SóProvas


ID
2726146
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a possibilidade e a habilidade de lograr uma solução alternativa - caso típico de São Paulo - desempenharam, ao mesmo tempo, papel relevante.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra, que resultou

Alternativas
Comentários
  • os cafeicultores não defendiam a permanência do regime escravista, uma vez que seria um prejuízo para eles perder sua principal mão de obra?

  • Questão equivocada. Os cafeicultores não queriam a abolição, de forma alguma.

  • Cabe rever o contexto conflituoso no período, nessa época já estava vigente a Lei Bill Aberdeen que capiturava navios negreiros encontrados pela marinha inglesa, sendo assim, o custo de mão de obra ficou alto, já que os escravos que chegavam no país vinham com valores bem significativos. Com isso, os cafeicultores preferiam a mão de obra livre imigrante que era mais rentável e lucrativa já que o trabalho não era mais forçado

  • Não faz muito sentido a alternativa correta, uma vez que os cafeicultores não ''lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho livre'', sabendo-se que seria um prejuízo para eles a perda de mão-de-obra barata na época.

  • Aquele momento que vc defende algo que vai dar prejuízo ?!

  • Realmente a b ta certa, mas foi muito miserável o enem colocar esse termo, ainda que esteja correta, pois isso remete a ideia da substituição total da mao de obra escravista, fato este que não ocorreu de modo generalizado pela ideia que se passa nesse instante momento. A modernização que ele diz é a transferência da mão de obra escrava pela mão de obra livre imigrante, pois já estava em vigor a Lei Eusebio de Queiroz, o que bania o trafico negreiro e como consequencia o tornava bastante caro...

  • a questão tá até certa, mas, foi muito mal formulada a alternativa B, visto que generalizou os barões do café como defensores da abolição escrava e trabalho livre, sendo que, os cafeicultores do Vale da Paraíba utilizavam o sistema de plantation (mão-de-obra escrava). Agora, de fato, já no encaminhamento da abolição, houve parte da elite que já era a favor da abolição, inclusive o Rio Grande do Sul e outros 2 estados que não me vem a cabeça, que já tinham abolido a escravidão em seus territórios, além de que os cafeicultores de São Paulo que eram "modernos" já tinham isso em mente... Enfim, generalizou demais ...

  • a questão tá até certa, mas, foi muito mal formulada a alternativa B, visto que generalizou os barões do café como defensores da abolição escrava, sendo que, os cafeicultores do Vale da Paraíba utilizavam o sistema de plantation (mão-de-obra escrava). Agora, de fato, já no encaminhamento da abolição, houve parte da elite que já era a favor da abolição, inclusive o Rio Grande do Sul e outros 2 estados que não me vem a cabeça já tinham abolido a escravidão em seus territórios, além de que os cafeicultores de São Paulo que eram mais "modernos" na produção já tinham isso em mente... Enfim, generalizou demais ...

  • Os cafeicultores paulistas necessitavam de uma mão de obra que detinha conhecimento apropriado para adaptar o plantio de café em terras com curvas de nível.Daí a mão de obra italiana por exemplo reconhecia a técnica do terraceamento o que permitiu uma maior produção do café no espaço geográfico paulista em contraposição a mão de obra escrava que não tinha conhecimento dessa técnica e além de que a escravidão ia acabando aos poucos.Ademais essa elite via que a mão de obra livre e assalariada permitia o surgimento de novos consumidores culminando para formação de um processo industrializante no Brasil.Soma-se ainda o ideário da eugenia de branquear o país.Entretanto,havia outra elite que era contra a abolição da escravidão resultando desse modo em um confronto entre a aristocracia.

    OBS:Deve-se considerar as influencias que a Inglaterra dá ao Brasil.Por que outrora esse país inglês foi considerado uma das maiores potências? Porque era dos poucos que não foi absolutista,adotou mão de obra assalariada.Dessa forma,os cafeicultores "copiaram" o modelo modernizador da Inglaterra,consequentemente aumentou de fato o lucro intrínseco do aparelho capitalista e contribui posteriormente para o processo industrializante no Brasil na década de 30.

  • Questão extremamente mau formulada

  • Estudos sobre o sistema escravista no período imperial ganham maior complexidade dados os diferentes grupos políticos que compõem a sociedade do momento. O texto de apoio aborda as dificuldades na transição do trabalho escravo para o remunerado. O enunciado busca alternativa que contenha uma consequência da crise do escravismo e das dificuldades de substituição da força de trabalho.  
    A) Apesar de alguns imigrantes de fato terem se rebelado contra as precárias condições do trabalho rural, ex-escravos libertos não formariam um mercado consumidor facilmente, devido às enormes dificuldades de inserção social de um grupo que não contou com nenhum apoio real a suas demandas pós abolição. 
    B) Este conflito possuía dois grupos principais. A aristocracia com títulos de nobreza, muitos escravos e uma vida cortesã que desejava a manutenção de seus privilégios e modernos plantadores de café capitalistas de São Paulo que podiam pagar por ferrovias e a vinda de grandes levas de imigrantes europeus. Esta oposição marcou os anos finais do império e foi determinante na proclamação da República. Alternativa correta. 
    C) O branqueamento da população era uma das justificativas para a opção pela migração de europeus, mas não era a justificativa para a substituição do trabalho escravo que ainda contava com mutos defensores na sociedade. 
    D) Este tráfico interprovincial ocorreu principalmente após a proibição do tráfico internacional de escravos  em 1850 que causou desabastecimento de escravos no Sudeste e elevou os preços de escravos de outras regiões trazidos para os cafezais. Mas isso não se relaciona com a substituição permanente do trabalho escravo descrito no texto.
    E) A crise de substituição do trabalho escravo pôs setores de elite da sociedade em lados opostos e formas disfarçadas de trabalho compulsório ocorreram principalmente após a abolição. 


    Gabarito do professor: B
  • Depois de ler trinta vezes errei. NUNCA marcaria a letra B.

  • ta .. mais quem era a Aristocracia tradicional ?

  • Como resolvi essa questão:

    A) Incorreta- não houve essa consolidação de mão de obra livre dos libertos.

    B) Correta- Naquela época era mais rentável para os cafeicultores o trabalho livre visto que o tráfico negreiro não era mais rentável e era questão de tempo a abolição da escravatura. Encontraram nos imigrantes, mão de obra livre, especializada e barata. A modernidade econômica abordada na alternativa, ao meu ver serefere aos investimentos, antes aplicados no tráfico negreiro, agora nas indústrias, visando atrair imigrantes pra o país. Ah, e houve sim um embate entre a aristocracia tradicional

    C)Incorreta-"branqueamento" foi uma ideia racista e maluca ocorreu mas não é consequencia da necessidade de substituição da mão de obra, o importante naquele momento era buscar uma solução para a crise do escravismo.

    D)Incorreta- tráfico estava em decadencia obviamente era necessário substituí-lo

    E)Incorreta- os imigrantes trabalhavam nessas regioes sim

  • Questão altamente maniqueísta, péssima.

  • Cara, acho muito zuado uma questão generalizar afirmando que "cafeicultores lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho livre", uma vez que os cafeicultores do Vale da Paraíba eram contra a abolição da escravidão e representaram uma das bases perdidas pelo governo de D.Pedro II com a lei Áurea.

  • Mesma questão ENEM 2010 - 2º dia: Q172543

  • Pessoal por que a letra D está errada? Pois teve um tempo que houve um tráfico interno no Brasil de escravos.

  • A C é mais correta que a B porque os cafeicultores nem eram necessariamente contra a escravidão e nem precisavam da mão de obra disponibilizada através da abolição, porque o governo já fornecia essa mão de obra pagando por programas de imigração de europeus, vulgo processo de "embranquecemento" da população. Vale lembrar que o ciclo do café começou com trabalho escravo

  • E o "branqueamento" decorreu por duas razões: a necessidade de mão de obra livre e a vontade da elite brasileira de trazer valores europeus e diminuir a porcentagem de negros, caboclos e indigenas

  • B. no confronto entre a aristocracia tradicional (Vale do Paraíba), que defendia a escravidão e os privilégios políticos, e os cafeicultores (Oeste Paulista), que lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho livre (imigrante europeu), após a 1850 com a Lei Eusébio de Queiroz (crise do escravismo).

  • Marquei a Letra B porém com bastante dúvida. E so marquei ela por meio de eliminação das demais alternativas. É um recurso que utilizo pois corriqueiramente me deparo com questões mau formuladas e de difícil compreensão no Enem e vou eliminando as alternativas e marco a que aparentemente é a mais correta