra conclusão de Carr é que pessoas que têm mais pesadelos acabam tendo mais sonhos positivos que a média geral. Seria uma compensação do cérebro? Só mais pesquisa dirá.

Retirado e adaptado de <http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/05/pessoas-que-tem-pesadelos-sao-mais-criativas-diz-estudo.html> 

Em “[...] a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo”, há quais das figuras de estilo apresentadas a seguir?

Alternativas
Comentários
  • a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo A CIÊNCIA NÃO ENCARA NADA. PROSOPOPEIA CONJUNÇÃO COMO INICIANDO UMA COMPARAÇÃO. GABA E

  • Prosopopeia = figura pela qual o orador ou escritor empresta sentimentos humanos e palavras a seres inanimados, a animais, a mortos ou a ausentes; personificação, metagoge.

  • ONOMATOPEIA: Se manifesta por meio do uso de palavras que tentam imitar sons do nosso cotidiano, como os barulhos característicos dos animais, instrumentos musicais e tantos outros. Exemplo: "tic-tac" ; "ding-dong"; "Au-Au"; "Miauu"


    PROSOPOPEIA: Caracteriza-se toda vez que atribuímos atitudes a seres inanimados, pessoas já falecidas, animais, fenômenos da natureza ou figuras imaginárias. Exemplo: "Hoje até o sol está mais feliz"; "Essa geladeira já está cansada de trabalhar".

  •  a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo


    como de comparação

    PROSOPOPEIA---------> a ciência encarou os pesadelos..


    Em relação ao COMO PODE SER (CONFORMIDADE )

  • A ciência encarou o pesadelo: Prosopopeia, pois ocorre uma manifestação de animação a um ser inanimado.

    Como algo negativo: Comparação, pois o conectivo "como" está explícito na frase, ao comparar o pesadelo a algo negativo,

  • Sinestesia - Figura de palavra que consiste em agrupar e reunir sensações originárias de diferentes órgãos do sentido: visão, tato, olfato, paladar e audição. Veja este outro exemplo: “O sol de outono caía com uma luz pálida e macia”.

    Pleonasmo é uma figura de linguagem que se caracteriza pela redundância. Trata-se da repetição de palavras que tem o mesmo significado, em uma mesma oração. Pode ocorrer de duas formas: Como Pleonasmo literário ou como Pleonasmo Vicioso.

    Ex: Subir pra cima.

    Antítese - Aproximação de palavras que expressam ideias opostas.

    Ex: Luz e escuridão; Noite e dia.

    Paradoxo/ Oxímoro- O paradoxo, também conhecido com oxímoro, é uma  que “funde” conceitos opostos num mesmo enunciado. Ele pode ser descrito como a expressão de uma ideia lógica por meio do emprego de termos opostos entre si. 

    Ex: “vida” e “morte”, duas noções que se excluem mutuamente quando se referem a um mesmo ser (se há vida, não há morte; se há morte, não há vida)

  • Mas pesadelo já não é algo negativo? Fui quente na A por isso.

  • Para quem não é assinante: gabarito letra E

  • A prosopopeia é uma figura de linguagem que ocorre quando há atribuição de ações, qualidades ou sentimentos humanos a seres inanimados ou irracionais. Também conhecida como personificação ou animismo, a prosopopeia é considerada uma figura de pensamento, pois está ligada à compreensão do texto.

    Observe os exemplos a seguir:

    Exemplo 1

    Recordação

    Agora, o cheiro áspero das flores leva-me os olhos por dentro de suas pétalas. Eram assim teus cabelos; tuas pestanas eram assim, finas e curvas. As pedras limosas, por onde a tarde ia aderindo, tinham a mesma exalação de água secreta, de talos molhados, de pólen, de sepulcro e de ressurreição. 

    E as borboletas sem voz dançavam assim veludosamente (...)

    No trecho em destaque, “E as borboletas sem voz dançavam assim veludosamente”, as borboletas recebem características e ações humanas: “sem voz” e “dançavam”.

  • A palavra COMPARAÇÃO tem origem no latim comparare, formada por com, que quer dizer “junto”, e parare, que significa “fazer par, colocar lado a lado para observar as diferenças”.

    A figura de linguagem comparação é também chamada de símile. Ela acontece quando é estabelecida entre palavras ou expressões uma relação comparativa explícita, marcada pela presença de termos como “como, assim como, tal como, igual a, que nem”, entre muitos outros. A comparação também pode ser feita a partir de verbos, como “parecer” e “assemelhar-se”.

    Exemplos:

    Essa garotinha é linda como uma princesa.

  • Eu fui na C, mas corrigi depois.

  • Personificação da ciência = Prosopopeia

    "Como algo negativo" = Comparação

  • Prosopopeia – Consiste em emprestar ação , voz ou sentimento humano a seres inanimados , irracionais ou imaginários

    Bailando no ar , gemia inquieto vaga-lume ( Machado de Assis )

    Dorme , ruazinha , é tudo escuro ( Maria Quintana 

  • SOBRE AS OUTRAS FIGURAS:

    PLEONASMO: redundância de termos no âmbito das palavras, mas de emprego legítimo em certos casos, pois confere maior vigor ao que está sendo expresso (p.ex.: ele via tudo com seus próprios olhos ).

    METAFORA: designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança (p.ex., ele tem uma vontade de ferro, para designar uma vontade forte, como o ferro)

    HIPERBOLE: ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística; auxese, exageração (p.ex.: morrer de medoestourar de rir ).

  • Encarar é uma qualidade humana e está atribuída a ciência, esta não encara nada. Portanto, prosopopeia.

    "Como" é uma partícula comparativa, logo foi feito uma comparação entre o pesadelo e algo negativo.

  • Prosopopéia ou personificação em a ciencia encarou. Logo depois, comparação.

  • LETRA D

    DESCOBRINDO À PRIMEIRA, A SEGUNDA FICA MAIS FÁCIL.

  • Prosopopéia ou personificação: Da características de pessoas para aqueles que não os têm ---> A ciência não encara, pois quem encara é seres humanos.

    Comparação: Estabalece comparação por meio de um conectivo ---> "Como" algo negativo.

  • GABARITO D

    Encarar é uma qualidade humana e está atribuída a ciência, esta não encara nada. Portanto, prosopopeia.

    "Como" é uma partícula comparativa, logo foi feito uma comparação entre o pesadelo e algo negativo.

  • prosopopeia ou personificação:são caracteristicas humanasatribuidas a seres inanimados(a ciencia encarou, a ciencia não encara ninguem ,encarar é uma caracteristica humana)

    comparação:que compara dois termos