ERRADO.
As demais partes do Acordo de Paris têm reafirmado seu compromisso com a implementação do Acordo, tanto no âmbito da COP da UNFCCC quanto no âmbito do G20, por exemplo. Ademais, tem sido rechaçada a possibilidade, que chegou a ser aventada pelos EUA, de renegociação do Acordo de Paris.
À exceção dos EUA, os líderes dos demais membros do G20 afirmaram, na Declaração de Hamburgo (2017), "que o Acordo de Paris é irreversível. (...) Reafirmamos o nosso firme compromisso com o Acordo de Paris, avançando rapidamente para a sua plena implementação, de acordo com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas e das capacidades respectivas, à luz das diferentes circunstâncias nacionais".
O Brasil não defendeu o que afirma o item sobre a possibilidade de rever os compromissos para compensar os impactos da retirada dos EUA. Vide nota do Itamaraty:
"O governo brasileiro recebeu com profunda preocupação e decepção o anúncio no dia de hoje, 1° de junho, de que o governo norte-americano pretende retirar-se do Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e "renegociar" sua reentrada. Preocupa-nos o impacto negativo de tal decisão no diálogo e cooperação multilaterais para o enfrentamento de desafios globais.
O Brasil continua comprometido com o esforço global de combate à mudança do clima e com a implementação do Acordo de Paris. O combate à mudança do clima é processo irreversível, inadiável e compatível com o crescimento econômico, em que se vislumbram oportunidades para promover o desenvolvimento sustentável e para novos ganhos em setores de vanguarda tecnológica. O governo brasileiro continua disposto a trabalhar com todos os Países Partes do Acordo e outros atores na promoção do desenvolvimento sustentável, com baixas emissões de gases de efeito estufa e resiliente aos efeitos adversos da mudança do clima.
O Acordo de Paris estabelece o arcabouço para que as Partes apresentem esforços nacionais refletindo as responsabilidades e capacidades de cada um. O Acordo dá margem para que cada país defina medidas e políticas para regular a emissão de gases de efeito estufa, da forma que melhor atenda a suas circunstâncias domésticas, conciliando o crescimento econômico com a defesa do meio ambiente."
(Prof. Bruno Rezende)