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ID
2773387
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande (20 x 40 metros) e velha maloca taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório, tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa do diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes vinganças contra os brancos e contra outros índios...

Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão territorial. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado).

Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da figura do índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso, indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em nossos dias. Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária, pois a moradia indígena representava o(a)

Alternativas
Comentários
  • A. tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual.


  • Em princípio os europeus pretendiam escravizar os índios para ser a mão de obra nos engenhos,como não deu certo decidiram catequizá-los

  • A maloca era a representação material síntese da cultura indígiena, espaço privilegiado do cotidiano de manifestações culturais, sociais e religiosas dos indígenas. Destrui-las significou um passo importante para o projeto de evangelização e de dominação europeia, que teve como um de seus aspectos fundamentais a sobreposição da cultura ibérica sobre a nativa, desvalorizando-a e, preferencialmente, eliminando-a.