A O motivo transação não está presente na abordagem neoclássica da demanda de moeda.
FALSO - o motivo transação (na verdade seria a finalidade como elemento) da moeda é previsto pela escola clássica (bem como pela keynesiana). A demanda por moeda é fundamentada pelos seguintes elementos:
CLÁSSICOS
> transação (falta de sincronia entre os pagamentos)
> precaução (imprevisibilidade de eventos futuros)
KEYNESIANOS:
> transação (falta de sincronia entre os pagamentos)
> precaução (imprevisibilidade de eventos futuros)
> especulação (satisfação de oportunidades especulativas face à queda na taxa de juros)
B Para Keynes, a um determinado nível de taxa de juros suficientemente baixo, a procura especulativa de moeda torna-se infinitamente inelástica.
FALSO - para Keynes, juros muito baixos determinam a chamada "armadilha de liquidez", quando a curva LM se torna horizontal (infinitamente elástica), oportunidade na qual políticas monetárias não possuem eficácia alguma (alterações na oferta de moeda deslocarão a curva LM sem alteração nos juros, o que não altera o ponto de cruzamento com a curva IS, não alterando a produção em grau algum).
C Para Keynes, a demanda de moeda por motivo precaução justifica-se pela expectativa de obtenção de lucros decorrentes da variação dos preços dos títulos.
FALSO - essa é a caracterização da demanda por moeda com finalidade "especulação".
D Dentro da tradição keynesiana, a demanda de moeda para transações será tanto maior quanto menor for o número de retiradas de contas remuneradas por unidade de tempo.
VERDADEIRO - quanto menos retiradas de contas numeradas por unidade de tempo, menor a velocidade (V), o que aumenta o coeficiente marshaliano (k = 1 / V), o que aumenta a sensibilidade da demanda por moeda em relação à renda, dada a fórmula Md = k.Y - n.i. Assim, (-) V = (+) k = (+) Md.
E A reconstrução da teoria quantitativa da moeda proposta por Friedman demonstra que a política monetária não produz efeitos reais.
FALSO - Para os monetaristas, incluído Milton Friedman, a moeda é a variável mais importante, sendo exógena (controlada pelas autoridades - BACEN), exercendo influência em variáveis reais no curto prazo (no longo prazo ocasiona apenas reflexo nos preços). Para os monetaristas, políticas monetárias podem, então, exercer efeitos sobre a economia (lado real), no curto prazo, inclusive em decorrência da existência de defasagens nos efeitos (leva um certo tempo para que a expansão de moeda atinja o lado real na economia), o que pode, sim, desestabilizar o sistema em suas variáveis reais. Somente para os economistas da abordagem de RADCLIFFE e para os NEOKEYNESIANOS é que a política monetárias não possui efeitos algum no lado real da economia.
GABARITO: D
Bons estudos!