Imagine alguém contando essa historinha: “Depois de receber uma
premagem, o ludâmbulo desligou o lucivelo, colocou o focale,
chamou o cinesíforo e foi ao local da runimol de que teve notícia
por um amigo alvissareiro”. Assim seria contada essa historinha se
se tivesse adotado a proposta de Antônio Castro Lopes, filólogo
que viveu de 1827 a 1901. Os neologismos que ele propôs, como
ludâmbulo, focalo e cinesíforo não pegaram. Então podemos contar
hoje a mesma historinha assim: “Depois de receber uma massagem,
o turista desligou o abajur, colocou o cachecol, chamou o motorista
e foi ao local da avalanche de que teve notícia por um amigo
repórter”. Acho muito estranho nessas palavras a proposta de usar
“alvissareiro” em vez de repórter. Alvíssaras é uma palavra sempre
relacionada a boas notícias, o que não é bem o caso da maioria do
que ouvimos ou lemos dos repórteres.
BENEDITO, M. Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2016/03/11/chato-cricri-ezung-zung/>. Acesso em: 03 out. 2016. (Adaptado).
No fragmento, o autor questiona o emprego do termo “alvissareiro” por
considerá-lo