ERRADO.
Mencionar que “a segurança se incorporou à agenda da política externa brasileira *NO* século XXI” pode levar a uma interpretação que exclui os esforços diplomáticos nessa matéria no século anterior, que também foram relevantes. Como exemplos da atuação do Brasil nos tópicos mencionados no item no século XX, podem ser mencionadas, por exemplo, a participação em operações de paz da ONU - desde a UNEF I, criada em 1956 - e a defesa do alargamento do Conselho de Segurança da ONU, pleito vocalizado pelo Brasil a partir de 1989.
É verdade que houve maior engajamento do Brasil em todas essas matérias (e também “nos debates sobre segurança humana e intervenção humanitária”, também destacado no item) a partir do início da década de 2000, mas a possibilidade de leitura da primeira oração do item em sentido restritivo (ou seja, no sentido de que foi só no século XXI que a segurança se incorporou à agenda da política externa brasileira) parece-me suficiente para torná-lo errado.
(Prof. Bruno Rezende)
"Mencionar que “a segurança se incorporou à agenda da política externa brasileira *NO* século XXI” pode levar a uma interpretação que exclui os esforços diplomáticos nessa matéria no século anterior, que também foram relevantes."
Essa ambiguidade é o problema com as questões do CESPE, "pode levar" a essa interpretação, assim como pode levar à interpretação de que a agenda da PEB incorporou a segurança entre seus temas. Se há a possibilidade de duas interpretações, ambas corretas, não há possibilidade de avaliação objetiva.
Se o enunciado fosse "APENAS no século XXI..." a ambiguidade seria eliminada, permitindo uma avaliação objetiva por parte dos candidatos.