SóProvas


ID
2778472
Banca
FGV
Órgão
AL-RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1.

DESEJO DE CONHECER

“É natural no ser humano o desejo de conhecer.” Quando li pela primeira vez essa sentença inicial da Metafísica de Aristóteles, mais de quarenta anos atrás, ela me pareceu um grosso exagero. Afinal, por toda parte onde olhasse – na escola, em família, nas ruas, em clubes ou igrejas – eu me via cercado de pessoas que não queriam conhecer coisíssima alguma, que estavam perfeitamente satisfeitas com suas ideias toscas sobre todos os assuntos, e que julgavam um acinte a mera sugestão de que, se soubessem um pouco mais a respeito, suas opiniões seriam melhores.

Precisei viajar um bocado pelo mundo para me dar conta de que Aristóteles se referia à natureza humana em geral, e não à cabeça dos brasileiros. De fato, o traço mais conspícuo da mente dos nossos compatriotas era o desprezo humano pelo conhecimento, acompanhado de um neurótico temor reverencial aos seus símbolos exteriores: diplomas, cargos, espaço na mídia. (fragmento adaptado)

Olavo de Carvalho, Diário do Comércio, 10/01/2011.

“Afinal, por toda parte onde olhasse – na escola, em família, nas ruas, em clubes ou igrejas – eu me via cercado de pessoas que não queriam conhecer coisíssima alguma...”

Nesse segmento do texto, o termo sublinhado tem uma formação muito especial, pois

Alternativas
Comentários
  • C ou D.

    Por lógica:
    Mais certo a C: ele acrescenta o sufixo íssimo à coisa (substantivo mineiro!)
    A palavra é dicionarizada (não tenho certeza)
    Pela incerteza da D, vamos de C!
    Gab: C!

  • " Coisa " =  substantivo feminino

     

    foi empregado o grau superlativo absoluto sintético , isto é ,  a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo:

    O secretário é inteligentíssimo.

     

    gab: c

  • Eu joguei a palavra para o plural e observei que era um SUBSTANTIVO.


     eu me via cercado de pessoas que não queriam conhecer COISAS Algumas. ...” 

  • GABARITO: C

     

    Um bizu legal para não esquecer mais: 

    → Grau superlativo absoluto Sintético = vai no Sufixo; Ex.: belíssima.

    → Grau superlativo absoluto Analítico = começa com Advérbio; Ex.: muito bela.

     

    :)

     

    Se estiver antes do radical é prefixo, mas se estiver depois do radical é sufixo. (TodaMateria)

    Exs.:

    antipatia (anti = prefixo)

    retroceder (retro = prefixo)

    tolerante (ante = sufixo)

    realismo (ismo = sufixo)

     

     

     

  • A palavra coisíssima é dicionarizada e consta do VOLP. 

  • COISA/SUBSTANTIVO

  • B) O comando da questão faz referência à formação do termo “coisíssima”. Assim, conquanto a expressão “coisíssima alguma” possua valor de locução adverbial — ''(...) pessoas que não queriam conhecer coisíssima alguma/absolutamente nada/de modo algum“ —, o termo destacado não cria advérbio a partir de um nome. O valor adverbial pertence à locução, e não ao termo isoladamente.

    D) A palavra “coisíssima” é sim dicionarizada e se encontra registrada no VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa).

    A) “Coisa” não é adjetivo. Vejamos o emprego da palavra antes da adição do sufixo: ''não queriam conhecer coisa alguma (substantivo + pronome indefinido)”.

    E) Nada a ver. “Coisa” (palavra primitiva), embora possa assumir sentidos variantes em diferentes contextos/empregos, possui sim significado. Não é isso, ademais, que faz o termo “coisíssima” ter formação especial.

    C) O sufixo -íssimo é típico da formação do grau superlativo absoluto sintético de adjetivos (“raríssimo”, “seriíssimo”, “precariíssimo”, etc). Na ocasião, porém, ele se liga a um substantivo, trazendo caráter especial à formação da palavra.

    Qualquer equívoco, corrijam-me.

  • Procurando pegadinha...terrível...

  • O que que tem de "muito especial" nisso? :)

  •  É comum ouvir-se tal palavra, sobretudo na expressão coisíssima nenhuma; mas tal emprego é tecnicamente equivocado.

    O superlativo absoluto sintético, em realidade, é grau privativo de adjetivos (que encerram a ideia de qualidade), jamais de substantivos (palavras que dão nomes aos seres); e coisa é sabidamente um substantivo, não podendo, por conseguinte, sofrer tal variação em grau (não se diz, por exemplo, sapatíssimocamisíssima ou calcíssima).

     

    Fonte: Professor José Maria da Costa

    Alguem sabe onde vende a gramatica da fgv?

  • GABARITO - C

    pessoas que não queriam conhecer coisíssima alguma...”

    I) Verificar que se trata de substantivo;

    II) Algo que ajuda a não classificar como advérbio é colocar a palavra no plural.

    Conhecer coisas algumas.

  • Não seria

    "o sufixo -íssima a um substantivo."