GABARITO E
DESIDRATAÇÃO (Fenômeno Cadavérico de Ordem FÍSICA): A perda da água, que nos vivos é compensada pela ingestão, continua no cadáver de modo contínuo, mas sem reposição. A desidratação causa perda de peso, apergaminhamento da pele, dessecamento das mucosas e fenômenos oculares nos cadáveres.
São considerados fenômenos oculares:
1)Tela Viscosa: é uma película que substitui o brilho da córnea e que resulta da evaporação da lágrima (sinal de Stenon-Louis);
2)Opacificação da Córnea: torna-se opaca e leitosa, após 10 a 12 horas da morte, já não é mais possível ver o fundo do olho;
3)Mancha Negra da Esclerótica ou Sinal de Sommer: coloração amarela, azulada e, por fim, enegrecida, resultante da maior transparência, que permite ver o pigmento escuro da camada coróide, que fica mais interiormente no olho – aparece em 1 a 3 horas, tornando-se negra após as 6 horas;
4)Hipotensão do Globo Ocular.
RIGIDEZ MUSCULAR (Fenômeno Cadavérico de Ordem QUÍMICA): É o fenômeno que decorre das reações entre as proteínas musculares e os líquidos cadavéricos. A medida que o tempo de morte vai passando, o corpo vai ficando cada vez mais ácido. As proteínas musculares actina e miosina vão coagulando, e com a coagulação dessas proteínas endurecem a musculatura. A clássica regra de Nysten-sommer-larcher de que a rigidez evolui de forma descendente, ou seja, principia na mandíbula e nuca e atinge, sucessivamente, membros superiores e inferiores.
Fonte: André Uchoa