Em 2003, a Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás recebeu notificações de casos de possíveis
intoxicações após o uso de um contraste radiológico em serviços de saúde da capital - Goiânia-GO. Em pouco tempo, um total de
185 casos de intoxicação foram investigados e relacionados à exposição ao contraste nos estados de GO, RJ, MA, BA, MG e SP, dos
quais 153 foram confirmados. Ocorreu a morte de mais de 20 pessoas por intoxicação aguda. Muitos intoxicados ficaram com
sequelas graves. O medicamento suspeito era o Celobar, um contraste radiológico muito utilizado no Brasil. Seu princípio ativo
era o sulfato de bário (BaSO4) na forma de suspensão em água, substância responsável pelo efeito de contraste. Pesquisa analítica
realizada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)/Fiocruz em amostras do medicamento Celobar,
utilizado tanto em Goiânia quanto em Nova Iguaçu, apontou que o produto apresentava sulfato de bário impuro. O caso Celobar
contribuiu para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocasse em execução um programa de controle de
qualidade e da origem dos insumos farmacêuticos ativos no País.
Internet: <http://portal.anvisa.gov.br> (com adaptações).
Ao analisar a problemática do uso desse medicamento contaminado, observa-se a importância social do conhecimento químico.
Considerando essa informação e que o produto de solubilidade (Kps) do BaSO4 é igual a 1 x 10-10, assinale a alternativa correta.