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ID
2751376
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Em torno do bem e do mal


    Quando nos referimos ao Bem e ao Mal, devemos considerar que há uma série de pequenos satélites desses grandes planetas, e que são a pequena bondade, a pequena maldade, a pequena inveja, a pequena dedicação... No fundo é disso que se faz a vida das pessoas, ou seja, de fraquezas e virtudes minúsculas. Por outro lado, para as pessoas que se importam com a ética, há uma regra simples e fundamental: não fazer mal a outrem. A partir do momento em que tenhamos a preocupação de respeitar essa simples regra de convivência humana, não será preciso perdermo-nos em grandes filosofias especulativas sobre o que seja o Bem e o Mal.

    “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti” parece um ponto de vista egoísta, mas é uma diretriz básica pela qual deve o comportamento humano se orientar para afastar o egoísmo e cultivar verdadeiramente o que se precisa entender por relação humana. Pensando bem, a formulação dessa diretriz bem pode ter uma versão mais positiva: “Faz aos outros o que quiseres que façam a ti”. Não é apenas mais simpático, é mais otimista, e dissolve de vez a suspeita fácil de uma providência egoísta.


(A partir de José Saramago. As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 111-112, passim)

No segundo parágrafo, a apresentação justificada de uma versão mais positiva daquela diretriz básica já referida entre aspas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B

     

    Ressalta a importância de excluir da sentença a sombra de egoísmo de quem priorizaria não ser atingido pelo mal.

     

    "...e dissolve de vez a suspeita fácil de uma providência egoísta."

     

    “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti” (Negativo: não faço para não ser atigido pelo mal)

    “Faz aos outros o que quiseres que façam a ti”. (Positivo: faço por que queria que fizessem comigo)

  •  “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti” parece um ponto de vista egoísta, mas é uma diretriz básica pela qual deve o comportamento humano se orientar para afastar o egoísmo e cultivar verdadeiramente o que se precisa entender por relação humana. Pensando bem, a formulação dessa diretriz bem pode ter uma versão mais positiva: “Faz aos outros o que quiseres que façam a ti”. Não é apenas mais simpático, é mais otimista, e dissolve de vez a suspeita fácil de uma providência egoísta.

  • Letra B.

    Não fazer o mal para não ser atingido por ele; e fazer o bem para receber o mesmo.

  • faz ver que as diretrizes básicas (só há uma diretriz. O que o autor propõe é uma reformulação mais positiva) de comportamento têm o exato valor das intenções profundas que as inspiram.

  • Que questão ridícula. Quer dizer que não fazer o mal para não ser atingido pelo mal é egoístico, mas fazer o bem para ser atingido pelo bem não é egoístico? Ambas as formulações encarnam um idêntico conteúdo. UMA AÇÃO COM FINALIDADE EGOÍSTICA, seja para não sofrer com o mal ou para deleitar-se com o bem.

  • Que coisa linda esses textos, dá até um ânimo de estudar!

  • Sentido aranha!