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ID
2727466
Banca
UNEMAT
Órgão
UNEMAT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                     DERROTADOS PELO MOSQUITO


      Depois da dengue, da chikungunya e da zika, o Brasil vive o ressurgimento da febre amarela. A doença, que tem se espalhado em sua versão silvestre, transmitida por mosquitos Haemagogus e Sabethes, ainda não repete os números do surto registrado no início de 2017, mas já causou dezenas de mortes em todo o país, e a população corre para se vacinar – a alta demanda tem levado alguns estados a fracionar a dose padrão para que mais pessoas possam ser imunizadas. A Organização Mundial de Saúde emitiu recomendação para que estrangeiros que visitem o estado de São Paulo tomem a vacina antes de embarcar.

      Se há algo que pode servir de consolo, pelo menos há uma vacina para a febre amarela, ao contrário das doenças que o Aedes aegypti vem espalhando pelo país há alguns anos. Mas nossa dificuldade de vencer a luta contra os mosquitos é um sintoma grave de outro mal: nosso subdesenvolvimento – obra de séculos, que não se improvisa, na célebre frase de Nelson Rodrigues. O “país do futuro”, uma das dez maiores economias do mundo, com metrópoles que exercem papel de protagonismo na América Latina, convive com taxas inaceitáveis de contaminação por doenças das quais o país já tinha se livrado no passado.

      O Aedes aegypti – transmissor da dengue, da zika, do chikungunya e da versão urbana da febre amarela – foi considerado erradicado no Brasil em 1955, após décadas de campanhas iniciadas pelo sanitarista Oswaldo Cruz, no início do século passado. Mas o mosquito, que na época colonial tinha vindo da África, nos navios negreiros, ressurgiu como passageiro indesejado dos cargueiros asiáticos na década de 70 e, desde então, vem levando a melhor, contando com a ineficiência estatal e o desleixo da população, que também tem sua parte de culpa quando não adota comportamentos que dificultam a proliferação do mosquito, apesar de ter hoje muito mais informação que na época de Oswaldo Cruz.

      E a volta da febre amarela era um desastre anunciado. Desde 2014 o Ministério da Saúde já registrava mortes de macacos contaminados pelo vírus no Centro-Oeste do país e, mais tarde, no Sudeste – um indício de que em breve a doença voltaria a ser mais frequente entre humanos. Como se pode ver desde o surto de 2017, a resposta das autoridades não foi rápida nem intensa o suficiente para proteger a população. [...]

Editorial Gazeta do Povo. Disponível em:<http://www .gazetadopovo. com.br /opiniao/editoriais/derrotados-pelo-mosquito-bpez6m3sj61klaosii89bd9dh>  Acesso em: fev. 2018. (Adaptado). 

A palavra ressurgimento, que aparece no primeiro parágrafo do texto, apresenta processo de formação semelhante ao que contém o termo:

Alternativas
Comentários
  • Caso de derivação prefixal e sufixal: 

    Ocorre quando há o acréscimo de um prefixo e um sufixo de

    forma que a palavra ainda continue existindo se removermos uma das duas partes;

     

    Outra na mesma pegada:

    Q909426

  • RESSURGIMENTO

    RE (PREFIXO) SURGIR (RADICAL) MENTO (SUFIXO)

     

     

    a) Imunizadas.

    IMUNE (RADICAL) ZADAS (SUFIXO)

     

     b) Embarcar.

    EM (PREFIXO) BARCO (RADICAL)

     

     c) Inaceitavelmente 

    INA (PREFIXO) ACEITÁVEL (RADICAL) MENTE (SUFIXO)

     

     d) Sanitarista.

    SANITÁRIO (RADICAL) ISTA ( SUFIXO)

     

     e) Recentemente.

    RECENTE (RADICAL) MENTE (SUFIXO)

     

     

    O IGNORANTE AFIRMA, O SÁBIO DUVIDA E O SENSATO REFLETE.
    Aristóteles

  • prefixo e sulfixo

  • Letra C!

    Re - surgi - mento (derivação prefixal e sufixal)

    A) Imune - zadas (derivação sufixal)

    B) Embarcar (palavra primitiva)

    C) In - aceitável - mente (derivação prefixal e sufixal)

    D) Sanitário - ista (derivação sufixal)

    E) Recente - mente (derivação sufixal)

     

    NOTA: Derivação prefixal e sufixal  ≠ Derivação parassintética

     

    Na derivação prefixal e sufixal ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.

    EX.: leal    =► lealdade  =► deslealdade (note que existe tanto a palavra lealdade quanto a palavra desleal)

    Na derivação parassintética ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.

    EX.: mudo  =► emudecer

     

    "Chuck Norris é capaz de falar Massachusetts com a boca cheia de farofa."

  • Caro Alexandre Costa, o seu post está equivocado, uma vez que derivação prefixal e sufixal é uma coisa e derivação parassintética é outra. Esta, quando se tira dela qualquer um dos afixos, fica sem sentido a palavra, enquanto daquela não. 

     

  • ressurgimento =  surgiR ... Ressurgir... ressurgimento  (derivação prefixal e sufixal)

    Inaceitavelmente  = aceitável ...  Inaceitavel  ...  Inaceitavelmente   (derivação prefixal e sufixal)

     

  • PREFIXAL E SUFIXAL.