A Teoria do Newsmaking se opõe a Teoria do Espelho, ao rejeitar que as notícias não são reflexos da realidade, e defende que o jornalismo é uma construção da realidade. De acordo com os principais teóricos desta teoria, como Halloran, Berger, Luckman, Cohen, Young, Tuchman, este novo paradigma surgido nos anos 70 rejeita a Teoria do Espelho por três razoes principais: “É impossível estabelecer uma distinção radical entre a realidade e os media noticiosos que devem mostrar por que as notícias ajudam a construir a própria realidade; Defende a idéia que a própria linguagem não pode funcionar como comunicadora direta do significado inerente aos acontecimentos, por que a linguagem neutral é impossível; É da opinião de que os media noticiosos constroem de forma inevitável a sua representação dos acontecimentos” (...) De acordo com a Teoria do Newsmaking, as notícias não são distorções da realidade e não cabe ao jornalista com suas atitudes políticas o papel de determinante no processo de produção das notícias.
Fonte: http://www.benoliveira.com/2011/07/teorias-do-jornalismo-newsmaking.html
A teoria do newsmaking pressupõe que as notícias são como são porque a rotina industrial de produção assim as determina.
Há superabundância de fatos no cotidiano. Sem organização do trabalho jornalístico é impossível produzir notícias.
O PROCESSO DE PRODUÇÃO DA NOTÍCIA É PLANEJADO COMO UMA ROTINA INDUSTRIAL.
Os veículos de informação devem cumprir algumas tarefas neste processo:
- Reconhecer, entre os fatos, aqueles que podem ser notícia (seleção);
- Elaborar formas de relatar os assuntos (abordagem/angulação);
ORGANIZAR, temporal e espacialmente, o trabalho para que os acontecimentos noticiáveis possam ser trabalhados de maneira organizada.
"Embora o jornalista seja participante ativo na construção da realidade, não há uma autonomia incondicional em sua prática profissional, mas sim a submissão a um planejamento produtivo. As normas ocupacionais teriam maior importância do que as preferências pessoais na seleção das notícias."
Diante da IMPREVISIBILIDADE dos acontecimentos, as empresas jornalísticas precisam colocar ordem no tempo e no espaço. Para isso, estabelecem determinadas práticas unificadas na produção das notícias. É dessas práticas que se ocupa a teoria do newsmaking.
Dentre as práticas apresentadas por essa teoria, destacam-se as seguintes:
Noticiabilidade: Critérios que escolhem, entre inúmeros fatos, uma quantidade limitada de notícias.
Sistematização: rotina de divisão das ações que envolvem a pauta, a reportagem e a edição.
Valores-notícia: senso comum das redações. Qualquer jornalista sabe dizer o que é notícia e o que não é de acordo com o senso comum.