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COMPOSTAGEM - Breve resumo
Estudos apontam que o limite para a relação da compostagem varia entre 20/1 e 35/1, mas, de uma forma geral, a melhor é de 30/1 por ser a proporção em que os micro-organismos absorvem esses nutrientes. Isto significa que devem ser adicionados às composteiras materiais misturados que forneçam, mais ou menos, 30 partes de carbono para 1 parte de nitrogênio. Desse modo, a reprodução será mantida, assim como as funções metabólicas dos organismos, além da possibilidade de obtenção do composto final em menos tempo, evitando mau cheiro.
Durante o processo, 20 partes do carbono são liberadas como dióxido de carbono e utilizadas pelos micro-organismos para obter energia. As outras 10 partes, junto com o nitrogênio, são absorvidas para a sua biomassa. Então, durante a compostagem, o resíduo entra com relação inicial de 30/1 e quando atinge a maturidade, transforma-se em produto ou vermicomposto com relação 10/1.
A aeração permite controlar a temperatura e acelerar a atividade microbiana.
A faixa ideal de temperatura é de 55 a 70ºC pelo menos durante 15 dias.
O teor de umidade ideal é de cerca de 60%.
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Fases
1° mesófílica
Nessa fase da compostagem, os fungos e as bactérias mesófilas (ativas a temperaturas próximas da temperatura ambiente), começam a se proliferar na matéria orgânica aglomerada na composteira, fazendo a decomposição do lixo orgânico. Primeiro são metabolizadas as moléculas mais simples. Nessa fase, as temperaturas são moderadas (cerca de 40°C) e dura em torno de 15 dias.
2° Termofílica
É a fase mais longa da compostagem, podendo se estender por até dois meses, dependendo das características do material que está sendo compostado. Nessa fase, entram em cena os fungos e bactérias denominados de termofilicos ou termófilos, que são capazes de sobreviver a temperaturas entre 65°C e 70°C, à influência da maior disponibilidade de oxigênio - promovida pelo revolvimento da pilha inicial. A degradação das moléculas mais complexas e a alta temperatura ajudam na eliminação de agentes patógenos.
3° Maturação
É a última fase do processo de compostagem, podendo durar até dois meses. Nessa fase da compostagem, há a diminuição da atividade microbiana, da temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente) e da acidez. É um período de estabilização que produz um composto maturado. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos.
O húmus é um material estável, rico em nutrientes e minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.
https://www.ecycle.com.br/2368-compostagem
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Gabarito: E ... de E lasquêra!
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Rapaz, sei nem o rumo. ;(
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Virei biólogo de certo.
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A
compostagem é o processo de decomposição e estabilização dos substratos
orgânicos por meio da atividade biológica. Durante esse processo, ocorre a
oxidação biológica e a liberação de dióxido de carbono e vapor de água. A
Figura 1 apresenta um exemplo da evolução da temperatura em uma leira de
compostagem e as fases do processo conforme a variação da temperatura.
Figura
1.
Evolução da temperatura de uma leira em compostagem.
Fonte: FINEP.
No
início do processo predominam temperaturas moderadas (
25 a 43°), e há um
crescimento de microrganismos
mesófilos (bactérias) capazes de degradar
moléculas simples. O processo de biodegradação eleva a temperatura e os
microrganismos
termófilos se proliferam (fungos e bactérias). Isso dá
início a fase termófila, caracterizada pela
degradação rápida
(bioestabilização) da matéria orgânica, grande consumo de oxigênio e elevação
da temperatura para valores entre
45 e 85°C.
Quando
o substrato já está significativamente estabilizado, a temperatura diminui e os
microrganismos
mesófilos se instalam novamente. As moléculas complexas
já foram transformadas e o processo de humidificação já foi iniciado. A última
fase é chamada de maturação, e consiste em um período de estabilização, que
produz um composto maturado, altamente estabilizado e humificado, livre de
toxicidade.
Como
o processo de degradação depende da ação de microrganismos, é necessário que
existam condições ideais de mistura de materiais (relação carbono e nitrogênio,
C/N), aeração, umidade e temperatura.
- Mistura de materiais (relação C/N)
Para uma boa compostagem, é ideal manter uma relação
C/N de
25 a 35. Valores inferiores farão com o que o nitrogênio fique em
excesso, o que pode causar odores desagradáveis. Por outro lado, valores
elevados de C/N farão com que o nitrogênio se torne um fator limitante do
crescimento dos microrganismos, aumentando o tempo necessário para a degradação
da matéria orgânica. Independentemente da relação C/N inicial, no
final da
compostagem
(em temperatura mesófila) a relação C/N converge para um valor
entre
10 e 20.
- Umidade
Como o calor gerado no processo de compostagem tende a
provocar a evaporação da água, é recomendado que a umidade inicial seja em
torno de
50 a 60%. Umidades muito elevadas reduzem a oxigenação da massa
de resíduos, mas umidades abaixo de 40% inibem a atividade biológica e a
velocidade de biodegradação.
- Aeração
O oxigênio é fundamental para a atividade biológica,
pois favorece o desenvolvimento de
microrganismos aeróbios. Os
microrganismos anaeróbios degradam a matéria orgânica na ausência de oxigênio, mas
pode ocorrer putrefação e mau cheiro. Para evitar que isso ocorra, a aeração
pode ser realizada por meio de revolvimento e insuflação ou aspiração do ar.
- Temperatura
A
compostagem aeróbia pode ocorrer tanto em regiões de temperatura termofílica
(45 a 85ºC) como mesofílica (25 a 43ºC). A elevação de temperatura é
interessante para a eliminação de microrganismos patogênicos, além de acelerar
o processo de degradação.
Portanto, a alternativa correta é a letra E. As
demais alternativas apresentam valores que inviabilizariam a degradação
biológica do material compostado.
Gabarito do professor: Letra E.
CERRI, C. E. P.; OLVEIRA, E. C. A.; SARTORI, R. H; GARCEZ, T. B. Compostagem
– Disciplina de Matéria Orgânica do Solo
. Universidade de São Paulo –
Escola Superior de Agricultura Luiz de Quieroz. 2008