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ID
2724439
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A teoria psicossocial de Erik Erikson (1902-1994) reside no amplo quadro das teorias psicodinâmicas da personalidade. Erikson identificou oito estágios psicossociais no ciclo da vida humana, que compreendem fases desde o nascimento até a velhice, caracterizadas por “crises de identidade”. De acordo com a teoria de Erikson, no último estágio dessa evolução, correspondente à velhice, pode-se identificar

Alternativas
Comentários
  • Estágio Psicossocial 8 – Integridade vs. Desespero

    Equivale ao Estágio Genital na teoria psicanlista

    O estágio psicossocial final ocorre durante a velhice e está focado em refletir sobre a vida.

    Neste ponto do desenvolvimento, as pessoas olhar para trás sobre os acontecimentos de suas vidas e determinar se elas estão felizes com a vida que viveram ou se arrependem das coisas que fizeram ou deixaram de fazer.

    Aquelas que forem mau sucedidas durante este estágio vão sentir que sua vida tem sido desperdiçada e vão experimentar muitos arrependimentos. O indivíduo vai ficar com sentimentos de amargura e desespero.

    Aquelas que se sentem orgulhosas de suas realizações vão sentir uma sensação de integridade. Concluir com sucesso esta fase significa olhar para trás com poucos arrependimentos e um sentimento geral de satisfação. Essas pessoas irão atingir a sabedoria , mesmo quando confrontados com a morte.

  • 1. Confiança X Desconfiança – (até um ano de idade)

    2. Autonomia X Vergonha e Dúvida – (segundo e terceiro ano)

    3. Iniciativa X Culpa – (quarto e quinto ano)

    4. Construtividade X Inferioridade – (dos 6 aos 11 anos)

    5. Identidade X Confusão de Papéis – (dos 12 ao fim da juventude)

    6. Intimidade X Isolamento – (jovem adulto)

    7. Produtividade X Estagnação – (meia idade

    8. Integridade X Desesperança – (velhice)


    "Digno de admiração é aquele que, tendo tropeçado ao dar o primeiro passo, levanta-se e segue em frente."

    ( Carlos Fox )


  • Erik Homburger Erikson foi um psicanalista, famoso teórico da Psicologia do desenvolvimento, responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia que prediz que o crescimento psicológico ocorre através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interação da pessoa com o meio que a rodeia. O foco do desenvolvimento do ego não é somente resultado de desejos intrapsíquicos, mas também uma questão de regulagem mútua entre a criança em crescimento, a cultura e as tradições da sociedade.

    Baseado na psicologia freudiana, Erikson desenvolveu um estudo sobre o desenvolvimento humano para além dos estudos da infância e puberdade, pois acreditava que as experiências da idade adulta também determinam a personalidade, concebendo uma teoria do desenvolvimento que cobre todo o ciclo vital desde a primeira infância até a velhice e senescência. Descreveu o curso de vida em oito etapas ou ciclos, cada um caracterizado por um conflito específico, uma crise psicossocial, que não são apenas inevitáveis e sim um processo natural e necessário, a base de toda mudança e progresso. Define crises como situações desafiadoras que nos permitem nos superar e aprender mais sobre nós mesmos. A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios influenciará a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida.

    Vejamos cada uma das etapas e suas principais características:

    Confiança  X  Desconfiança  (até um ano de idade): a criança é substancialmente dependente das pessoas que cuidam dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, higiene, locomoção, aprendizado de palavras e seus significados, bem como estimulação para perceber que existe um mundo em movimento ao seu redor. O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança sentir que tem segurança e afeto, adquirindo confiança nas pessoas e no mundo. 

    Autonomia  X  Vergonha e Dúvida   (segundo e terceiro ano): passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Se for criticada ou ridicularizada desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. 

    Iniciativa  X  Culpa (quarto e quinto ano): a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual" e  intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos.

    Construtividade  X  Inferioridade (dos 6 aos 11 anos): período de alfabetização e inserção no ambiente escolar, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá  maior sociabilização, trabalho em conjunto, cooperatividade, e outras habilidades necessárias. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. 

    Identidade  X  Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos): fase de crescimento e mudanças biológicas (e hormonais) radicais proporciona  aos adolescentes dúvidas quanto a tudo o que confiavam anteriormente, inclusive seus conhecimentos, habilidades e experiências que ganharam até aquele ponto. A consequência mais radical disso é uma crise aguda de personalidade.

    Intimidade  X  Isolamento (jovem adulto): o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro. 

    Generatividade  X  Estagnação  (meia idade): surge um desejo de guiar as gerações mais jovens e ajudá-las a encontrar seu lugar no mundo. Se isso não acontecer, pode-se experimentar um sentimento indesejado de estagnação pessoal, não mais transcendê-lo e não contribuir para o futuro.

    Integridade  X  Desesperança (velhice): o último estágio da vida pode ser calmo e pacífico, ou cheio de desespero e inquietação. Isso depende inteiramente do curso dos sete estágios anteriores. Na velhice , o indivíduo deve ser capaz de avaliar sua vida, com um senso de realidade e uma compreensão amadurecida do mundo e de si mesmo. Se o envelhecimento ocorre com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos haverá integridade e ganhos, do contrário, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança.

    GABARITO: E