-
CERTO.
Assertiva simplesmente condensa os principais pressupostos da perspectiva liberal nas RI, que estão de acordo com a tradição liberal nas ciências sociais em geral. Crença no progresso e na racionalidade remontam a Kant, no livre-comércio, à Montesquieu e Norman Angell. Da mesma força, a crença nas instituições como capazes de pavimentar o caminho da paz é outra característica dessa abordagem teórica. Ainda que possa ser argumentado que o CS é estruturado de acordo com a política de poder, isso não invalida a inspiração liberal da construção institucional como um todo - basta olhar para a AG.
A afirmação dos autores NOGUEIRA e MEZARI (citados no texto da questão) em relação ao contexto pós-II Guerra diz respeito à evolução da disciplina de Relações Internacionais no aspecto acadêmico. Nesse mesmo livro, a confiança no papel das instituições é claramente atribuída à tradição liberal: "é, sem dúvida, em sua concepção da institucionalização da sociedade internacional como requisito para seu ordenamento e pacificação que a tradição liberal continua a exercer sua influência mais marcante, apesar do ceticismo realista e das experiências malsucedidas do passado" (p.74).
(Prof. Felipe Estre).
-
Lamentável essa questão, o liberalismo é contra a centralização de questões econômicas, portanto é contra a tais organizações internacionais que por sua essência são divergentes ao laissez-faire
-
Pelas potências vencedoras da segunda guerra mundial...
Entre elas está a URSS.
A URSS ou a mesmo a Rússia têm TRADIÇÃO LIBERAL??? Acho que não heim.
Essa questão me f..
Essa prova do Instituto Rio Branco deveria ser Múltipla EscOLHA
-
Galera... Liberalismo aqui é o conceito das Relações Internacionais e não da Economia! Não existe apenas um conceito...
-
Professores, com sua permissão, me permitam criticar do uso desnecessário de SIGLAS, que por vezes são simples, e outras não. Então pergunto: Para que usa-las se o intuito do comentário é precipuamente desembaraçar?
-
Este item tem, em si, uma contradição. Todo o item está correto até a parte "pelas potências vencedoras". A grande questão é que, quando se evidencia essa expressão, há uma indução ao pensamento de que potências teriam maior titularidade para formar OI's e que os países "mais fracos" se juntariam posteriormente a eles. Estas características levam ao REALISMO, e não ao LIBERALISMO. Felizmente, o item parte para uma análise prática. Neste caso, liberalismo e realismo podem, sim, conviver juntos. O mundo prático nunca se encaixa em uma teoria só. De fato, integraram a ONU (exemplo de OI, neste caso), em seu início, as potências vencedoras (comportamento REALISTA) e, sim, a ONU foi criada com base em pressupostos liberais (comportamento LIBERAL). O avaliador andou no limite da anulação do item. O que o torna válido é, justamente, o que torna o item brilhante: é uma análise prática da realidade. Sim, sistemas humanos são imperfeitos e se comportam como uma mistura dinâmica de teorias estáticas. Na mesma OI, posso ver pressupostos LIBERAIS, REALISTAS, NEOLIBERALISTAS, ou mesmo CONSTRUTIVISTAS. Não sei se o avaliador pensou em tudo isso srsrsr. Talvez ele tenha feito um item genial sem perceber. Se fez isto intencionalmente, foi genial.
-
GABARITO: CERTO
O liberalismo proposto no enunciado deve ser entendido como TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS, e não o liberalismo político clássico ou o econômico como é possível pensar de primeira. O liberalismo na RI é uma das teorias clássicas que defende o progresso das civilizações por meio do comércio, cooperação internacional e paz, e até mesmo com a criação de uma ''confederação de Estados'' como defendido por Kant em sua obra A Paz Perpétua. Assim, a criação de organismos internacionais visando regular a interação dos Estados voltados para o desenvolvimento é tipicamente liberal nesse sentido.
Novamente, aos cacdistas: atentem-se ao liberalismo como teoria das RI nas questões do CACD, existem diferenças enormes e a analisar os comentários aqui no site é possível perceber que muitos erraram por não terem olhado a questão com esses olhos.