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ID
2741626
Banca
FCC
Órgão
TCE-RS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A empresa Invest & Cia. adquiriu, em 31/12/2013, ações de sua própria emissão e, para isso, incorreu nos seguintes gastos:


Valor pago pelas ações = R$ 150.000,00

Custos adicionais de transação = R$ 2.000,00


Em 30/06/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 160.000,00 à vista, incorrendo em novos custos de transação no valor de R$ 3.000,00.


Nesse caso, a empresa Invest & Cia.

Alternativas
Comentários
  • (valores em mil reais)

    Na aquisição, reconheceu:

    D - Ações em Tesouraria (150 + 2) ...... 152

    C - Caixa.................................................152

     

    o custo de 2.000 é reconhecido no PL e não da despesa, pois são operações que não envolvem a DRE.

     

    Na venda houve ágio (valia 152  e foi vendida por 160, porém teve um custo de 3), ficando:

    D - Caixa ............................... 157

    C - Ações em Tesouraria .......152 (aumentou PL)

    C - Resultado  com a venda .... 5  (Aumentou Reserva de capital)

  • Questão quase identica a Q471283
    Lá tem comentários otimos !

  • CPC 08 - Itens 8@10

     

    Item 8 - A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.

     

    Item 9 - Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

     

    Item 10 - Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no PL, na conta que houver sido utilizada ocmo suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade.

     

    Portanto, temos o seguinte:

     

    Ao adquirir as ações próprias (150.000 que serão registradas como redutoras do PL), a entidade incorreu em gastos adicionais de 2.000 para concluir essa transação. Conforme o CPC, esses custos de transação devem ser registrados como acréscimo do custo de aquisição dessas ações e, portanto, a entidade deverá registrar uma redução de 152.000 no PL, no momento da aquisição das ações próprias.

     

    Ao vender as ações, o mesmo raciocínio deve ser aplicado, mas ao invés de aumentar o custo (como na aquisição das AET), os gastos incorridos na venda (3.000) deverão reduzir o lucro da transação (item 10). Ou seja, ao invés de haver um lucro de 8.000 (160 - 152), haverá, na verdade, um lucro de apenas 5.000 (160 - 3 - 152).

     

    Os lançamentos já foram apresentados pelos demais colegas. Espero ter contribuído.

  • Se mesmo após a excelente contribuição dos colegas permanecer dúvida acerca do tema, recomendo o vídeo abaixo, que contém explicações mais detalhadas fornecidas pelo Professor Silvio Sande:


    https://www.youtube.com/watch?v=KDkAt7UVUwE

  • ótimo vídeo indicado pelo André Rodrigues. Obrigado.!

  • A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são transações de capital da entidade com seus sócios e não devem afetar o resultado da entidade.

    Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

    Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade.

    A alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para a empresa. Tais operações não representam receitas nem despesas, não integrando a Demonstração do Resultado do Exercício.

    No caso de haver lucro na alienação de ações em tesouraria a empresa deve creditar tal valor em Reserva de Capital, de forma similar ao ágio obtido na emissão de ações.

    Sendo assim, a contabilização da aquisição de ações, em 31/12/2013, se dará pelo valor de R$ 152.000,00, representando o valor pago pelas ações adicionado do custo de transação. Então:

    D – Ações em Tesouraria R$ 152.000,00 (Retificadora do PL)

    C – Caixa R$ 152.000,00 (Ativo Circulante)

    Perceba que este fato contábil provoca uma diminuição do PL em R$ 152.000,00, o que torna a alternativa E correta.

    Por outro lado, o custo de transação referente à alienação de tais ações será tratado como redução do lucro. Assim:

    D – Caixa R$ 157.000,00 (Ativo Circulante)

    C – Ações em Tesouraria R$ 152.000,00 (Retificadora do PL)

    C – Reserva de Capital R$ 5.000,00 (PL)

  • Em 31.12.2013 - Reconhecimento:

    D - Ações em Tesouraria ----------------- 152.000 (PL)

    C - Caixa ------------------------------------- 152.000 (Ativo)

    Em 30.06.2014 - Revenda das Ações - Reconhecimento:

    D - Caixa ------------------------------------ 157.000 (Ativo)

    C - Ações em Tesouraria --------------- 152.000 (PL)

    C - Lucro na Venda AT ----------------- 5.000 (Receita)

  • GAB: LETRA E

    Complementando!

    Fonte: Gilmar Possati - Estratégia

    Pessoal, para resolvermos essa questão devemos saber que os resultados das transações com ações próprias (ações em tesouraria) são computados diretamente como acréscimos ou reduções do patrimônio líquido, e não receitas ou despesas da entidade. 

    Na compra, faz-se o seguinte cálculo: 

    Valor pago pelas ações + Custos adicionais de transação = 150.000 + 2.000 = 152.000 

    D – Ações em Tesouraria (retificadora do PL) 

    C – Caixa ... 152.000,00 

    Segundo o CPC 08, os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. 

    Assim, a empresa reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 152.000,00, em 31/12/2013.  

    Logo, o gabarito está na opção “E”. 

    Ademais, os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação.(Q471283 -> Essa questão tem um exemplo de custos incorridos na ALIENAÇÃO de ações).

     Esses resultados são contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade. 

    =============================================================================================

    Analisando mais fundo essa questão!!

    Se a empresa obtém lucro na alienação de ações em tesouraria ela deve creditar esse valor em Reserva de Capital, ou seja, trata-se da mesma ideia do ágio obtido na emissão de ações. 

    Assim, temos o seguinte cálculo:  

    Valor de revenda – Custos adicionais de transação – Valor pago pelas ações = ágio/deságio => 160.000 - 3.000 

    - 152.000 = 5.000 

    Logo, em 30/06/2014 temos o seguinte lançamento: 

    D – Caixa ....................................... 157.000,00* 

    C – Ações em Tesouraria .................. 152.000,00 

    C – Reserva de Capital ..................... 5.000,00 

    *** No "caixa", registra-se o valor de revenda das ações deduzido do custo de transação. 

    Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação.  

    De posse dessas informações vamos analisar as demais opções: 

    A) Errada. A empresa apurou um resultado com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 5.000,00. Conforme vimos, esse lucro é destinado diretamente para o patrimônio líquido sob a forma de Reserva de Capital, ou seja, não transita pela apuração do resultado do exercício. 

    B) Errada. Conforme vimos no lançamento acima, na data de 30/06/2014, o PL aumentou em R$ 157.000,00.

    C) Errada. Reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 152.000,00, em 31/12/2013. 

    D) Errada. Lembre-se que os custos de transação envolvidos na aquisição e alienação de ações próprias não devem afetar o resultado da entidade, ou seja, não há que se falar em “despesa”.