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Questões de Conceitos básicos, Paradigmas teóricos e aspectos históricos.


ID
36820
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Reformas nas instituições políticas e econômicas internacionais têm sido objeto de debate bem como têm aumentado as articulações entre diversos grupos de países. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA B!
    Letra E está errada: pois a BRIC já realizou duas cúpulas. 1° em Ecaterimburgo (RUSSIA) e a 2° agora em abril em Brasília.
    Letra D está errada:  o Conselho de Segurança profere decisões em nome de todos os membros da ONU
    Letra C está errada: foi criada em 1999. Mas foi de suma importância para discussão da crise econômica que ocorreu em 2008, por isso foi citado tanto na mídia.
  • Letra A está errada porque o G 8 não tem grandes resistências internas (pelo menos não tinha tanto na época da prova).
    Letra C: o G-20 é anterior a 2008.
    Letra D: O COnselho de Segurança pode agir em nome de todos Estados-membros da ONU sob certas circunstãncias
    Letra E: O Bric tem ações conjuntas e encontros.
     
    B é a correta.
  • Atualizando as reuniões dos BRICS
    • A pesquisadora Maria Regina Soares de Lima denomina BRICS um grupo de Coalizão.
    • 3º Cúpula em Sanya (China) - Entrada da África do Sul, Plano de Ação de Sayna para vários temas
    • 4º Cúpula em Nova Déli (Índia) - Acordo para facilitação de extesão de crédito em moeda local para substituir (em partes) o dólar americano. Condenação nas táticas de pressão ao Irã.
    • 5º Cúpula em Durban (África do Sul) - Continuação para negociação do futuro Banco de Desenvolvimento  dos BRICS. Acordo de Swap entre Moeda (BRA e CHINA) no valor de 30bi
  • Atualização letra e)

    VI Cúpula dos BRICS - julho de 2014 - Fortaleza, Brasil: Criação do Banco dos BRICS, com sede em Xangai. O banco tem po objetivo o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento de países pobres e emergentes. 

  • Resposta B: Adendo: houve reformas anos 2010, Brasil ampliou sua participação e se tornou um dos 10 maiores acionistas. China passou de 6º para 3º e o Yuan foi incluído como moeda no direito especial de saque

    Adendo sobre C: G20 foi criado em 1999 no contexto de crise das moedas emergentes.

    2008 aconteceu primeira reunião de cúpula dos chefes de estado (não + ministros)

    Presidência 2020 é da Arábia Saudita

    Não confundir com G20 comercial (âmbito da OMC), criado em 2003 para discutir principalmente fim de subsídios agrícolas nos países desenvolvidos


ID
83725
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.

Em 1973, a guerra entre árabes e judeus é um dos símbolos do fim da " era d e o uro". Sofrendo os efeitos da desvalorização do dólar decidid a em 1971 (governo Nixon) e ante o apoio norte-american o a I s r ael, os países árabes quintuplicam o preço do barril de petróleo, o que gera efeitos devastadores nas economias ocidentais.

Alternativas
Comentários
  • Olá a todos,

    Teria como alguém esclarecer essa questão? Pelo o que entendi do professor de economia - quando ele explicava como ocorreu a primeira crise do petróleo - é que a crise ocorreu em virtude da diminuição da oferta do produto e por esse motivo os preços aumentaram. Sendo assim, eu entendo que é errado dizer que os países árabes quintuplicaram o preço do barril de petróleo, pois quem fez isso foi o próprio mercado e não através de uma simples imposição daqueles países... 

    Grato pela atenção,

    Rafael
  • O aumento do preço do petróleo se originou após a Guerra do Yom Kippur, entre Israel e os países árabes. Como os EUA haviam apoiado os israelenses na guerra, os árabes, que faziam parte do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), decidiram interromper o fornecimento para os EUA, Europa e Japão. Com a redução da oferta, o preço do barril passou de 3 para 12 dólares em três meses. O período, que foi conhecido como o Primeiro Choque do Petróleo, causou uma forte recessão na economia mundial. Na época o Brasil importava a maior parte do que consumia e sofreu sérias conseqüências. Isso causou uma evolução catastrófica na dívida externa e provocou o processo de estouro da inflação que perdurou até o 2º choque, em 1979.

  • 4x ou 5x como diz a questão?
  • Todos os livros que eu li dizem que os preços do petróleo na 1ª Crise do Petróleo QUADRUPLICOU. Acho que devemos usar de bom senso para responder esse tipo de questão histórica.

  • Questão poderia ser questionada preço sai de 2,90 para 11,65. Aumentou 4,017


ID
83728
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.

Em que pese a agressiva retórica protecionista expressa por quase todos os países, as duas últimas décadas do século passado assistem à plena abertura dos mercados. Era a economia d ei xando de ser internacional para se tornar efet ivamente mundial, o que exigiu o fim de instâncias reguladoras do comércio, como foi o caso do GATT.

Alternativas
Comentários
  • Só lembrando que o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (em inglês, GATT) continua vivíssimo e funciona como um dos pilares normativos da Organização Mundial do Comércio.
  • parei de ler no plena abertura

  • O GATT ainda existe; apenas foi incorporado no bojo da OMC, juntamente com outras vários acordos que foram negociados por ocasião da Rodada Uruguai.


ID
86794
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas últimas décadas do século XX e até a crise financeira
de 1977, o leste asiático foi o espaço mais dinâmico da economia
capitalista, aumentando de forma geométrica sua participação na
riqueza mundial. Naquela região do mundo, entretanto, a maior
parte dos Estados nasceu no século XX, sobre bases territoriais,
sociais e culturais milenares.

Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
no fim dos Estados nacionais. Afinal, foi ali que eles nasceram,
nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita. Se há
algum lugar no mundo - além da dramática decomposição de
alguns quase-países africanos - onde se pode falar de Estados
fracos ou fragilizados pelo processo de globalização financeira é
no território dos chamados mercados emergentes, em particular
na América Latina.

José Luís Fiori. 60 lições dos 90: uma década de liberalismo.
Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 39-40 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima e também considerando
os múltiplos aspectos da ordem política e econômica do mundo
contemporâneo, julgue os itens seguintes.

A crise do Estado nacional, de crescente visibilidade a partir dos últimos decênios do século XX, na proporção direta em que avulta a atuação das grandes corporações transnacionais, adquire em larga porção da Ásia dimensão ainda maior. Na base da explicação desse fenômeno, como deixa entrever o texto, reside o que alguns especialistas denominam de baixa densidade histórica, que se explicaria pelo fato de serem Estados recentes, constituídos apenas no século XX.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    A crise do Estado nacional, de crescente visibilidade a partir dos últimos decênios do século XX, na proporção direta em que avulta a atuação das grandes corporações transnacionais, adquire em larga porção da Ásia dimensão ainda maior. Na base da explicação desse fenômeno, como deixa entrever o texto, reside o que alguns especialistas denominam de baixa densidade histórica, que se explicaria pelo fato de serem Estados recentes, constituídos apenas no século XX

  • No texto é dito que a América Latina é a mais afetada. Item errado.

  • "bases territoriais, sociais e culturais milenares"

    "baixa densidade histórica"


ID
86797
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas últimas décadas do século XX e até a crise financeira
de 1977, o leste asiático foi o espaço mais dinâmico da economia
capitalista, aumentando de forma geométrica sua participação na
riqueza mundial. Naquela região do mundo, entretanto, a maior
parte dos Estados nasceu no século XX, sobre bases territoriais,
sociais e culturais milenares.

Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
no fim dos Estados nacionais. Afinal, foi ali que eles nasceram,
nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita. Se há
algum lugar no mundo - além da dramática decomposição de
alguns quase-países africanos - onde se pode falar de Estados
fracos ou fragilizados pelo processo de globalização financeira é
no território dos chamados mercados emergentes, em particular
na América Latina.

José Luís Fiori. 60 lições dos 90: uma década de liberalismo.
Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 39-40 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima e também considerando
os múltiplos aspectos da ordem política e econômica do mundo
contemporâneo, julgue os itens seguintes.

Infere-se do texto que o projeto da União Européia, paciente e meticulosamente construído ao longo dos anos, em um processo ainda inconcluso que se iniciou no pós-Segunda Guerra Mundial, volta-se para a criação de um superestado, que, sem dissolver seus integrantes "em uma globalidade abstrata e cosmopolita", tenha condições de concorrer pelo poder e pela riqueza mundiais, em um cenário global de acentuada competitividade.

Alternativas
Comentários
  • É correto afirmar que o projeto da União Europeia volta-se para a criação de um superestado?
  • Para mim esta questão deveria ser anulada. A UE não tem o objetivo de constituir um superestado. Há instituições supranacionais mas também há aquelas intergovernamentais. Até onde eu li e estudei sobre a UE nenhum autor referiu-se a ela com o objetivo de constituir um superestado aglutinando os países membros em um único Estado.

  • A afirmativa diz "Infere-se do texto". Portanto, trata-se de analisar se o autor em questão pensa assim ou não. Considerando o excerto "Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença no fim dos Estados nacionais", é necessário observar que o autor usa o termo "unificação" - referida especificamente à noção de unificação política - e diz que é um fenômeno contemporâneo. Ou seja, ele entende que a UE é um instrumento de unificação política. Se o mundo inteiro concorda ou não com isso, não importa. Não é o que a questão pergunta.
  • Ainda que eu concorde com a assertiva, creio que não se possa deduzi-la do conteúdo do texto. O autor assim se posiciona:

    "Na Europa,  a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
    contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
    no fim dos Estados nacionais
    . Afinal, foi ali que eles nasceram,
    nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
    mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
    unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
    dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita."

    Das passagens sublinhadas eu posso inferir que não há nada que corrobore a crença do fim dos estados nacionais. Ainda que se argumente que não dissolver seus integrantes em uma "globalidade abstrata e cosmopolita" autorizaria a criação de um superestado, acho forçar a barra dizer que isto se infere do texto. Na minha opinião a alternativa está errada.

  • Errei a questão porque raciocinei pela lógica de 2014 mas o texto é de 2001 e a prova de 2003, o contexto da união européia era diferente, o "mito do fim do Estado" ainda estava circulando. 

  • Caso alguém decidisse perguntar ao Prof. Fiori, aconteceria o mesmo que aconteceu com a questão da UFRJ em que o Nando Reis divergiu do gabarito oficial. Duvido muito que ele ache que a UE "volta-se para a criação de um superestado". Quando nem a banca lê o autor, fica difícil..

  • Questão correta. A UE procura cada vez mais uniformizar as normas dos países membros e ter uma política externa comum, como se fosse uma só nação. Atualmente, há uma crise da UE, com o Brexit e o aumento de participação política de partidos de extrema direita.

     

  • Venho de 2021 para informar que o brexit aconteceu, a vacinação em massa na Europa é a que mais decepciona entre os países desenvolvidos, e o sonho europeu está se desmoronando.


ID
86815
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em contraste com a crise do multilateralismo dos anos 80,
a última década do século XX constituiu um período de intensa
mobilização dos foros diplomáticos parlamentares, fosse para
enfrentar ameaças iminentes e localizadas à paz, fosse para
apontar soluções para problemas de longo prazo que se vinham
agravando no mundo desde o início da Idade Moderna. Uma das
vertentes dessa mobilização, de escopo amplo e caráter
não-imediatista, foi impulsionado pelo fortalecimento das
sociedades civis e produziu uma série de grandes conferências
sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU) no
campo social. Com características inéditas, essas conferências
multilaterais legitimaram a presença na agenda internacional dos
temas globais, antes reputadas matérias da alçada exclusiva das
jurisdições nacionais.

Em 1990, os temas globais ainda eram chamados de novos
temas na agenda internacional. A expressão se aplicava a algumas
questões que não eram novas, mas vinham recebendo atenção
renovada desde o início da distensão Leste-Oeste, na segunda
metade dos anos 80, como o controle de armamentos, o
narcotráfico, o meio ambiente e os direitos humanos. Envolvia,
por outro lado, assuntos de definição imprecisa, como a
democracia e o terrorismo, ou de natureza polêmica, como a
prestação de auxílio humanitário externo às vítimas de conflitos
civis contra a vontade do governo dominante.

José Augusto Lindgren Alves. Relações Internacionais e temas sociais: a
década das conferências. Brasília: IBRI, 2001, p. 31 e 43 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o texto anterior, de José Augusto
Lindgren Alves, e levando em conta as novas configurações do
cenário mundial, julgue os itens que se seguem.

Especialistas e militantes da causa dos direitos humanos, ainda que por caminhos ou motivações diferentes, acreditam que a forma tímida como esse tema tem evoluído no âmbito dos Estados e na vida cotidiana das sociedades deriva, em larga medida, do fato de que ele continua a ser visto - inclusive nas grandes conferências internacionais - como um fim em si mesmo, em vez da desejável condição de instrumento para a consecução da plena cidadania.

Alternativas
Comentários
  • Dizer que DHU é um fim em si mesmo está totalmente errado.
  • Na época de 2003, muitas pessoas tinham este pensamento pois a Comissão de Direitos Humanos (criada em 1947 que reportava ao ECOSOC) foi manchada por ações "Double Standarts", onde havia a predominância política em suas decisões.
     
    Com o surgimento do Conselho de Direitos Humanos em 2006, esta passou a ter maior credibilidade.
  • Em princípio, desde o projeto da Ilustração liderado pela filosofia prática kantiana, a dignidade humana foi concebida como um imperativo geral segundo o qual cada ser humano é um fim em si mesmo que, por conseguinte, não pode ser instrumentalizado para nenhum outro fim. Isso se traduz em uma máxima moral segundo a qual cada ser humano racional deve tratar a si e a todos os seres humanos que compartilham tal "atributo" como um fim em si mesmo e nunca como um meio.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-64452009000200003

    Logo, o ponto de vista de Kant era que o ser humano deve ser considerado um FIM EM SI MESMO (essa é a visão dos militantes das causas dos Direitos Humanos também). Porém, as conferências internacionais vêm os seres humanos como simples MEIOS, porque os Estados tomam as decições sobre esse tema baseados apenas nos seus interesses nacionais.

     


ID
86830
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio
(OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior
população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de
difíceis negociações com os principais parceiros internacionais,
EUA e União Européia, com os quais teve que concluir prévios
acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das
economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira
superficial, como uma forma de triunfo final da economia de
mercado. Os pragmáticos chineses parecem nutrir a idéia básica
que permitiu no passado os êxitos do Japão e dos tigres asiáticos:
integrar-se ao mundo ainda dominado pelo Ocidente de maneira
dinâmica, mas prudente, negociada e não imposta, sem deixar-se
dominar.

Viktor Sukup. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. In: Revista
Brasileira de Política Internacional. Brasília, ano 45, n.o 2, 2002, p. 82 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, com relação ao tema focalizado no
texto acima.

Na opinião do autor, expressa no texto, a estratégia chinesa de inserção no mercado global lembra a experiência nipônica da segunda metade do século XIX. Com efeito, entre outros significados, a Era Meiji correspondeu à decisão japonesa de se modernizar como meio de se desenvolver pela via da não-subalternidade em relação ao Ocidente.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CERTO

    Na opinião do autor, expressa no texto, a estratégia chinesa de inserção no mercado global lembra a experiência nipônica da segunda metade do século XIX. Com efeito, entre outros significados, a Era Meiji correspondeu à decisão japonesa de se modernizar como meio de se desenvolver pela via da não-subalternidade em relação ao Ocidente.

    Esta afirmativa está corretíssima.


ID
86848
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Estado desenvolvimentista, de características tradicionais,
reforça o aspecto nacional e autônomo da política exterior. Trata-se do
Estado empresário que arrasta a sociedade no caminho do
desenvolvimento nacional mediante a superação de dependências
econômicas estruturais e a autonomia de segurança. O Estado normal,
invenção latino-americana dos anos noventa, foi assim denominado pelo
expoente da comunidade epistêmica argentina, Domingo Cavallo, em
1991, quando era ministro das Relações Exteriores do governo de
Menem. Aspiram a ser normais os governos latino-americanos que se
instalaram em 1989-90 na Argentina, Brasil, Peru, Venezuela, México
e outros países menores. O terceiro é o paradigma do Estado logístico,
que fortalece o núcleo nacional, transferindo à sociedade
responsabilidades empreendedoras e ajudando-a a operar no exterior,
de modo a equilibrar os benefícios da interdependência mediante um
tipo de inserção madura no mundo globalizado.

Amado Luiz Cervo. Relações internacionais do Brasil: um balanço da era Cardoso.
In: Revista Brasileira de Política Internacional, ano 45, n.o. 1, 2002, p. 6-7 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a
abrangência do tema nele focalizado, julgue os itens seguintes.

Pela nomenclatura adotada no texto, o Chile que saiu do regime de força comandado pelo general Augusto Pinochet e que, com determinadas adaptações, prossegue no mesmo modelo econômico já na atual fase democrática, deve ser classificado como protótipo do paradigma de Estado normal.

Alternativas
Comentários
  •  Quesito ERRADO.

    O texto do professor Amado Luiz Cervo pode ser encontrado facilmente na Internet. Para quem desejar lê-lo, o link é:

    http://redalyc.uaemex.mx/pdf/358/35845101.pdf

    Extraí dele o seguinte excerto da página 7 que ajuda a esclarecer a questão:

    "O primeiro paradigma, cujo protótipo na América Latina foi o Brasil, entre 1930 e 1989, elevou este país ao mais alto nível de desenvolvimento regional; o segundo, cujo protótipo foi a Argentina da era Menem, conduziu à crise de 2001-2002, caracterizada pelo aprofundamento de dependências estruturais e pelo empobrecimento da nação; o terceiro, cujo protótipo foi o Chile, garante uma inserção mais madura."

    Desse modo, conclui-se que o Chile foi o protótipo do Estado logístico, não do normal.

    Na realidade, a questão pode ser facilmente resolvida bastando ler com muita atenção o texto do enunciado. Nele está escrito: "Aspiram a ser normais os governos latino-americanos que se instalaram em 1989-90 na Argentina, Brasil, Peru, Venezuela, México e outros países menores." O Chile não aparece no rol dos países citados. Assim, ele não poderia ser o protótipo do Estado normal, uma vez que ele nem sequer é citado entre os Estados normais.

  • Não acho que o Chile seja um Estado logístico como diz o colega acima, mas certamente não é um Estado normal devido a sua maior maturidade nos tratos das relações econômicas internacionais, sendo menos subserviente aos centros hegemônicos se comparados, por exemplo, ao Brasil ou Argentina dos anos 90.
  • Protótipos de três paradigmas de política externa na América Latina durante a década de 1990:

    O Estado desenvolvimentista (BRASIL), de características tradicionais, reforça o aspecto nacional e autônomo da política exterior. Trata-se do Estado empresário, que arrasta a sociedade no caminho do desenvolvimento nacional mediante a superação de dependências econômicas estruturais e a autonomia de segurança.  

    - O Estado normal (ARGENTINA), esse paradigma envolve três parâmetros de conduta:

    Como Estado subserviente, submete-se às coerções do centro hegemônico do capitalismo

    Como Estado destrutivo, dissolve e aliena o núcleo central robusto da economia nacional e transfere renda ao exterior

    Como Estado regressivo, reserva para a nação as funções da infância social

    O Estado logístico (CHILE), que fortalece o núcleo nacional, transferindo à sociedade responsabilidades empreendedoras e ajudando-a a operar no exterior, para equilibrar os benefícios da interdependência mediante um tipo de inserção madura no mundo globalizado.

     

    Fonte https://fichamentohpexbra.wordpress.com/tag/o-estado-logistico/


ID
86851
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Estado desenvolvimentista, de características tradicionais,
reforça o aspecto nacional e autônomo da política exterior. Trata-se do
Estado empresário que arrasta a sociedade no caminho do
desenvolvimento nacional mediante a superação de dependências
econômicas estruturais e a autonomia de segurança. O Estado normal,
invenção latino-americana dos anos noventa, foi assim denominado pelo
expoente da comunidade epistêmica argentina, Domingo Cavallo, em
1991, quando era ministro das Relações Exteriores do governo de
Menem. Aspiram a ser normais os governos latino-americanos que se
instalaram em 1989-90 na Argentina, Brasil, Peru, Venezuela, México
e outros países menores. O terceiro é o paradigma do Estado logístico,
que fortalece o núcleo nacional, transferindo à sociedade
responsabilidades empreendedoras e ajudando-a a operar no exterior,
de modo a equilibrar os benefícios da interdependência mediante um
tipo de inserção madura no mundo globalizado.

Amado Luiz Cervo. Relações internacionais do Brasil: um balanço da era Cardoso.
In: Revista Brasileira de Política Internacional, ano 45, n.o. 1, 2002, p. 6-7 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a
abrangência do tema nele focalizado, julgue os itens seguintes.

A grande crítica que se faz ao Estado normal é que, embora não seja subserviente em relação ao centro hegemônico do sistema capitalista e não fragmente nem aliene o setor central mais vigoroso da economia nacional, acaba por transferir muita renda para o exterior e, com isso, interfere negativamente no dinamismo da economia nacional.

Alternativas
Comentários
  • A crítica do professor Amado Luiz Cervo é justamente com relação a uma referida subserviência do Estado que adota o chamado “Paradigma Normal” em relação ao centro hegemônico do sistema capitalista, o que geraria uma fragmentação e alienação do “setor central mais vigoroso” da economia nacional, trazendo então desequilíbrio estrutural e uma inserção imatura no mercado mundial.


    Fonte: CERVO, Amado; BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. 2. Ed. Brasília; Universidade de Brasília, 2002.

  • O Estado normal é subserviente em relação ao centro hegemônico!
  • Designações deste período

    Amado Cervo: Estado Normal (1990-2002) ou Estado NeoLiberal.
    Obs: O termo "Estado Normal" foi criado em 1991 pelo argentino Domingo Cavallo
    Amado Cervo: Dança dos Paradigmas (Governo Collor)
    Tullio Vigevani: Autonomia pela participação (1990-2002).
  • A grande crítica que se faz ao Estado normal é que, embora não seja subserviente (ele é subserviente) em relação ao centro hegemônico do sistema capitalista e não fragmente nem aliene (fragmenta e aliena o setor) o setor central mais vigoroso da economia nacional, acaba por transferir muita renda para o exterior e, com isso, interfere negativamente no dinamismo da economia nacional.


ID
103045
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A partir da perspectiva teórica realista das relações
internacionais, julgue C ou E.

As relações internacionais articulam-se, fundamentalmente, em torno dos Estados.

Alternativas
Comentários
  • Sim, para os realistas as organizações internacionais não importanto tanto tendo em vista a anarquia internacional.
  • Gabarito: CERTO

    O principal ator das Relações Internacionais são os Estados.

  • Gabarito: Certo

     

    O realismo surge como uma resposta ao movimento liberal e às falhas deste grupo em prevenir a escalada de violência que resultou da Segunda Guerra Mundial. Durante os anos 1920, bases teóricas do liberalismo foram aplicadas para justifcar a criação da Liga das Nações e de políticas em torno do direito internacional.

     

    Edward Carr foi um dos primeiros analistas realistas e publicou, em 1939, o livro “Vinte Anos de Crise: 1919-1939”, no qual criticava a visão liberal das Relações Internacionais empreendida nos anos 1920. Outro expoente da teoria realista deste período foi Hans Morgenthau com seu livro “A política entre nações: a luta pelo poder e pela paz”, publicado em 1948, e que cria as bases teóricas da teoria realista moderna. Entre as principais bases da teoria realista está o seu caráter Estado-cêntrico, como afrma o item, o Estado é o único ator relevante das relações internacionais, segundo esta corrente. O Estado é visto, portanto, independente de suas eventuais divisões de política interna. Vale ressaltar que o Estado tem duas funções precisas: manter a paz dentro de suas fronteiras e garantir a defesa no caso de uma agressão externa.

     

    O grupo de indivíduos que atua nas relações internacionais faz em prol do Estado que representa e trabalha em um modelo de “bola de bilhar”, ou seja, em uma abstração dos processos internos, destacando-se exclusivamente a dinâmica entre as “bolas” e não o processo de motivação interna. O Estado será, portanto, um ator unitário e racional, agindo de maneira uniforme e homogênea e em defesa do interesse nacional. 

     

    Fonte: 7000 Questões da CESPE
     


ID
103048
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A partir da perspectiva teórica realista das relações
internacionais, julgue C ou E.

Questões de defesa nacional ocupam o topo da agenda diplomática dos Estados.

Alternativas
Comentários
  • Para os realistas as relações internacionais são anárquicas. Somando isso ao fato de os Estados serem expansionistas e imperialistas, nada mais sensato concluir do que a defesa nacional seja pauta primordial na agenda diplomática dos Estados.
  • Gabarito: Certo

     

    De acordo com a visão realista, a questão da segurança é prioritária nas relações entre os Estados. Diferente dos liberais, que valorizam o direito internacional, os realistas acreditam que é o poder que rege as relações entre os Estados, que pode ser tanto o poder militar (high politics), quanto o poder econômico (low politics) ou o poder de persuasão. Segundo os realistas, a anarquia internacional, consiste na coexistência de múltiplos Estados soberanos que tendem a lutar permanentemente pela sua sobrevivência, desconfando uns dos outros. Como consequência desse cenário, a sobrevivência e a defesa nacional ocupam o topo da agenda dos Estados, como afrma o item.


    Fonte: 7000 Questões do CESPE

     


ID
103051
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A partir da perspectiva teórica realista das relações
internacionais, julgue C ou E.

A cooperação entre organismos internacionais e entidades transnacionais constitui aspecto central da consolidação de uma agenda de paz e segurança.

Alternativas
Comentários
  • Para os teóricos do realismo as relações internacionais se dão entre os Estados.
  • Gabarito: Errado

     

    O item está incorreto porque, segundo a teoria realista, a paz mundial é apenas possível por meio do equilíbrio e da balança de poder. A balança de poder, termo utilizado principalmente pela vertente realista, representa situações em que os Estados, com fundamento em seu interesse nacional, decidem juntar-se a uma grande potência com o objetivo de equilibrar o poder desta potência. Da mesma forma, os Estado também podem julgar estarem ameaçados pelo poderio de uma grande potência e decidirem juntar-se com outros Estados menos poderosos para tentar equilibrar o poder daquela potência. A necessidade de estabelecer um equilíbrio de poder, com o objetivo de assegurar a sobrevivência de seu Estado seria a justifcativa realista para a existência de cooperação em organismos internacionais. Vale ressaltar que são os liberais que defendem, como afrma o item, que a cooperação entre organismos internacionais e entidades transacionais constitui aspecto central da consolidação de uma agenda de paz e segurança.
     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE


ID
103054
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A partir da perspectiva teórica realista das relações
internacionais, julgue C ou E.

Costuma-se invocar Tucídides e Hobbes como patronos das teses que fundamentam a tradição realista, o que não se aplica a Maquiavel, considerado pai da política moderna.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    Os realistas buscaram fundamentação teorica para suas premissas e princípios em pensadores como Tucídides,Maquiavel e Hobbes.

    Para eles, Maquiavel deixou como herança a busca pela sobrevivência do Estado, pois para sobreviver, o poder se faz necessário e o uso da balança de poder, bem como as alianças, é crucial para lidar com o desafio da segurança.

  • Gabarito: Errado

     

    O item está incorreto, porque Maquiável é também considerado um patrono da tese que fundamenta a visão realista clássica, juntamente com Tucídides e Hobbes.

     

    Tucídides (471 a.C- 400 a.C): narra a história da Guerra do Peloponeso, conflito entre Atenas e Esparta em 431 a.C., e em sua descrição chama atenção para vários elementos que foram retomados pela análise das relações internacionais: negociações, alianças, guerras. Segundo Tucídides, o crescimento de Atenas, em termos econômicos e militares, trouxe uma insegurança às regiões vizinhas, que se sentiram ameaçadas pela crescente potência em expansão. A busca de balancear o poder, ou seja, a tendência de Estados juntarem-se à outros Estados para equilibrar o poder no cenário internacional, já estaria presente no trabalho de Tucídides. Além disso, da obra de Tucídides pode-se tirar outras conclusões, como que os Estados buscam sempre maximizar seu poder, dirigidos pelos seus interesses e pela questão da segurança.

     

    Maquiável (1469-1527): a principal obra de Maquiavel, “O Príncipe”, relata a força do Estado para impor a ordem e como as grandes potências tem como objetivo dominar e ganhar mais poder no cenário internacional.

     

    Hobbes (1588-1679): com a obra “Leviatã”, Hobbes serve de fundamento a teoria realista ao defender que o homem não é intrinsecamente benevolente, mas é, em sua essência, centralizador e competitivo. Segundo Hobbes, a sociedade em seu estado de natureza representa a guerra de todos contra todos, no qual a batalha é latente, mesmo se não estiver ocorrendo no momento.

     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE

     

  • O livro - O Príncipe, principal obra de Maquiavel, retratou a respeito da guerra e de uma realidade em que há "disputa constante pelo poder"... O que condiz com preceitos do realismo.

    Bons estudos.


ID
208270
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Conforme ficou decidido no último encontro do G-20, as autoridades internacionais estão elaborando uma série de micro e macrorreformas preventivas para aumentar a resiliência não só das instituições financeiras, mas de todo o sistema financeiro, ao estender a supervisão a todas as instituições, produtos e atividades financeiras relevantes.

(Nouriel Roubini, www.cartacapital.com.br, 26.06.2009)

Sobre o G-20, é correto afirmar que é

Alternativas
Comentários
  • Criado em 1999, o Grupo dos 20 reúne os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais de 19 países: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia, representada no grupo pelo presidência rotativa de seu Conselho e pelo Banco Central Europeu.

    Ao contrário de instituições internacionais como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o G20 (assim como o G7, grupo dos sete países mais ricos do mundo), não possui uma equipe própria. Sua presidência é rotativa, sendo assumida anualmente por um país-membro diferente, que por sua vez é selecionado alternadamente entre as diferentes regiões do planeta.


ID
215881
Banca
IF-SE
Órgão
IF-SE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

"Com a derrocada do socialismo real e da União Soviética, entre 1989 e 1991, surgiu uma nova ordem mundial que, a princípio, parecia ser unipolar, com uma única superpotência, os Estados Unidos. Mas essa idéia parece ser aplicável somente a um breve período transitório, pois o poderio estadunidense vem se enfraquecendo, em termos relativos (isto é, em comparação com o crescimento da China, da Europa unificada, da Índia etc...)." Vesentini, Wiliam - 2009. Assinale a afirmativa correta sobre os fatos da nova ordem mundial:

Alternativas
Comentários
  • Falhas das Alternativas

    A) Falso - O rápido envelhecimento até então esta certo,porém o baixo poder aquisitivo é que torna a resposta falsa

    B) Falso - A Rússia passa a participar do G8 ( os 7 países mais ricos do mundo + a Russia) não por sua pontencialidade econômica e sim por sua manutenção de uma tecnologia avançada, que caracterizou recentemente na história da humanidade a Guerra Fria e hoje ocupa tal cadeira no G8 por conta de armas e tecnologias avançadas,porém sua economia ainda passa por um processo de transição e a população ainda sofre com as consequencias dessa transição.

    C) Verdadeiro - O Japão apesar de ser o mais rico da ásia em outrora buscou seu domínio nos países do pacífico com ocupações territoriais,principalmente durante a 2ª guerra,desde então os asiaticos não fecham em um bloco econômico com receio de um novo domínio japonês,através da economia sobre eles.

    D) Falso - De fato a China é o país que mais cresce economicamente, portanto seu regime político não é de carater democrático, pois mantem-se sob as ideias comunistas na política

    E) A Índia cresce de forma gradual na economia,porém ainda enfrenta muitos problemas sociais,pois sua população é dividida por CASTAS, outra parcela por mulçulmanos salientando que entram em confronto com o paquistão por conta de territórios!


ID
291805
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações internacionais vêm se desenvolvendo em todo o
mundo como uma disciplina que cresce e constrói seu ambiente
cognitivo próprio. Com relação a esse assunto, julgue os itens de
66 a 71.

As relações internacionais são estudadas desde a Antiguidade, em obras clássicas da Grécia antiga.

Alternativas
Comentários
  • Um exemplo são os textos de Tucídides em sua obra a Históra da Guerra do Peloponeso.
  • Existem relações internacionais e também Relações Internacionais

    As relações internacionais (com letra minúscula) referem-se a relações entre Estados e nações e englobam:
    a) política
    b) economia política internacional
    c) geografia política
    d) Direito Internacional
    e) história
    Já as Relações Internacionais, como estudo, como área de conhecimento, surgem após a 1ª Guerra Mundial, especificamente na Universidade do País de Gales, chamada de Cadeira Woodrow Wilson.
    Tais informações foram coletadas na aula do Prof. Paulo Velasco, de Política Internacional.
  • No momento em que surgem os primeiros grupos independentes exercendo relações políticas, culturais e comerciais entre si tem-se o nascimento de uma sociedade internacional. 


ID
291808
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações internacionais vêm se desenvolvendo em todo o
mundo como uma disciplina que cresce e constrói seu ambiente
cognitivo próprio. Com relação a esse assunto, julgue os itens de
66 a 71.

O único desenvolvimento consolidado da disciplina encontra-se no chamado mundo anglo-saxônico.

Alternativas
Comentários
  • A resposta para a questão é ERRADA, pois o chamado "mundo anglo-saxônico" refere-se apenas aos países da América do Norte (Canada e USA).
    E como a própria questão diz, as  relações internacionais vêm se desenvolvendo em todo o mundo.
  • GABARITO: ERRADO

     

    "O item está incorreto, porque a disciplina de Relações Internacionais se desenvolveu em diversos países, além do mundo anglo-saxão. Destaca-se a escola francesa das relações internacionais com Pierre Renouvin e Jean-Baptiste Duroselle.

     

    Segundo José Sombra Saraiva, Pierre Renouvin foi pioneiro no estudo da história das relações internacionais com a publicação de Histoire de Relations Internationales em 1953. A proposta era construir uma nova leitura das relações entre os povos segundo os próprios problemas da vida internacional, ou seja, ele rompe com a história sustentada no fato político e na personalidade do príncipe.

     

    Jean-Baptiste Duroselle, com a obra Tout empire périra, impunha o conhecimento histórico no centro dos estudos das Relações Internacionais, ao mesmo tempo em que expandia a disciplina relacionando-a com questões econômicas e fnanceiras. Outras escolas como a escola italiana – com estudos de Frederico Chabod e Mario Toscano – e a escola suíça – com a pesquisa e o plano de estudos do Institut de Hautes Études Internationales – são escolas de destaque."

     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE


ID
291811
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações internacionais vêm se desenvolvendo em todo o
mundo como uma disciplina que cresce e constrói seu ambiente
cognitivo próprio. Com relação a esse assunto, julgue os itens de
66 a 71.

A produção de conceitos no campo das relações internacionais está, em geral, marcada por valores e interesses que presidem a construção de modelos e estudos empíricos.

Alternativas
Comentários
  • Existe algum exemplo ou explicação?
  • Acredito que um bom exemplo seja a posição do Brasil quanto aos assuntos de relações internacionais: a de não intervenção, a de repúdio quanto aos assuntos que visam o interesse de apenas uma nação, a de apoio e complacência na questão de lutar pela liberdade de dominação de um país menor para com um maior.

    Pelo menos é uma das idéias que consegui absorver da questão.
  • Acredito que a explanação esteja ligado aos valores e interesses das pessoas e organizações que constroem os modelos - realistas, idealistas, marxistas, construtivistas, entre outros - e que definem a forma de abordagem nos estudos e análises, bem como os conceitos a serem testados e referendados.


ID
291814
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações internacionais vêm se desenvolvendo em todo o
mundo como uma disciplina que cresce e constrói seu ambiente
cognitivo próprio. Com relação a esse assunto, julgue os itens de
66 a 71.

As relações internacionais são por excelência campo disciplinar que advoga a necessidade de esforço interdisciplinar.

Alternativas
Comentários
  • O estudo das relações internacionais envolve conhecimentos gerais de Direito, Economia, História, Filosofia, Sociologia, Antropologia e, sobretudo, de questões internacionais contemporâneas. 


ID
291820
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações internacionais vêm se desenvolvendo em todo o
mundo como uma disciplina que cresce e constrói seu ambiente
cognitivo próprio. Com relação a esse assunto, julgue os itens de
66 a 71.

Países avançados economicamente têm capacidade natural e superior aos demais na produção de doutrinas e teorias a respeito da paz e do equilíbrio do sistema internacional.

Alternativas
Comentários
  • O erro estaria em "superior"???
  • Questão sem muitas dúvidas, pois até o mais ralé dos países sabe que para promover a paz e o equilibrio internacional, o respeito é fundamental.
  • Podemos levar em conta o exemplo da Índia, com o ativismo pacífico de Gandhi, que teve repercussão "global".

    Bons estudos.

  • Acredito que o erro esteja no vocábulo “natural”. Essa afirmação estaria hierarquizando a capacidade intelectual de acordo com teorias de supremacia naturalistas como darwinismo social ou eugenia, que foram algumas das alegações utilizadas pelas potências europeias durante a corrida imperialista ou neocolonialismo, antes da 1 Guerra Mundial. Fato é que as teorias mais difundidas tem origem em potências ocidentais, mas isso não significa maior capacidade intelectual, mas sim maior capacidade de penetração, vinculada a um viés político-estratégico.

ID
350548
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IJSN-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação ao multilateralismo de dimensão internacional e às
relações regionais do Brasil, julgue os itens que se seguem.

O arranjo multilateral é a coordenação de políticas nacionais entre três ou mais estados, em que os custos e benefícios desse arranjo devem ser distribuídos entre seus componentes, que podem alterar a cooperação coletiva ao longo do tempo.

Alternativas

ID
397099
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Correios
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O panorama das relações internacionais contemporâneas, no contexto pós-Guerra Fria, tem sido marcado pela reconfiguração das estruturas e dos mecanismos de tratamento de grandes temas globais, como comércio, finanças, meio ambiente, segurança e direitos humanos. Com relação a esse tema, julgue os itens seguintes.

O fortalecimento do regionalismo nos anos 90 do século passado representou esforço de resposta imediata e efetiva aos desafios suscitados pelo processo de globalização e se contrapôs à tendência de fortalecimento dos organismos multilaterais de composição e alcance global observada durante o período da Guerra Fria.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Errado.

  • O fortalecimento do regionalismo nos anos 90 do século passado representou esforço de resposta imediata e efetiva aos desafios suscitados pelo processo de globalização e se contrapôs à tendência de fortalecimento dos organismos multilaterais de composição e alcance global observada durante o período da Guerra Fria.

    Vamos feito Jack, por partes.
    1) "O fortalecimento do regionalismo nos anos 90 do século passado representou esforço de resposta imediata e efetiva aos desafios suscitados pelo processo de globalização" Esta parte está correta. Após o fim da guerra fria e da antiga ordem mundial bipolar, houve um fortalecimento do regionalismo (MERCOSUL, EURO etc).
    2) "se contrapôs à tendência de fortalecimento dos organismos multilaterais de composição e alcance global " Esta parte está errada. Não houve contraposição ao fortalecimento dos organismos multilaterais, muito pelo contrário. A ONU, A OMC, a OIT e etc tiveram um aumento considerável do número de membros.

    3) "organismos multilaterais de composição e alcance global observada durante o período da Guerra Fria." De fato houve a criação de diversos órgãos multilaterais durante a guerra fria". ONU, UNICEF, OMS, OPEP e diversas outras foram criadas após a segunda guerra mundial.

    Questão ERRADA

  • "O fim da Guerra Fria correspondeu, segundo alguns autores como Andrew Hurrell (1995), a um novo impulso para os processos de regionalismo na política mundial. (...) A regionalização pode ser tanto complementar quanto oposta à globalização. Em termos de complementaridade, a regionalização parte de princípios similares aos da globalização no que se refere à consolidação de espaços sem fronteiras, que facilitem a livre circulação de bens e pessoas, partindo de uma concepção e valores comuns sobre temas políticos, econômicos, sociais e culturais. No que se refere à contraposição, se a regionalização implica a relativização de fronteiras em determinados espaços geográficos (...), a mesma pode gerar o isolamento e proteção destes mesmos espaços. Com isso, os blocos regionais poderiam se constituir como entidades politicamente isoladas e independentes que ao abrirem suas fronteiras internas as fechariam para o mundo. Deve-se destacar que ambos os fenômenos tem caminhado lado a lado, com os blocos regionais oscilando entre formas de proteção e de abertura ao mundo. Para países como os EUA, inclusive, o regionalismo também passou a ser uma forma adicional de exercício de poder (NAFTA, ALCA). Enquanto isso, potências médias e países menores buscam a integração como forma de resistir aos fluxos da globalização e de fortalecer suas bases".

    Pecequilo, Manual de Política Internacional da Funag, 2012


ID
397102
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Correios
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O panorama das relações internacionais contemporâneas, no contexto pós-Guerra Fria, tem sido marcado pela reconfiguração das estruturas e dos mecanismos de tratamento de grandes temas globais, como comércio, finanças, meio ambiente, segurança e direitos humanos. Com relação a esse tema, julgue os itens seguintes.

A ênfase na construção de mecanismos de governança, que congregam indivíduos, instituições públicas e privadas em diferentes níveis (local, nacional, regional e global), tem adquirido crescente relevância nas estratégias de governos e organismos internacionais para o tratamento de questões políticas e econômicas da agenda global contemporânea.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo.

  • CORRETO.

    A ênfase na construção de mecanismos de governança reflete o fenômeno da INSTITUCIONALIZAÇÃO (através da proliferação e fortalecimento de organizações internacionais) e da JURISDICIONALIZAÇÃO (sobretudo mediante a criação de cortes internacionais) do Direito Internacional.

     

     


ID
397105
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Correios
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O panorama das relações internacionais contemporâneas, no contexto pós-Guerra Fria, tem sido marcado pela reconfiguração das estruturas e dos mecanismos de tratamento de grandes temas globais, como comércio, finanças, meio ambiente, segurança e direitos humanos. Com relação a esse tema, julgue os itens seguintes.

Em razão das crescentes limitações em lidar com processos de natureza transnacional, os Estados nacionais, em geral, têm transferido competências para organismos internacionais, o que reforça as tendências de relativização das soberanias e de valorização de arranjos supranacionais instauradas desde o fim da Guerra Fria sob inspiração da experiência europeia.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Errado

    "...o que reforça as tendências de relativização das soberanias e de valorização de arranjos supranacionais instauradas desde o fim da Guerra Fria sob inspiração da experiência europeia..." Nada mais errado para o cenário atual, visto que a tendência europeia é o fortalecimento do nacionalismo. Um bom exemplo é o "Brexit".

  • Por partes.
    - "Em razão das crescentes limitações em lidar com processos de natureza transnacional, os Estados nacionais, em geral, têm transferido competências para organismos internacionais". O Estado não transfere competência para Organismos internacionais, a teoria válida no Direito Público Internacional é a do "Pacta Sunt Servanda", ou seja, a boa vontade dos estados no cumprimento dos compromissos assumidos. A boa vontade no cumprimento não é uma transferência de competência, mas apenas um compromisso em realizar o conteúdo dos tratados.
    - "o que reforça as tendências de relativização das soberanias". Esta parte também está errada. Não existe relativização da soberania. A soberania é um dos elementos constitutos do conceito de Estado (Povo, território e soberania). Não existe estado se não houver soberania. 
    - "valorização de arranjos supranacionais instauradas desde o fim da Guerra Fria" de fato houve uma valorização de arranjos supranacionais após a guerra fria.

    - "sob inspiração da experiência europeia". A experiência europeia de acordos multilaterais acabou gerando 2 guerras mundiais. A inspiração não foi europeia, muito pelo contrário.

  • Caroline, a questão é de 2011. Ainda não tinha ocorrido a saída da Inglaterra da União Europeia e alem do mais, o UE estava em alta.

  • Acho que o erro seria dizer que os Estados em geral estariam transferindo soberania para arranjos supranacionais como o da UE, na maior parte das vezes seriam arranjos intergovernamentais

  • Me desculpem os que não concordam com o meu comentário, mas essas organizações e entidades internacionais criadas não têm soberania nenhuma. Um exemplo clássico: basta os EUA baterem o pé e, pronto, acabou.  Contra a sovereignty, restam apenas autoridades queixosas. 

     

    Resposta: Errada. 

  • Concordo com os comentários dos colegas mas imporante lembrar que em muitos materiais e em questões do CESPE, coloca-se sim como "relativização de soberania" o fato de um país integrar um bloco econômico, por exemplo.

    classificação de uma Organização Internacional (...): a depender de quanto afetam a soberania dos Estados-membros. Se estes renunciam a uma parcela, temos uma organização supranacional, como a União Europeia

  • Segundo a teoria do neofuncionalismo, especificamente para Ernest Haas, a integração continua sendo um processo de transferência de competências dos Estados para instituições supranacionais.

    Teorias das Relações Internacionais - correntes e debates, Rio de Janeiro” Elsevier, 2005.

  • Eu errei a questão. Pra mim os arranjos incluem transferencia de soberania sim, vide a politica monetária europeia. Não há passagem pelos parlamentos de cada medida, O BC europeu impõe as esgras aos membros da zona do euro.


ID
397108
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Correios
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O panorama das relações internacionais contemporâneas, no contexto pós-Guerra Fria, tem sido marcado pela reconfiguração das estruturas e dos mecanismos de tratamento de grandes temas globais, como comércio, finanças, meio ambiente, segurança e direitos humanos. Com relação a esse tema, julgue os itens seguintes.

A emergência de temas econômicos durante os anos 90 do século passado reforçou a importância e as atribuições originais das instituições de Bretton Woods, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento e o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio.

Alternativas
Comentários
  • As conferências de Bretton Woods, definindo o Sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional, estabeleceram em julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes 
  • O Acordo Geral sobre Tarfas e Comércio (GATT) tem natureza contratual e não institucional.
    Em 1947 na Conferência de Havana foi prevista a criação da OIC (Organização Internacional do Comércio); porém, em função principalmente da resistência dos EUA, essa organização comercial não foi efetivada, nassa conferência foi assinado um acordo que tinha o intuito de perdurar enquanto a organização internacional não fosse criada. Isto nunca ocorreu, e em 1995 o GATT foi substituido pela OMC (Organização Mundial do Comércio). 
  • ERRADA.

    Os acordos de BRETTON WOODS originou inicialmente o BIRD e o FMI. O GATT não está nestes acordos. Na Conferência de Bretton Woods houve uma proposta para criação da OIC porém não houve acordo na Conferência de Havana.

    Além disso a Mariana está correta em dizer que o GATT tinha NATUREZA CONTRATURAL e não instituicional. Foi um Acordo Executivo, não dependeu da ratificação pelos Congressos Nacionais.

    Logo há dois erros na questão.
  • Retirando o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, a questão estaria correta? Alguém?

  • Acho que o maior problema da questão é dizer "atribuições originais" de Bretton Woods. Este surgiu num contexto de início de guerra fria. Já a questão quer trazer Bretton Woods original para a década de noventa, pós guerra fria com desfacelamento da URSS.
  • Organização Mundial do Comércio é uma organização criada com o objetivo de supervisionar e liberalizar o comércio internacional. A OMC surgiu oficialmente em 1 de janeiro de 1995, com o Acordo de Marraquexe, em substituição ao Acordo Geral de Tarifas e Comércio, que começara em 1947


ID
567514
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Elementos de instabilidade no cenário internacional, tais como guerras, degradação ambiental, desrespeito aos direitos humanos e grandes disparidades econômicas, decorrem da compreensão deficiente que os agentes têm do sistema internacional, não podendo ser atribuídos à defesa de interesses políticos e econômicos egoístas ou particulares.

Alternativas
Comentários
  • A questão extrapola a abordagem do Construtivismo sobre o entendimento internacional, desta forma, não pode ser considerada correta.

  • Segundo os professores Jackson e Sorensen, o sistema internacional é constituído por ideias e "O foco do construtivismo social é a consciência ou percepção humana e seu lugar nos assuntos do mundo." (258). Portanto, construtivistas interpretam as problemáticas da política internacional como diretamente relacionadas a interesses particulares dos mais variados, ao contrário do que a questão afirma.

  • O erro da afirmativa está em dizer que a "compreensão do sistema internacional" não pode ser atribuída à defesa dos "interesses políticos particulares". Pelo contrário; para os construtivistas, a compreensão que cada Estado faz do sistema internacional deriva diretamente da percepção que ele mesmo constrói do mundo com base sem seus interesses nacionais, suas ideias nacionais, suas visões particulares (com base na alteridade) e das interações "sociais" que ele mantém com os demais Estados do sistema internacional.

    Note que a construção de identidades, ideias e interesses é fundamental para o Construtivismo. As identidades e os interesses não são dados, mas são construídos. O construtivismo trabalha com a ideia de como esse interesse e como essa ideia são construídos. Os construtivistas afirmam que identidades e interesses são construídos mediante interações intersubjetivas (interações sociais; alteridade); essas interações intersubjetivas produzem ideias e significados, os quais definem identidades, as quais, por sua vez, definem os interesses nacionais. A identidade do Estado não é dada aprioristicamente; os interesses do Estado não são dados aprioristicamente; ambos (identidade e interesses) são construídos mediante interações sociais e internacionais; a identidade não está dada, mas é produzida mediante a interação com outros sujeitos. Eu (um país) não sou algo dado aprioristicamente, mas sou aquilo que você pensa que eu sou; note que prepondera uma lógica de alteridade.

  • Gabarito: Errado

     

    A teoria construtivista começou a popularizar-se nos anos 1990, principalmente sob a perspectiva de Alexander Wendt, autor do livro “Social theory of International politics”, como alternativa às teorias positivistas, o Neo Realismo e o Neoliberalismo, e às teorias pós-positivistas, a Teoria Crítica e o Pós-Modernismo.

     

    O item está incorreto, porque segundo a teoria Construtivista, elementos de instabilidade no cenário internacional não são resultado da falta de compreensão dos agentes, mas são consequência da formação dos interesses de cada Estado do sistema. Para os construtivistas, o interesse Estatal é determinado pela construção de sua identidade, portanto, cada Estado possui seu processo de construção social e história que moldará sua identidade e formará seus interesses. Não há, portanto, uma defciência na compreensão do sistema internacional, apenas, já que cada Estado sofre um processo distinto na formação de sua identidade, existe uma tendência de formação de divergências graças a uma formação identitária diferente.

     

    Diferente do que defende o realismo, que determina que a convivência entre Estados será conflituosa, ou o liberalismo, que defende que a convivência entre Estados será cooperativa, para os construtivistas as relações de cooperação ou conflito dependem do processo de formação destes Estados. Outro erro do item é que o construtivismo reconhece que o Estado pode defnir seus interesses de maneira egoísta, na verdade, para os construtivistas isso ocorre em função da identidade do Estado e não é uma determinação exógena, como afrmam os neorrealistas. Os Estados não são egoístas, porque assim manda sua natureza (afrmação realista), eles são egoístas por determinantes domésticos como, por exemplo, o nacionalismo.

     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE
     


ID
567517
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O cenário internacional é caracterizado por agentes políticos e instituições sociais que predeterminam o resultado das interações entre esses agentes e instituições. Desse modo, o formulador de políticas dispõe de limitado leque de opções de política externa ou internacional.

Alternativas
Comentários
  • As instituições sociais não são predeterminadas, mas sim construídas pelos agentes. 

  • Os professores Jackson e Sorensen indicam que o construtivismo recebeu contribuições do campo da sociologia, como do sociólogo britânico Anthony Giddens, que afirma, contrariando o texto da questão, que “as estruturas (isto é, as regras e condições que orientam a ação social) não determinam o que fazem os atores de forma mecânica (...)" (234).

  • O erro da afirmativa está em dizer que os "agentes ... predeterminam...os resultados"; em outras palavras, isso quer dizer que os agentes do sistema internacional (ex: Estados) definem a estrutura internacional (ex: o sistema de Estados). Para entender melhor essa questão, é importante lembrar, sobretudo, de uma característica essencial da teoria construtivista: não existe precedência ontológica entre agente e estrutura.


    O Construtivismo superou a dicotomia agente-estrutura, pois ele não dá preponderância nem ao agente nem à estrutura. Diferentemente das teorias anteriores, que focavam ou no agente ou na estrutura, o Construtivismo vai trabalhar com a lógica da co-constituição entre agente e estrutura. A lógica da co-constituição construtivista implica que não pode haver preponderância da estrutura sobre os agentes (isso acontece no neorrealismo estrutural), nem dos agentes sobre a estrutura. Os construtivistas superam a ideia de antecedência ontológica, logo não importa saber qual vem primeiro ou o que define o que. Na verdade, há uma co-definição, uma co-constituição: o agente define a estrutura ao mesmo tempo em que a estrutura define o agente.

  • Gabarito: Errado

     

    Os construtivistas acreditam que o sistema internacional é um conjunto de pensamentos e normas organizado por determinados grupos em uma época e um lugar particular. O sistema internacional não é um objeto estático, ou uma realidade objetiva. Ao contrário do que afrma o item, o cenário internacional não é predeterminado, ele é resultado de uma interação co constitutiva entre agente e estrutura. Não há, portanto, na visão construtivista qualquer antecedência ontológica entre agente ou estrutura, sendo ambos coconstituídos uns dos outros, sem nenhuma precedência, nem no tempo e nem na capacidade de influência
     

    O formulador de políticas (agente), portanto, não dispõe de limitado leque de opções de política externa e internacional, já que a dinâmica entre a estrutura e os agentes é contínua, permitindo uma constante mudança e possibilidades de ação. Um exemplo da vasta possibilidade de ação é a mudança de política na Europa, que permitiu, nos anos 1950, modifcar a autopercepção dos franceses, ingleses e alemães e iniciar um processo duradouro de integração regional.
     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE


ID
567520
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O comportamento dos agentes políticos internacionais — Estados, organismos internacionais e organizações não governamentais, por exemplo — pode ser previsto pela análise racional e dedutiva, sendo as instituições dotadas dos mesmos atributos psicológicos e cognitivos dos indivíduos.

Alternativas
Comentários
  • Essa ideia de instituições (mais especificamente os Estados) terem atributos psicológicos dos individuos vem do Realismo (Leviatã, Antropomorfização dos Estados).  Também encontrei no neorrealismo a intenção de prever o comportamento dos Estados, mas a partir de uma analise quantitativa, dizendo que as atitudes dos estados são tomadas a partir do calculo do que é mais vantajoso. Ao mesmo tempo, o Neoliberalismo também acredita nessa possibilidade de racionalização do comportamento das instituições.

    Não consegui identificar exatamente qual a teoria que a a afirmação se refere, mas tem muito pouco de Constrituvismo.

    ERRADO
  • Gabarito: ERRADO

    No construtivismo, os a gentes não possuem os attributos psicológicos dos indivíduos, como, por exemplo, no Realismo. No construtivismo, não há antecedência ontológica entre agentes e estrutura, ou seja, para os construtivistas uma coisa não surgiu antes da outra. Significa dizer que no mesmo momento em que os agentes constituem a estrutura, a estrutura constitui os agentes. 

  • Gabarito: Errado

     

    O erro deste item é afrmar que o comportamento dos agentes políticos internacionais pode ser previsto por uma análise racional e dedutiva. Segundo os construtivistas, o sistema internacional é intersubjetivo, ou seja, não é formado de forma racional e objetiva, sendo uma construção social desenvolvida ao longo da história. As estruturas-chave do sistema de Estados são, portanto, intersubjetivas ao invés de materiais.

     

    Os interesses e as identidades dos Estados são construídos por essas estruturas sociais e não determinadas pela natureza humana ou pela política doméstica (SAFARI, Gilberto. Teoria das Relações Internacionais, p. 260). Não se pode determinar de maneira categórica que um Estado terá uma relação conflituosa com outro Estado, como afrma o realismo, já que o processo de relação entre Estados depende do processo de formação de identidade entre eles.
     

    Fonte: 7000 Questões da CESPE


ID
567523
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O caráter anárquico do sistema internacional pode ser superado pelo uso criterioso da razão e pela formação de novas identidades resultantes de esforços em prol da cooperação e da interdependência.

Alternativas
Comentários
  • Essa questão demonstra exatamente o entendimento defendido pela PEB, que para os realistas é um tanto quanto ingênuo.
  • Essa premissa está explícita essencialmente na obra PODER e INTERDEPENDÊNCIA de Keohane e Joseph Nye Jr de 1977 , porém ela foi confrontada pelos Neorrealistas, tais como Kennety Waltz na obra THEORY OF INTERNACTIONAL de 1979. Que finalmente há a sínteses NEO-NEO com a obra After Hegemony de Keohane.
  • CERTO. 

    O Construtivismo é um ponto entre o realismo e o liberalismo, conflito e cooperação. A teoria diz que os Estados são construções sociais, existindo uma perspectiva de mudança e transformação.

    Wendt: A Anarquia é o que os Estados fazem dela.

    O "esforços em prol da cooperação e da interdependência" corresponde a ideia de uma anrquia kantiana (onde há o compartilhamento de interesses).
  • Como foi lembrado pelo colega, de fato, Alexander Wendt (construtivista de viés positivista) afirma que "A anarquia é o que os Estados fazem dela.". Seguindo essa lógica, a anarquia não é um elemento definidor (uma causa) das relações interestatais, mas, pelo contrário, um produto (um resultado ou consequência) delas. É por isso que o caráter anárquico pode, sim, segundo construtivistas como Wendt, ser superado.

    A anarquia não é o elemento definidor da dinâmica das relações internacionais; não é a anarquia que define a relação entre Estados. A anarquia é muito mais um efeito do que uma causa da interação entre Estados. A anarquia é o produto ou resultado de um determinado tipo de interação entre Estados. A anarquia hobbesiana é um efeito de determinadas relações sociais entre Estados. A anarquia kantiana é um efeito de outro determinado tipo de relações entre Estados. Logo, para Wendt, não é a ausência de um poder constituído (anarquia) que define a ordem internacional. Se a relação social entre os atores for de dilema de segurança (conceito da teoria realista), teremos uma anarquia hobbesiana. Se a relação social entre os atores for num ambiente comunitário (comunidade de segurança, termo concebido pelo tcheco Karl Deutsch em 1957, quando ele olhava para a Europa), teremos uma anarquia kantiana. Se “a anarquia é o que os Estados fazem dela”, ela não pode ser definidora da ordem internacional.


ID
712180
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva racionalista da Escola Inglesa das Relações Internacionais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Conforme descreve o item A, o valor da cooperação é essencial na teoria racionalista das Relações Internacionais. De acordo com os professores Jackson e Sorensen, a Escola Inglesa caracteriza as relações internacionais "como um mundo no qual os Estados são atores socialmente responsáveis e compartilham o interesse de preservar a ordem internacional e promover a justiça internacional”  (Jackson e Sorensen,

    Introdução Às Relações Internacionais, p. 25).


  • Gabarito: A

     

    B: Incorreta. O item está incorreto porque essa visão não representa a visão racionalista da Escola Inglesa das Relações Internacionais, mas a visão Realista das Relações Internacionais. Segundo os realistas, o Estado é o ator central do sistema internacional, sendo as relações internacionais marcadas principalmente pela anarquia de poder.

     

    C: Incorreta. O item está incorreto porque a Escola Inglesa não defende a moral como um conceito subjetivo de quem exerce o poder.

     

    D: Incorreta. O item está incorreto porque, apesar de os atores no sistema internacional, segundo a visão racionalista da Escola Inglesa, articularem-se em alianças, o propósito desses Estados não é construir uma hegemonia internacional. A articulação dos Estados em torno de um conjunto de normas e regras organizadas na forma do Direito Internacional, segundo a Escola Inglesa, tem o objetivo de permitir a convivência dos Estados no sistema internacional, sem alcançar a paz perpétua, mas também sem propiciar um estado permanente de desconfança e insegurança.

     

    E: Incorreta. O item está incorreto porque a visão racionalista da Escola Inglesa não faz menção a líderes pacifstas como mentores das relações internacionais. Os autores ligados à Escola Inglesa fazem menção, principalmente, às normas e ao Direito Internacional como os principais meios que regem a sociedade internacional e a relação entre os Estados.

     

    Fonte: 7000 Questões Resolvidas do CESPE

     

  • Escola Inglesa (anos 1950-60)

    Antecessores: Maquiavel, Grotius, Kant

    Expoentes: Wight, Bull

    Ideias: ordem e justiça; interesses compartilhados; regras e instituições; Estados e indivíduos (principais atores); atores defendem interesse nacional; sistema internacional (realismo), sociedade internacional (revolucionismo) e sociedade mundial (racionalismo) convivem e dialogam.

    Fonte: Bruno Rezende


ID
740599
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais.

O realismo clássico, inspirado, em parte, na teoria da seleção natural darwiniana, defende a ideia de que a hegemonia e a sobrevivência dos Estados nacionais derivariam da competição no cenário internacional e a de que os mais aptos seriam premiados.

Alternativas
Comentários
  • Vale a pena uma leitura para entender mehor o tema: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais
  • GABARITO: CERTO

     

    Darwin sustentava a ideia de que as espécies estão expostas a uma luta constante pela sobrevivência, e essa luta se efetivaria a partir da seleção natural, princípio segundo o qual uma espécie é selecionada, ou ela apenas sobreviverá, se ela conservar as características favoráveis à sua sobrevivência e descartar as desfavoráveis.

     

    Diversos autores do realismo clássico retomaram a ideia de seleção natural de Darwin para explicar a hegemonia de algumas potências no cenário internacional. Segundo o autor realista Hans Morgenthau, em A política entre as nações, particularmente sob a influência das flosofas sociais de Darwin e Spencer, as ideologias relacionadas ao imperialismo adotaram argumentos de ordem biológica para explicar, na política internacional, a superioridade militar de uma nação forte sobre uma mais débil. Segundo esses autores, esta última está fadada a tornar-se o objeto de poder da primeira."

     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE


ID
740602
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais.

A referida teoria baseia-se, em grande medida, no princípio da antropomorfização dos Estados nacionais, no sentido de que estes podem ser caracterizados como entidades possuidoras de atributos psicológicos humanos, tais como honra, decepção e desejo de glória e poder.

Alternativas
Comentários
  • Honra? como assim?

  • Segundo a professora Pecequilo, o realismo político é "a mais tradicional abordagem teórica das Relações internacionais, o Realismo Político sistematiza suas preocupações em torno de dois conceitos-chave, o poder e o conflito. A percepção da natureza humana é sustentada em uma avaliação que a identifica como propensa à conquista, egoísta e predatória (segurança, glória, prestígio são objetivos a serem perseguidos)." (p. 29, Manual do Candidato - Política Internancional)

  • Honra é foda! Pros realistas vender a mãe tá valendo de boa..... rs!

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • É só pensar na capa do livro do Thomas Hobbes: Leviatã.

    O Estado como um grande corpo humano, formado por todos os que assinam o contrato.

    E sim, para esse autor a HONRA é um fator determinante da natureza humana, os homens se movem por elas, e são violentos quando as tem violadas, tal como o Estado na teoria realista!



    GABARITO CERTO

  • Não concordo com o termo "antropomorfização" para os realistas. Enfim, certo.


ID
740605
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais.

De acordo com a teoria realista, as relações entre os Estados nacionais são mantidas por considerações de autointeresse e de poder, não havendo espaço para a verdadeira cooperação ou coordenação política entre os países.

Alternativas
Comentários
  • Errada porque o equilíbrio de poder com vistas a evitar um estado de belicosidade generalizado, conceito caro às teorias realistas, depende da coordenação política entre os países.

  • GABARITO: ERRADO

     

    "O item está incorreto porque a teoria realista aceita a existência de cooperação e coordenação entre os Estados. Apesar de a maioria dos autores da teoria realista defenderem que nenhum Estado pode contar com outro para defender seus interesses e sua sobrevivência, isso não exclui a possibilidade de haver cooperação no cenário internacional. O mecanismo de balança de poder, muito presente na teoria realista de relações internacionais, prevê o estabelecimento de alianças que contemplem os interesses nacionais dos Estados. No entanto, a vigilância deve ser permanente porque a qualquer momento a cooperação pode ser rompida em nome do interesse nacional."
     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE
     

  • Ainda acho a questão sacana pelo termo "verdadeira". Se eles ficam com o pé atrás, como pode ser uma verdadeira cooperação?

  • "verdadeira cooperação ou coordenação política entre os países."

    Verdadeira cooperação realmente concordaria que é difícil ocorrer pela perspectiva realista, mas coordenação política entre países não. Nesse aspectos se incluem as alianças, por exemplo, e o realismo não obsta em nada nesse quesito.

  • Na teoria realista, a cooperação e aspectos políticos ficam em segundo plano. O predomínio são as relações de poder.


ID
740608
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais.

A mencionada teoria preconiza que a anarquia é uma circunstância contingente, e não uma condição necessária do sistema internacional, podendo os Estados organizarem-se em uma sociedade de nações amparada por regras universal e consensualmente estabelecidas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: ERRADO

     

    " Para a teoria realista, a anarquia é o conceito central. Segundo os realistas, a anarquia é a ausência, no cenário internacional, de uma autoridade suprema que possa determinar e implementar regras de conduta. O item está incorreto porque a anarquia no modelo realista não é contingente,mas característica inerente do sistema internacional. Diferentemente do plano doméstico, no plano internacional não existe um único soberano que possua o monopólio do uso legítimo da força. Desse modo, o modelo internacional reflete o modelo hobbesiano de estado de natureza, no qual cada Estado estaria buscando sua sobrevivência, existindo um estado de permanente desconfança entre os Estados. No entanto, os realistas acreditam que existe cooperação nas relações internacionais, principalmente em matéria de segurança, pela balança de poder."

     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE
     


ID
747277
Banca
ESAF
Órgão
CGU
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às teorias das Relações Internacionais, é correto afirmar que


Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA C
    Em 1977 Robert Keohane e Joseph Nye Jr publicaram a obra Poder e Interdependência que trazia ideias Neoliberalistas.
    --> Interdependência complexa: cenário de distensão da lógica bipolar, rompiento do padrão dólar-ouro, choques do petróleo, avvanço das empresas transacionais, concorrência econômica EUA x Japão, déficit fiscal nos EUA agravado pelas políticas de contenção.
    --> Poderio militar não é tão útil como antes
    --> Reconhece-se a necessidade de maior cooperação com outros atores; impossibilidade do self-help.
    --> Medo da trapaça é reduzido, a cooperação é facilitade e estimulada pelas instituições.

    D) ERRADA, Teses marxistas foram praticamente inutilizadas após o fim da Guerra Fria.
    E) ERRADA, o Estado continua sendo o principal ator.
  • Olá, boa tarde. Não entendi o erro da letra "b". Obrigado!

  • Acredito que o problema da letra "b" esteja na afirmativa "agentes irracionais". Na PI, todos os agentes são racionais.

  • O erro da "b" se encontra na palavra "ancilar" (=acessório, subsidiário, auxiliar). O problema da paz e da guerra não é ancilar, e sim basilar, fundamental, ponto central para as relações internacionais.

  • Sobre a A

     

    Embora o realismo seja influente ainda hoje, ele não pode ser chamado de inovador.


ID
838903
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens seguintes, relativos às relações internacionais.


O institucionalismo liberal adota como paradigma a desconsideração de atores não estatais, como as organizações não governamentais e a opinião pública internacional.

Alternativas
Comentários
  • Afirmação Incorreta. Em teoria das relações internacionais, a corrente que desconsidera atores não estatais, como as organizações não governamentais e a opinião publica internacional é o realismo

    Os liberais, por sua vez, enfatizam as relações internacionais como um palco em que atua uma multiplicidade de personagens, como os Estados, as organizações internacionais, as empresas transnacionais e os indivíduos, motivo pelo qual são chamados também de pluralistas. 

    Entre os instrumentos preconizados pelos pensadores liberais como forma de regular os conflitos internacionais estão o direito internacional e as instâncias supranacionais.

    Nesse sentido, a abordagem institucionalista dos regimes internacionais - definidos a partir de conceitos como normas, regras, princípios e processos de  tomada de decisão – permitiu a colaboração entre teóricos de Relações Internacionais e do Direito Internacional.


ID
838909
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens seguintes, relativos às relações internacionais.


Em 1966, dois documentos foram produzidos pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, dividindo-se os direitos humanos em dois grandes grupos: um tratado sobre direitos civis e políticos e outro, sobre direitos econômicos, sociais e culturais. Esses dois tratados são conhecidos como International Bill of Rights.

Alternativas
Comentários
  •  Honestamente não encontrei nada relacionado no site da onu.
    http://unbisnet.un.org:8080/ipac20/ipac.jsp?limitbox_1=UN01+%3D+db_un&go_sort_limit.x=5&go_sort_limit.y=5&npp=50&ipp=20&spp=20&profile=bib&aspect=subtab124&term=1966&index=.AD&uindex=&oper=&session=13612607QL7B6.420463&menu=search&aspect=subtab124&npp=50&ipp=20&spp=20&profile=bib&ri=1&source=~%21horizon&sort=3100014
  • Questão discutível. Os dois pactos estão no International Bill of Rights juntamente com a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e os protocolos adicionais dos pactos. 

    Mas não conseguiria afirmar que somente estes dois são conhecidos como International Bill of Rights.
  • http://www.ohchr.org/Documents/Publications/FactSheet2Rev.1en.pdf

    Documento produzido pelo Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR):

    The International Bill of Human Rights consists of the Universal Declaration of Human Rights, theInternational Covenant on Economic, Social and Cultural Rights, and the International Covenant on Civil and Political Rights and its two Optional Protocols.
  • gabarito errado. o bill of rights inclui a DUDH

  • DUDH, juntamente com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais, constituem os três mais importantes documentos do sistema global de Direitos Humanos, que se denomina de “Declaração Internacional de Direitos” ou International Bill of Rights.

    Professor: Ricardo Torques - Estratégia concursos


ID
838912
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os itens seguintes, relativos às relações internacionais.


De acordo com a abordagem realista das relações internacionais, os Estados são atores racionais cujo processo de tomada de decisão se fundamenta em escolhas que apontem para a maximização dos interesses nacionais.

Alternativas
Comentários
  • Afirmativa Correta.

    Para a corrente realista das relações internacionais o Estado é o unico ator racional porque seu processo de tomada de decisão inclui uma lista dos objetivos, considerando todas as alternativas possíveis em termos de capacidade, probabilidade de alcançar os objetivos e os custos X benefícios de cada alternativa.

    O maior objetivo dos Estados é a busca de seus interesses nacionais baseados no conceito de poder, estes tentam maximizar a probabilidade de alcançar seus objetivos.

    O assunto de agenda mais importante é a segurança nacional, ou seja, a proteção do território, sistema político, ideologias e principalmente da soberania. 
    O objetivo maior da teoria realista consiste em explicar a realidade como ela é de fato e não como ela deveria ser, explicando as causas e conseqüências do conflito, sendo resultado da colisão dos interesses nacionais de Estados distintos.

  • Correto.

    A Teoria realista têm como referências clássicas: Hobbes, Tucídides, Maquiavel....

    E.H.Carr foi o principal defensor, como também, Hans Morgenthau.

ID
1042786
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando conceitos e paradigmas teóricos empregados na análise das relações internacionais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Segundo os professores Jackson e Sorensen: 

    "Assim, o contexto histórico (ou seja, o fim da Guerra Fria) e a discussão teórica entre intelectuais de RI (especialmente neorrealistas e liberais) ajudaram a montar o cenário para uma abordagem construtivista. E o construtivismo se tornou especialmente popular entre os intelectuais norte-americanos, pois esse ambiente era dominado pelas abordagens neorrealista e neoliberal. (...)" (Jackson e Sorensen, 233)

  • Alternativa C De início já temos um erro grotesco, que é a ideia de que política internacional e política externa são termos equivalentes. Como nós sabemos, isso não ocorre. Depois vem a ideia de que o conceito de política internacional é empregado em referência à integração das grandes potências entre si. Na verdade, não diz respeito apenas às grandes potências nem muito menos a uma integração entre elas. Também não existe isso de que o conceito de sociedade internacional é ligado à interação das grandes potências com as organizações internacionais. Outra questão que não faz nenhum sentido. Sociedade internacional é um contexto introduzido pela Escola Inglesa das relações internacionais, que é aquela ideia de valores compartilhados, aquela ideia de que é possível identificar uma certa ordem, uma certa normatividade jurídica mesmo em um sistema anárquico. Essa é uma questão que faz uma salada de frutas, coloca vários conceitos que não têm relação um com o outro. ERRADA.
     

    Alternativa D O Neorrealismo e o Neoliberalismo não têm nenhuma relação com teorias cibernéticas, e muito menos com teorias cibernéticas no contexto da política externa da ex-União Soviética. É outra questão que não faz sentido. ERRADA

     

    Alternativa E  Não faz sentido falar em interdependência complexa como um desenvolvimento da teoria da dependência complexa. A dependência complexa tem a ver com Marxismo, é aplicação da lógica do marxismo ao sistema internacional ou sistema mundo, como eles gostam de dizer. A nossa vertente da teoria da dependência, desenvolvida por Fernando Henrique Cardoso e alguns outros teóricos, é a ideia de que existem países marginalizados e países centrais; e que os centrais exploram os marginalizados. A interdependência complexa está ligada ao Liberalismo. São, portanto, coisas quase opostas. Lidando com questões econômicas temos de um lado o Marxismo e do outro o Liberalismo. O que a questão afirma é um nonsense total. Diz aqui que teoria da interdependência reinterpreta as teses liberais no marco das instituições, o que não é verdade. ERRADA"

     

     

    Fonte: Filipe Martins - Política Internacional - Estratégia

  • "Alternativa A  Eu falei do Hans Morgenthau no contexto do pós-Segunda Guerra Mundial e de seu livro publicado em 1945, um período curto antes da emergência de fato da Guerra Fria. Isso já serviria para ver que a questão está errada, mas podemos identificar outros elementos. O Realismo clássico é sinônimo do Neorrealismo e é relacionado com Waltz, que é o principal formulador, quem introduziu o Neorrealismo, e não Morgenthau. E, por fim, vemos também o debate com os behavioristas. Waltz e o Neorrealismo introduzem a ideia de que existem comportamentos que podem ser identificados e colocados dentro de certas leis comportamentais, e que se pode prever o comportamento desses Estados, como eles vão se relacionar entre si e isso vai influenciar o processo de formulação da política externa. ERRADA
     

    Alternativa B A Guerra Fria introduziu uma série de problemas que expandiu o campo das relações internacionais e gerou certos desafios epistemológicos. O Construtivismo introduziu a ideia de que as relações internacionais não são naturais, elas são construídas na interação entre os agentes, na intersubjetividade. Isto é, a relação entre os agentes e a estrutura, as relações de conhecimento é que acabam determinando o sistema internacional. Na Guerra Fria, isso fica mais evidente porque as teorias entram em uma espécie de crise para explicar o momento, tanto do lado dos realistas quanto do lado dos liberais, da Escola Inglesa e de outras escolas. Mas existem algumas limitações, e aí surgem os construtivistas falando que nada daquilo necessariamente é do jeito que é, que não é algo naturalizado, que não é algo evitável e que aquilo é simplesmente construído. Então, na Guerra Fria, há um jogo de percepções ideológicas e morais entre as duas superpotências, União Soviética de um lado e Estados Unidos do outro. Essa relação intersubjetiva entre as duas partes leva a essa construção social, não natural, desse sistema bipolar. Isso acabou dando força para o Construtivismo, que vem se fortalecendo desde então como um paradigma de interpretação das relações internacionais. CORRETA
     

  • Alternativa C De início já temos um erro grotesco, que é a ideia de que política internacional e política externa são termos equivalentes. Como nós sabemos, isso não ocorre. Depois vem a ideia de que o conceito de política internacional é empregado em referência à integração das grandes potências entre si. Na verdade, não diz respeito apenas às grandes potências nem muito menos a uma integração entre elas. Também não existe isso de que o conceito de sociedade internacional é ligado à interação das grandes potências com as organizações internacionais. Outra questão que não faz nenhum sentido. Sociedade internacional é um contexto introduzido pela Escola Inglesa das relações internacionais, que é aquela ideia de valores compartilhados, aquela ideia de que é possível identificar uma certa ordem, uma certa normatividade jurídica mesmo em um sistema anárquico. Essa é uma questão que faz uma salada de frutas, coloca vários conceitos que não têm relação um com o outro. ERRADA.
     

    Alternativa D O Neorrealismo e o Neoliberalismo não têm nenhuma relação com teorias cibernéticas, e muito menos com teorias cibernéticas no contexto da política externa da ex-União Soviética. É outra questão que não faz sentido. ERRADA

     

    Alternativa E  Não faz sentido falar em interdependência complexa como um desenvolvimento da teoria da dependência complexa. A dependência complexa tem a ver com Marxismo, é aplicação da lógica do marxismo ao sistema internacional ou sistema mundo, como eles gostam de dizer. A nossa vertente da teoria da dependência, desenvolvida por Fernando Henrique Cardoso e alguns outros teóricos, é a ideia de que existem países marginalizados e países centrais; e que os centrais exploram os marginalizados. A interdependência complexa está ligada ao Liberalismo. São, portanto, coisas quase opostas. Lidando com questões econômicas temos de um lado o Marxismo e do outro o Liberalismo. O que a questão afirma é um nonsense total. Diz aqui que teoria da interdependência reinterpreta as teses liberais no marco das instituições, o que não é verdade. ERRADA"

     

    Filipe Martins - Política Internacional - Estratégia

  • Alternativa A  Eu falei do Hans Morgenthau no contexto do pós-Segunda Guerra Mundial e de seu livro publicado em 1945, um período curto antes da emergência de fato da Guerra Fria. Isso já serviria para ver que a questão está errada, mas podemos identificar outros elementos. O Realismo clássico é sinônimo do Neorrealismo e é relacionado com Waltz, que é o principal formulador, quem introduziu o Neorrealismo, e não Morgenthau. E, por fim, vemos também o debate com os behavioristas. Waltz e o Neorrealismo introduzem a ideia de que existem comportamentos que podem ser identificados e colocados dentro de certas leis comportamentais, e que se pode prever o comportamento desses Estados, como eles vão se relacionar entre si e isso vai influenciar o processo de formulação da política externa. ERRADA
     

    Alternativa B A Guerra Fria introduziu uma série de problemas que expandiu o campo das relações internacionais e gerou certos desafios epistemológicos. O Construtivismo introduziu a ideia de que as relações internacionais não são naturais, elas são construídas na interação entre os agentes, na intersubjetividade. Isto é, a relação agentes - estrutura, as relações de conhecimento é que acabam determinando o sistema internacional. Na Guerra Fria, isso fica mais evidente porque as teorias entram em uma espécie de crise para explicar o momento, tanto do lado dos realistas quanto do lado dos liberais, da Escola Inglesa e de outras escolas. Mas existem algumas limitações, e aí surgem os construtivistas falando que nada daquilo necessariamente é do jeito que é, que não é algo naturalizado, que não é algo evitável e que aquilo é simplesmente construído. Então, na Guerra Fria, há um jogo de percepções ideológicas e morais entre as duas superpotências, União Soviética de um lado e Estados Unidos do outro. Essa relação intersubjetiva entre as duas partes leva a essa construção social, não natural, desse sistema bipolar. Isso acabou dando força para o Construtivismo, que vem se fortalecendo desde então como um paradigma de interpretação das relações internacionais. CORRETA


ID
1075702
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere às teorias empregadas na análise das relações internacionais contemporâneas, julgue os próximos itens.

O paradigma realista de análise das relações internacionais enfatiza as relações de poder entre comunidades políticas organizadas. De acordo com essa visão, prevalecem nessas interações as relações de força e desconfiança, o que acaba conduzindo ao chamado dilema de segurança.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Jackson e Sorensen, no realismo político os Estados tem como dever primordial garantir a segurança nacional, o que é em si um paradoxo, pois se admitindo a existência de outros Estados com este mesmo objetivo, todos estarão em permanente desconfiança e competição entre si para garantir a própria segurança, conforme o trecho dos autores:
     

    Há, no mínimo, cinco valores sociais básicos que os Estados supostamente devem defender: segurança, liberdade, ordem, justiça e bem-estar. (...) Por exemplo, as pessoas costumam achar que o Estado deveria financiar a segurança, responsável pela proteção dos cidadãos com relação a ameaças internas e externas. Esta é uma preocupação ou um interesse fundamental dos países. No entanto, a própria existência de Estados independentes afeta o valor da segurança: vivemos em um mundo de muitos países, quase todos minimamente armados. Dessa forma, os Estados tanto defendem como ameaçam a segurança das pessoas - este paradoxo do sistema de Estados é geralmente conhecido como o “dilema de segurança”. Portanto, assim como qualquer outra organização humana, os Estados apresentam problemas e soluções." (Jackson e Sorensen, Introdução às Relações Internacionais, p 23)

      

     

  • marquei Errado porque o item se refere a comunidades políticas organizadas, mas a teoria realista clássica leva em consideração os Estados


ID
1075705
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere às teorias empregadas na análise das relações internacionais contemporâneas, julgue os próximos itens.

A abordagem construtivista das relações internacionais, surgida após o fim da Guerra Fria, recupera, sobretudo, as teorias cibernéticas da política internacional, que, assim como as reflexões pós-modernas contemporâneas, valorizavam a estrutura cognitiva dos indivíduos, em detrimento de análises estruturadas das interações políticas entre Estados nacionais.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA. A abordagem construtivista valoriza a estrutura cognitiva dos Estados, reforçando as análises estruturadas das interações políticas entre Estados nacionais.

  • Somente para complementar....

    O Construtivismo surge como alternativa ao "terceiro debate" entre positivistas e pós-positivista, no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Para ps constutivistas a realidade é construída socialmente, com foco nas intereções subjetivas entre os Estados, suas lideranças e seu povo e nas identidades coletivas possuídas por cada Estado.

    CESPE - TPS - 2013:

    Após a Guerra Fria, cujo desfecho representou desafio à interpretação das principais corretnes das relações internacionais, o construtivismo fotaleceu-se como paradigma de interprestação dessas relações.

    Resposta: CERTO


ID
1075708
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere às teorias empregadas na análise das relações internacionais contemporâneas, julgue os próximos itens.

A Escola Inglesa das Relações Internacionais enfatiza o papel das instituições que vinculam Estados e outros atores relevantes nas interações econômicas internacionais, realçando a influência das forças profundas da história das relações de poder.

Alternativas
Comentários
  • "A Escola Inglesa das Relações Internacionais situa-se entre duas correntes então dominantes no estudo da disciplina, entre o Realismo e o Liberalismo, a tradição inglesa foi colocada como uma via intermediária, pois valorizava o estudo da história e das relações humanas como produtoras das relações entre Estados. Além disso, esta tradição é repleta de aspectos normativos e afastou-se do cientificismo, que era presente nas escolas tradicionais americanas”, Thiago Cavalcanti do Nascimento, em Um Ensaio sobre a Escola Inglesa das Relações Internacionais; Revista de Estudos Internacionais (REI), ISSN 2236-4811, Vol. 2 (1), 2011 

  • "A influência das forças profundas da história das relações de poder" refere-se à Escola Francesa das Relações Internacionais, bastante recepcionada por alguns acadêmicos brasileiros, por exemplo, Amado Cervo.


ID
1168879
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de conceitos, atores, instituições e teorias das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

As premissas compartilhadas pelos realistas, em todas as suas vertentes, incluem a possibilidade de distinção das políticas externa e interna desenvolvidas pelos Estados nacionais, a predominância da preocupação com a própria segurança e a valorização do poder como o principal elemento explicativo do comportamento dos Estados no ambiente internacional.

Alternativas
Comentários
  • Para esses autores haveria uma distinção qualitativa fundamental entre estas duas esferas da política, a interna e a externa. Uma estaria sujeita aos ditames democráticos, a outra, não. 
    Os realistas atribuem aos Estados um comportamento racional e uma preocupação constante com preservação de sua soberania e sua segurança.Os realistas em geral argumentam que o poder é o fator mais importante nas relações internacionais.Fonte: Relações Internacionais: Teorias e agendas

    Por Antonio Jorge Ramalho da Rocha
  • Mas a grande diferença dos realistas clássicos para os neorrealistas não é superação da caixa preta, sendo a caixa preta exatamente não fazer dinstincao entre política externa e interna?

  • "em todas as suas vertentes" ?????????????????????


ID
1168882
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de conceitos, atores, instituições e teorias das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

Criada no contexto da política externa norte-americana da década de 70 do século passado, reconhecidamente realista, a alta política, marcada pelo emprego da força militar, distingue- se da baixa política, caracterizada pela diplomacia.

Alternativas
Comentários
  • A diplomacia também é considerada "high politic". Assim, o erro da questão está em afirmar que a diplomacia caracterizaria a "baixa política".

  • Segundo o Manual de PI da FUNAG "A distinção entre a baixa e a alta política (low and high politics) também emerge no cenário europeu, identificando as esferas da economia e da cultura (low) e da diplomacia, do poder e da guerra (high). "

    Portanto Diplomacia é considerada high politic

  • ERRADO

    Alta política: temas relacionados à soberania estatal (ou seja, pode incluir diplomacia)

    Baixa política: temas gerais ou técnicos

    .

    Em A Working Peace System: An Argument for the Functional Development of International Organization (1966), Mitrany fez uma distinção entre a alta política (high politics), que compreende os temas relacionados à soberania estatal (como segurança internacional, não proliferação nuclear etc.), e a baixa política (low politics), referente a temas mais gerais ou técnicos, sem relação direta com a paz e a segurança internacionais (como direitos humanos, economia, meio ambiente etc.).

    O autor avaliou que há uma tendência a maior cooperação nos temas de baixa política, e a cooperação na ONU, por exemplo, caminharia nesse sentido. Como os temas de alta política têm a ver com a sobrevivência e o poder dos Estados, a cooperação nessas questões seria mais difícil. Mitrany apresentou, assim, uma teoria funcionalista da integração, argumentando que uma interdependência mais elevada, na forma de ligações transnacionais entre os países, poderia proporcionar a paz.

    .

    Fonte: material da aula do Prof. Bruno Rezende.

  • "A distinção entre a baixa e a alta política (low and high politics) emerge no cenário europeu, identificando as esferas da economia e da cultura (low), e da diplomacia, do poder e da guerra (high)." fonte:

  • "A distinção entre a baixa e a alta política (low and high politics) emerge no cenário europeu, identificando as esferas da economia e da cultura (low), e da diplomacia, do poder e da guerra (high)." fonte:

  • A diplomacia, mormente para a Escola Realista, é uma das duas faces do Estado. A outra seria a guerra.


ID
1168885
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca de conceitos, atores, instituições e teorias das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

A noção de polos de poder permanece útil aos analistas das relações internacionais contemporâneas, mesmo quando se quer aludir a um sistema em permanente transformação, cuja dinâmica implica redefinir, repetidamente, suas polaridades.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA

    Polaridade nas relações internacionais é o que se descreve como se  distribui o poder dentro de um sistema internacional. Refere-se a natureza do sistema internacional em qualquer período de tempo. Portanto, útil aos analistas das relações internacionais contemporâneas

    Há basicamente três modalidades de polaridade do Sistema Internacional: Unipolaridade, Bipolaridade e Multipolaridade. 

    A maior parte dos teóricos da área de relações internacionais considera que a conformação do Sistema Internacional é completamente dependente da distribuição de poder e da influência de Estados em uma região ou a nÍvel internacional.

  • Bla bla bla. Certo.

  • Errei porque fiquei insegura com o "repetidamente"

ID
1809544
Banca
FGV
Órgão
MRE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em tema de estrutura organizacional do Ministério das Relações Exteriores, de acordo com o Decreto nº 7.304/10, é órgão de assessoria ao Secretário-Geral:

Alternativas

ID
2017483
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Quanto a conceitos básicos e escolas teóricas das relações internacionais, julgue (C ou E) o seguinte item.


A teoria da interdependência complexa, desenvolvida por institucionalistas liberais como Robert Keohane e Joseph Nye, é caracterizada pela não hierarquização de temas de política internacional.

Alternativas
Comentários
  • “Keohane e Nye começam construindo dois modelos teóricos: realismo e interdependência complexa. O primeiro apresenta as relações internacionais como uma luta pelo poder (...). Por outro lado, sob condições de interdependência complexa, (1) participam agentes que não são Estados; (2) não existe uma hierarquia clara dos assuntos; e (3) o uso da força não é efetivo. (...) [dessa maneira] é difícil para os Estados democratas delinear e perseguir políticas exteriores racionais. Isso é particularmente verdadeiro quando a ausência de uma dimensão de segurança dificulta a determinação de uma ordem clara de valores." (Martin Griffiths, 50 Grandes estrategistas das relações internacionais, p. 271)

     

  • Certo

     

    Citando Keoahane e Nye diz que “a Interdependência é uma situação caracterizada por efeitos recíprocos entre os países ou entre os atores de diferentes países ou simplesmente o estado de mútua dependência”. Esses efeitos entre os países resultam de transações internacionais de dinheiro, pessoas e mensagens através das fronteiras internacionais. Em outras palavras o que acontece um país fatalmente vai refletir em outro, devido essa forte dependência que a economia de um tem sobre a do outro, vimos recentemente esse fenômeno onde a crise de 2008 no Estados Unidos devido aos derivativos se alastrou para o mundo todo.

     

    Para Keohane e Nye, a interdependência é um fenômeno custoso para os atores do sistema internacional, traduzida temos a sensibilidade (repercussão de uma decisão em um país sobre o outro) e vulnerabilidade (alternativas de contornar a sensibilidade). O novo cenário mundial de poder onde o conceito de Interdependência se opõe ao do ultrapassado realismo temos a formulação por Keoahane e Nye da teoria da interdependência complexa que é caraterizada pelos múltiplos canais entre as sociedades, com múltiplos atores não apenas os Estados; por assuntos múltiplos que não estão organizados de forma hierárquica e pela irrelevância da ameaça ou do uso da força pelos Estados (SARFATI, 2005, p. 169).

     

    A Teoria da Interdependência continua influenciando cada vez mais as trocas comerciais e a sociedade por todo o planeta. A terceira revolução industrial, caracterizada por profundas evoluções no campo tecnológico desencadeada principalmente pela junção entre o conhecimento científico e produção industrial faz com que a dependência de uma região do globo em relação a outra seja cada vez maior.

     

    https://medium.com/@josueperini/teoria-da-interdepend%C3%AAncia-e-sua-influ%C3%AAncia-no-mundo-atual-9323aaa18668

  • Interdependência Complexa é o resultado da multiplicação das interconexões globais e da aceleração dos fluxos financeiros, demográficos, de bens, serviços e de informações

    O Estado deixou de ser o único ator capaz de produzir alterações e criar situações de dependência direta. São portanto os atores não governamentais que contribuem de forma direta com o acontecimento da relatada teoria. O fato de que a ação dos diversos atores influem diretamente em vários neveis cria a noção de uma teia de relações interdependentes.

  • Para acertar, você pode pensar também em realismo x liberalismo (em que se encaixa a interdependência complexa). O realismo hierarquiza as questões, estando o poder no topo. Já o liberalismo não tem isso, ainda mais com a quantidade de atores internacionais.

  • Robert Keohane (1941-) e Joseph Nye (1937-) neoliberalismo e interdependência complexa: Com o aumento da globalização e da conexão entre os povos do globo – comunicação, finanças, transporte, turismo, cultura, etc – também aumentou a interdependência dos atores internacionais estatais e não-estatais. Isso quer dizer que há uma interdependência complexa entre todos estes atores, algo que não havia anteriormente. Nesse cenário de interdependência não havia espaço para hierarquia temática nas relações internacionais. Não mais havia espaço, por exemplo, para que o tema de segurança fosse sempre enfatizado em detrimento dos outros. Com uma maior interdependência do sistema internacional, as questões climáticas, os direitos humanos, os regimes institucionais, a segurança e demais temas acabam sendo tratados com igual peso.


ID
2017486
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Quanto a conceitos básicos e escolas teóricas das relações internacionais, julgue (C ou E) o seguinte item.

De acordo com o liberalismo institucional, as instituições internacionais, como as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio e a União Europeia, ajudam a promover a cooperação entre os Estados, mitigando, assim, as consequências da anarquia do sistema internacional.

Alternativas
Comentários
  • "Para Keohane e Nye [expoentes do liberalismo institucional], a evolução da política internacional desde 1945 e as estruturas multilaterais construídas para organizar as relações entre os Estados nos mais diversos campos, incrementou as possibilidades de cooperação entre as nações, reduzindo a incerteza e aumentando a transparência nas relações interestatais. A partir destes mecanismos facilitadores, o conflito passa a ser secundário diante da cooperação, uma vez que os Estados começam a dar preferência a este âmbito institucional e mudar a natureza de seu comportamento voltado apenas para o conflito." (Cristina Pecequilo, Manual do Candidato: Política Internacional, p. 36)

  • Institutional liberalism or liberal institutionalism is a modern theory of international relations which claims that international institutions and organizations such as the United Nations (UN), North Atlantic Treaty Organization (NATO) and the European Union (EU) can increase aid and cooperation between states.

    https://en.wikipedia.org/wiki/Institutional_liberalism


ID
2017492
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Quanto a conceitos básicos e escolas teóricas das relações internacionais, julgue (C ou E) o seguinte item.

As teorias das relações internacionais formuladas por Hans Morgenthau e, mais recentemente, por John Mearsheimer, ao postularem a promoção da segurança como finalidade última da ação dos Estados, caracterizam-se pelo realismo defensivo.

Alternativas
Comentários
  • John Mearsheimer é, na verdade, um téorico do realismo ofensivo. 

  •  ERRADO pois :

     

    a - Hans Morgenthau  é um realista clássico - tido como a segunda leva do realismo clássico , logo após a segunda guerra mundial - junto a Reinhold Niebuhr, Nicholas Spykman e George Kennan

     

    b- Como citou o colega : " John Mearsheimer é, na verdade, um téorico do realismo ofensivo. "

  • Nas Relações Internacionais, o realismo defensivo é uma variante do realismo político. O realismo defensivo olha para os Estados como players socializados que são os principais atores nos assuntos mundiais. O realismo defensivo prevê que a anarquia no cenário mundial faz com que os Estados tornem-se obcecados com a sua segurança. Isso resulta em dilemas de segurança nos quais a união de um Estado para aumentar sua segurança pode, porque a segurança é soma-zero, resultar em uma maior instabilidade como aquele oponente do Estado responde as suas reduções resultantes de segurança.Wikipédia.

  • Em termos simples, no realismo defensivo os Estados buscam, acima de tudo, a segurança. No realismo ofensivo os Estados buscam não só a segurança como também a hegemonia.

  • Realismo Ofensivo – John Mearsheimer
    Os Estados querem dominar todos os outros mas a balança de poder impede

    Realismo Clássico – Hans Morgenthau
    Defende que a ideia de hegemonia e a sobrevivência dos Estados derivariam da competição no cenário internacional. Os Estados se relacionam pela busca do poder Político e Militar.

  • Como Morgenthau estava preocupado em orientar a nova política externa norte-americana, era importante notar a mudança do contexto internacional, caracterizada pelo advento do bipolarismo entre os Estados Unidos e a ex-União Soviética, ou seja, a constatação de que cada um dos países clama possuir a "moralidade correta" a ser seguida por toda a humanidade, o capitalismo e seus valores, de um lado, e o socialismo e os seus valores, do outro. Os seres humanos como um todo, mesmo dentro do campo de cada um, tenderiam a se aliar a uma ou a outra unidade moral. Finalmente, o advento da tecnologia nuclear implicou que, pela primeira vez na história da humanidade, há uma tecnologia bélica tão poderosa a ponto de eliminar por completo a população de uma cidade, como Hiroshima e Nagasaki demonstraram. Desse momento em diante, os grandes líderes mundiais deveriam levar em consideração, em seus cálculos, esse poder destrutivo.

    Assim Como Carr, Morgenthau critica a chamada visão idealista das Relações Internacionais. Para ele, a paz mundial somente seria possível por meio de mecanismos negativos, ou seja, por um mecanismo de equilíbrio de poder.

  • Mearsheimer afirma ter desenvolvido uma teoria, a qual denomina realismo ofensivo. O realismo ofensivo diferencia-se de outros discursos teóricos a quem Mearsheimer denomina "defensivos". À época do lançamento da obra, certamente, realistas defensivos seriam todos os outros teóricos realistas do mundo salvo o primus inter pares. Os defensivos Hans Morgenthau e Kenneth Waltz assumem que Estados pretendem sobreviver; contudo, tanto o realismo clássico quanto o estrutural não chegaram à conclusão que as grandes potências sejam inerentemente agressivas porque estão infundidas com o desejo de poder. Mearsheimer pressupõe uma relação necessária entre agressividade e sobrevivência o que, em termos coloquiais é uma opinião e, em terminologia científica, só pode ser uma hipótese –embora o autor não a alcunhe assim.

    Para mais detalhes, ver artigo de Felipe Kern Moreira, em https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/CIM/article/view/10893, de onde esse fragmento foi extraído.

  • Subvertentes do neorrealismo:

    Realismo defensivo: os Estados devem procurar poder suficiente para garantir a sua sobrevivência (postura defensiva)

    Realismo ofensivo: justamente porque a sobrevivência é importante é que os Estados devem expandir seu poder o máximo possível (postura ofensiva) John Mearsheimer.

  • Kenneth waltz é um realista ofensivo

  • Hans Morgenthau, o pai do realismo clássico, circunscreveu alguns princípios que, em sua concepção, orientavam a política externa. Para ele, a natureza humana era a referência básica de qualquer análise política, os Estados tinham como objetivo comum a busca pelo poder e a moralidade seria limitada e definida em termos particulares. O objetivo supremo de todo o Estado seria a sobrevivência e o poder seria instrumentalizado para servir aos interesses nacionais.O prestígio poderia ser, também, um objetivo dos Estados no sistema internacional. fonte Wikipedia Portanto, de acordo com Morgenthau não é a segurança o objetivo final do Estado, mas a sobrevivência.
  • You talk too much, although you do not say a miserable word of widsom. Nothing but the sound of stupidity and the deafening whisper of the noodle.

    Beware of the nescience.


ID
2017495
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos governos de Gaspar Dutra (1946-1951) e de Getúlio Vargas (1951-1954), o Brasil teve de se posicionar em relação à nova realidade mundial determinada pela Guerra Fria. No que se refere à política externa brasileira no período mencionado, julgue (C ou E) o item seguinte.

Em 1947, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.


Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal (GABARITO = CERTO)

    ---------------------------------------------------------

    O Brasil e rompeu suas relações diplomáticas com a URSS em 1947, após o golpe militar organizado pelos EUA. A ruptura das relações, foi justificada como decorrente de acusações efetuadas pela imprensa soviética ao presidente Dutra.

    ---------------------------------------------------------

    Fonte: http://pebri2012.blogspot.com.br/2010/03/o-brasil-e-urss-no-contexto-da-guerra.html

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista.

     

     

  • CERTO

     

    Logo depois, em 1947, após a cassação do registro do Partido Comunista Brasileiro, a imprensa estatal soviética desferiu ataque ao governo brasileiro e às Forças Armadas. Após a recusa do governo soviético em dar as explicações solicitadas, o governo brasileiro rompeu relações. A embaixada norte-americana ficou encarregada dos interesses brasileirosem Moscou. A ruptura de relações, ocorrida em outubro daquele ano, na verdade foi a culminância de um processo de deterioração nas relações entre os dois governos. É preciso ainda incluir nesse processo a declaração de Luís Carlos Prestes de que lutaria pela URSS na hipótese de conflito com o Brasil, e os ataques da delegação e da imprensa soviética a Osvaldo Aranha".

     

    História da Política Exterior do Brasil - Cervo e Bueno

  • Cronologia das relações bilaterais

    1828 – Estabelecimento de relações diplomáticas

    1876 – Visita em caráter privado do Imperador Dom Pedro II à Rússia

    1917 – Rompimento de relações diplomáticas, em decorrência do não-reconhecimento pelo Brasil do governo de Vladimir Lênin

    1945 – Restabelecimento de relações diplomáticas com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, após o encerramento da II Guerra Mundial

    1947 – Novo rompimento de relações diplomáticas

    ...

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5587-federacao-da-russia

  • Ouvi dizer que é verdade isso aí...

  • Complementando,  em 1947 foram rompidas, e reestabelecidas em 1961,  no governo de Jânio Quadros.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_entre_Brasil_e_R%C3%BAssia

     

    Bons estudos!


ID
2017498
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos governos de Gaspar Dutra (1946-1951) e de Getúlio Vargas (1951-1954), o Brasil teve de se posicionar em relação à nova realidade mundial determinada pela Guerra Fria. No que se refere à política externa brasileira no período mencionado, julgue (C ou E) o item seguinte.

Na IV Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Américas, em 1951, o chanceler brasileiro defendeu a necessidade de promoção do desenvolvimento como melhor forma de impedir o avanço da ideologia comunista na América Latina.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

     

    IV Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas foi realizada em Washington entre 26 de março e 7 de abril de 1951. A reunião tinha como objetivo discutir a defesa do hemisfério contra ameaças do bloco comunista. Na ocasião, o chanceler brasileiro João Neves da Fontoura defendeu a tese de que a promoção do desenvolvimento era o melhor antídoto contra o avanço de ideologias exógenas no continente americano.

  • Ouvi dizer ainda que o chanceler do Gegê era o João Neves da Fontoura...ouvi dizer.

  • Essa não era a ideia por detrás da Operação Pan-Americana de JK de 1958?


ID
2017501
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos governos de Gaspar Dutra (1946-1951) e de Getúlio Vargas (1951-1954), o Brasil teve de se posicionar em relação à nova realidade mundial determinada pela Guerra Fria. No que se refere à política externa brasileira no período mencionado, julgue (C ou E) o item seguinte.

Sob a justificativa de que o caso grego seria um reflexo da guerra política desenvolvida pelo comunismo internacional nos diversos países, com o objetivo de dominar o mundo, o Brasil apoiou a intervenção de potências ocidentais na guerra civil grega.

Alternativas
Comentários
  • CERTO. Já havia participado da UNSCOB como Observador do conflito civil grego.

  • Ouvi dizer que o Brasil participou de uma missão, lá na Grécia, chamada UNSCOB (1948-1951). Essa tal missão, segundo as minhas fontes dos corredores do Itamaraty, foi uma das pioneiras quanto à manutenção de paz da ONU, e pretendia mitigar as ações de los rebeldes durante a guerra civil na Grécia. A Marinha foi representada pelo Capitão-Tenente John Anderson Munro (homão daporra), que atuou como observador (voyeur? ui!). Coube aos observadores-voyeurs des Nations Unis acompanharem as operações do Exército Nacional Grego, nas fronteiras da Grécia com a Albânia, Iugoslávia e Bulgária, países que eram acusados de apoiar (ativa mente) o Exército Democrático da Grécia, de ideologia comunista, que tentava derrubar o governo eleito e constitucionalmente instituído no país. Não fala que eu te contei. 

  • Observando o período em que ocorreu, Governo Dutra, fica fácil de responder a questão, haja vista o alinhamento total com os EUA no período, imediatamente posterior a II GM, onde os EUA figurou como principal potência mundial. A politica externa independente ocorreu posteriormente, juntamente com o fortalecimento da URSS. 

    Bons estudos!

     

  • Em 1946-47 e 1951-52, o Brasil exerceu seus dois primeiros mandatos em assento rotativo no CSNU, alinhando-se aos votos dos EUA (politica de "voto duplo"). Com isso, houve certa incoerência nos temas que tratavam de autodeterminação dos povos, em razão do contexto de Guerra Fria:

    • GRÉCIA (tropas britânicas): bloco comunista propõe resolução sobre princípio da não ingerência; Brasil vota contra a resolução, apoiando tropas ocidentais.BR não apoiou princ. da não ingerência
    • INDONÉSIA (tropas britânicas e holandesas): bloco comunista propõe resolução sobre princípio da não ingerência; Brasil vota contra a resolução, apoiando tropas ocidentais.BR não apoiou princ. da não ingerência
    • IRÃ (tropas soviéticas): bloco ocidental propõe resolução sobre princípio da não ingerência; Brasil vota a favor a resolução, pela saída das tropas -> BR apoiou princ. da não ingerência.
    • SÍRIA-LÍBANO (tropas francesas e britânicas) -> EUA propõe resolução para saída das tropas francesas e britânicas; Brasil vota a favor a resolução, pela saída das tropas -> BR apoiou princ. da não ingerência.

ID
2017504
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos governos de Gaspar Dutra (1946-1951) e de Getúlio Vargas (1951-1954), o Brasil teve de se posicionar em relação à nova realidade mundial determinada pela Guerra Fria. No que se refere à política externa brasileira no período mencionado, julgue (C ou E) o item seguinte.

O Brasil absteve-se na votação da resolução da ONU que, em 1950, declarou ser a República Popular da China culpada pela agressão da Coreia do Norte à Coreia do Sul.

Alternativas
Comentários
  • Em 25 de junho de 1950, a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul, dando início à Guerra da Coreia. Por sua parte, a União Soviética e a China decidiram apoiar a Coreia do Norte, enviando efetivos militares e provisões para as tropas norte-coreanas. A guerra acabaria com baixas maciças de civis norte e sul-coreanos.

    Em 25 de junho de 1950, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, a Resolução 82, condenando a invasão da Coreia do Norte contra seu vizinho do sul. Dois dias depois, foi aprovado a Resolução 83 que autorizava uma intervenção militar para por fim no conflito. 

  • Um passarinho me contou que o Brasel apoiou só de falar, neah? Pq tropas não enviou nem uma viva alma...Ah, e o chanceler era o Raul(zito)  Fernandes. Não fala que fui eu que te contei.

  • E quando essa resolução foi votada, o Brasil não tinha assento no CS.

  • O Brasil não se absteve, ou mesmo participou da votação, pois não era parte do CS neste momento. Abstenção indicaria que o Brasil de fato poderia ter votado, o que não seria possível nesse contexto.

  • Pensei assim: a questão fala de resolução da ONU (AGNU) e não do Conselho de segurança (CSNU).

    A resolução da ONU (RES AGNU 498/1951 que trata desse assunto de China e as Coreias) o Brasil não se absteve. Votou a favor e foi em 1951 (a questão fala de um ano antes, em 1950).

    Resoluções do CSNU tiveram quatro ou cinco sobre o assunto; RES 82 ate 85 (todas em 1950) e RES 90 em 1951.

    Agora RES da AGNU teve esta 498 e outras.

    Ajuda do wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/United_Nations_General_Assembly_Resolution_498

    Bons estudos.

  • O Brasil votou favoravelmente à Resolução 498 (V), proposta por Washington na Assembleia Geral da ONU e adotada em fevereiro de 1951, que responsabilizava a República Popular da China pela agressão na península coreana. Vale lembrar que a resolução foi aprovada na Assembleia Geral no contexto da Resolução 377 (V), conhecida como Uniting for Peace, que previa a transferência de competências para a plenária geral da organização sempre que o Conselho de Segurança, devido à falta de unanimidade, fosse incapaz de exercer sua responsabilidade de manter a paz e segurança internacionais.


ID
2017507
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

Sob a vigência da Política Externa Independente, em 1961, o Brasil enviou à República Popular da China uma missão comercial chefiada pelo vice-presidente João Goulart, o que agravou a desconfiança dos militares e da direita brasileira para com Goulart.

Alternativas
Comentários
  • Correto. Foi durante essa viagem que o presidente Jânio Quadros renunciou, no dia 25 de agosto. Desgastado entre as principais lideranças políticas por conta de seus ataques ao Congresso e de sua reduzida disposição para negociações, a renúncia de Jânio foi prontamente recebida pelo plenário do Congresso Nacional. Os dias que se seguiram foram marcados pelo debate acerca da posse de João Goulart. Sua viagem à República Popular da China serviu de argumento para ligar sua figura ao comunismo e implicar a "inconveniência" de sua posse como Presidente da República. Ao final, a solução foi emendar o Regimento Interno das Casas Legislativas para alterar, às pressas, a Constituição de 1946 e permitir, sob parlamentarismo, a posse do Vice-Presidente eleito.

  • CORRETA.

    A aproximação do Brasil com a China é marcada por um dos episódios mais emblemáticos da história brasileira. Ainda sem laços diplomáticos com a China comunista, o então presidente Jânio Quadros enviou, em 1961, seu vice João Goulart, o Jango, em viagem oficial a Pequim. Com o vice no outro lado do mundo, Jânio renunciou à Presidência, numa jogada política que foi um grande fiasco e abriu caminho para o golpe militar, de 1964.

    http://noticias.r7.com/internacional/noticias/em-1961-janio-mandou-jango-a-china-e-renunciou-20110411.html


ID
2017510
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

Fernando Collor de Melo foi o primeiro presidente brasileiro a empreender visita oficial à China e à Ásia continental.

Alternativas
Comentários
  • Sarney foi o primeiro presidente brasileiro a visitar a antiga URSS. O encontro com Mikhail Gorbatchev iniciou o processo de abertura política com a Perestroika.

  • ERRADO

     

    1984 – Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China (maio)

     

    Collor não chegou a visitar oficialmente a China,

  • 1974 – Estabelecimento de relações diplomáticas (agosto)

    1982 – Visita do Ministro de Estado das Relações Exteriores Ramiro Saraiva Guerreiro à China (março)

    1984  Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China (maio)

    [...]

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4926&Itemid=478&cod_pais=CHN&tipo=ficha_pais

  • Geisel vai ao Japão antes

     

  • 1984  Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China 

  • Phillipe Lessa e GIANE GIBBERT, quase caí nessa pegadinha também: a questão fala em Ásia continental e o Japão fica na parte insular da Ásia, pois é uma ilha, logo a questão quer testar o conhecimento do candidato no tocante à visita de Figueiredo à China. 

  • Collor é o único presidente do período pós-88 a não visitar a China.

  • 1974 - "O Brasil reconhece a República Popular da China como "o único governo legal da China" e estabelece relações diplomáticas com Pequim (15 ago). Em consequência dessa adesão do Brasil ao princípio de "uma só China", são suspensas as relações diplomáticas com Taiwan e estabelecidas, em seu lugar, relações puramente comerciais (16 set). A RPC será admitida na ONU (26 out)." Cronologia das Relações Internacionais do Brasil. Eugênio Vargas Garcia


ID
2017513
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

No Brasil, a rigidez ideológica do regime militar, ainda sob o influxo da Guerra Fria, impediu que o país normalizasse suas relações com Pequim, o que somente se deu com a redemocratização, ocorrida em 1985.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

     

    Em 1974 foram estabelcidas relações diplomáticas entre Brasil e China.

     

    Em 1982 o Ministro das Relações Exteriores Ramiro Saraiva Guerreiro visitou a China.

     

    Em 1984, foi a vez de João Figueiredo visitar oficialmente o país.

  • 1974 – Estabelecimento de relações diplomáticas (agosto)

    1982 – Visita do Ministro de Estado das Relações Exteriores Ramiro Saraiva Guerreiro à China (março)

    1984  Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China (maio)

    [...]

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4926&Itemid=478&cod_pais=CHN&tipo=ficha_pais

  • A rigidez ideológica do Estado brasileiro se manifestava sobretudo na questão interna, no palco internacional era regido por uma diplomacia mais independente.

  • "A lacuna mais evidente na rede de vínculos internacionais do Brasil era, porém, a República Popular da China. O caráter ideológico da nossa política externa anterior a 1974 havia levado o país a manter seu relacionamento político com Taipé e não com Pequim. Persistir em tal orientação seria incoerente tanto com o discurso diplomático e com os interesses econômicos brasileiros quanto com a tendência de quase todos os países a aceitarem o óbvio – que a China era a RPC e não Formosa. Passos no sentido do reconhecimento do governo de Pequim começaram a ser tomados ainda em março de 1974 e levaram ao estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países antes do fim do mesmo ano. A esperança de ampliar as exportações brasileiras para o vasto mercado chinês esteve certamente presente nas considerações de Brasília." Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) Volume I Crescimento, Modernização e Política Externa. 


ID
2017516
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

Em 1952, no auge da Guerra da Coreia, emblemática de um sistema mundial bipolar, o Brasil oficializou seu apoio à China Nacionalista, instalando embaixada em Taipé.

Alternativas
Comentários
  • Explica Tanguy que a Ilha de Taipé é Taiwan. Nesse momento, existiam duas Chinas: a China nacionalista, capitalista (Taiwan), que é próxima dos EUA; e a RPC, que é a China comunista. Nesse momento (1952 - Getúlio Vargas), que é um momento de Guerra Fria, o governo brasileiro era muito reticente quanto ao regime comunista, então apoia Taiwan. Já vinhamos apoiando Taiwan desde 1949, no governo Dutra, em verdade. O Brasil somente mudará seu posicionamento em 1974, no governo Geisel.

  • Gabarito: Correta

    Dutra (1946-1950): início da Guerra Fria, ele mantém o Brasil alinhado com os interesses estadunidenses, mantendo-se na esfera do capitalismo e afastando-se de qualquer influência socialista/comunista. Sendo assim, no campo interno houve uma intensa repressão ao Partido Comunista, cassando os mandatos dos políticos eleitos por esse partido (FAUSTO, 2009: 221-222). No campo externo, o Brasil rompeu suas relações diplomáticas com a URSS, em 1947, não reconheceu o governo comunista instaurado na Coreia do Norte em 1948, nem a República Popular da China, proclamada por Mao Zedong em 1949, mantendo relações diplomáticas com o governo nacionalista chinês, instalado na Ilha de Taiwan.

    Com Vargas, em 1952, o Brasil instala uma embaixada em Taipé (Taiwan) e declara que mantém relações diplomáticas com a República da China

  • A pegadinha da questão é a palavra "nacionalista".

  • -> China nacionalista - Partido do Kuomintang (KMT) - Chiang Kai-shek - China insular - Taiwan/Formosa/Taipei - República da China
    -> China comunista - Partido Comunista da China (PCC) - Mao Tsé-Tung - China continental - Beijing/Pequim - República Popular da China

  • CORRETO. REPUBLICA POPULAR = CHINA COMUNISTA E CONTINENTAL REPÚBLICA NACIONALISTA = CHINA CAPITALISTA E INSULAR = TAIWAN

ID
2501077
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito de alguns dos principais paradigmas teóricos referentes ao estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) o item que se segue.


Um dos princípios do realismo político de Hans Morgenthau é o de que o interesse dos Estados nunca pode ser definido exclusivamente em termos de poder.


Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Hans Joachim Morgenthau foi um pioneiro no campo de estudos da teoria das relações internacionais. Seu principal trabalho consolida a visão realista de Relações Internacionais recuperada por Edward Hallett Carr.

    O realismo político abrange diversas teorias que compartilham a ideia de que Estados são primordialmente motivados pelo desejo de poder e segurança, tanto militar quanto econômico, em vez de se preocuparem com ideais ou com a ética. O realismo se contrapõe ao idealismo.

  • Daniel Gonçalves, vc é o cara! rsrs Atualidades de ponta! 

  • Segundo Morgenthau o conceito chave do realismo político é o interesse definido em termos de poder, meio e fim da ação estatal, e que varia conforme suas necessidades e contextos históricos. 

  • Errado

     

    realismo político, a abordagem teórica mais tradicional da Ciência Política e, posteriormente, das Relações Internacionais, articula-se em torno de dois conceitos-chave — o poder e o conflito — e identifica a natureza humana como egoísta, predatória e propensa à conquista.

    Abrange diversas teorias baseadas no pressuposto de que os indivíduos são primordialmente movidos pelo desejo de poder e segurança. Na busca do próprio interesse, os indivíduos acabariam por organizar-se em Estados, os quais também agiriam na busca do próprio interesse nacional, igualmente definido em termos de poder, tanto militar quanto econômico. No contexto de um sistema internacional anárquico (sem um governo ou parâmetros regulatórios das relações) e inseguro, cada um desses Estados deveria então tratar de conter os demais, procurando manter um certo equilíbrio de poder, de modo a minimizar a insegurança ligada a ameaças externas.

    Segundo alguns autores, o realismo nas Relações Internacionais contrapõe-se ao idealismo e tem sido dominante sobretudo entre os acadêmicos norte-americanos, embora também conte com importantes expoentes na Europa e na América Latina.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Realismo_pol%C3%ADtico

  • Exatamente o contrário, pode ser definido exclusivamente em termos de poder

  • 6 premissas clássicas do realismo:

    1)política é governada por leis objetivas enraizadas na natureza humana

    2)O principal marco da teoria realista é o conceito de interesse, que é definido em termos de poder 

    3)o conceito de interesse não é fixo, mas variável ao longo da história

    4)as ações políticas e os imperativos morais estão em permanente tensão

    5)não há identificação entre as aspirções morais de um país qualquer noção de moralidade universal

    6)por fim, existe uma autonomia na política

  • Hans Morgenthau (Política Entre as Nações, 1948)

    Um dos seis conceitos do Realismo Político: 

    --> o interesse dos Estados é sempre definido em termos de poder – a medida de poder é importante do ponto de vista comparativo das relações internacionais. O Estado mede seu poderio analisando se este é maior ou menor que do outro. Jogo de soma zero: se um lado ganha poder, o outro, automaticamente, está perdendo poder

    --> o conceito de interesse traduzido em poder é uma categoria objetiva de validade universal 

  • Todos os Estados têm o mesmo objetivo: o poder. Por meio desse princípio, Morgenthau começou a afirmar a autonomia da esfera política em relação às demais esferas sociais, e elevou a racionalidade ao instrumento central do processo político. Para Morgenthau, o uso da razão caracteriza a esfera política;


ID
2623729
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às principais correntes teóricas das relações internacionais, julgue o item seguinte.


Conforme o paradigma realista, o Estado é um ator unitário e racional que age em defesa do interesse nacional.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    O realismo é uma teoria das relações internacionais centrada em quatro proposições:

     

    1. O sistema internacional é anárquico. Não há nenhum ator acima dos estados capaz de regular suas interações; os estados devem chegar a relações com outros estados por conta própria, em vez de serem ditados a eles por alguma entidade controladora mais alta. O sistema internacional existe em um estado de constante antagonismo (anarquia).
    2. Os estados são os atores mais importantes.
    3. Todos os estados dentro do sistema são atores unitários e racionais. Os estados tendem a buscar o interesse próprio. Os grupos se esforçam para obter o máximo de recursos possível.
    4. A principal preocupação de todos os estados é a sobrevivência. Os Estados constroem forças militares para sobreviver, o que pode levar a um dilema de segurança.

  • CORRETO. Lembrar do conceito de antropomorfismo do Estado: se comporta como o indivíduo da teoria racional.

ID
2623732
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às principais correntes teóricas das relações internacionais, julgue o item seguinte.


Tucídides e Maquiavel são considerados expoentes de referência teórica do realismo moderno.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Tucídides, Maquiável e e Hobbes são considerados patronos da tese que fundamenta a visão realista clássica, e não a moderna.

     

    Tucídides (471 a.C- 400 a.C): narra a história da Guerra do Peloponeso, conflito entre Atenas e Esparta em 431 a.C., e em sua descrição chama atenção para vários elementos que foram retomados pela análise das relações internacionais: negociações, alianças, guerras. Segundo Tucídides, o crescimento de Atenas, em termos econômicos e militares, trouxe uma insegurança às regiões vizinhas, que se sentiram ameaçadas pela crescente potência em expansão. A busca de balancear o poder, ou seja, a tendência de Estados juntarem-se à outros Estados para equilibrar o poder no cenário internacional, já estaria presente no trabalho de Tucídides. Além disso, da obra de Tucídides pode-se tirar outras conclusões, como que os Estados buscam sempre maximizar seu poder, dirigidos pelos seus interesses e pela questão da segurança.
    Maquiável (1469-1527): a principal obra de Maquiavel, “O Príncipe”, relata a força do Estado para impor a ordem e como as grandes potências tem como objetivo dominar e ganhar mais poder no cenário internacional.

    Hobbes (1588-1679): com a obra “Leviatã”, Hobbes serve de fundamento a teoria realista ao defender que o homem não é intrinsecamente benevolente, mas é, em sua essência, centralizador e competitivo. Segundo Hobbes, a sociedade em seu estado de natureza representa a guerra de todos contra todos, no qual a batalha é latente, mesmo se não estiver ocorrendo no momento.

  • ERRADO. São representantes do realismo clássico.

ID
2623735
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às principais correntes teóricas das relações internacionais, julgue o item seguinte.


Para o teórico realista Hans Morgenthau, a paz mundial pode ser alcançada pela democratização das relações internacionais.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Expoente da teoria realista, Hans Morgenthau com seu livro “A política entre nações: a luta pelo poder e pela paz”, publicado em 1948, cria as bases teóricas da teoria realista moderna. Entre as principais bases da teoria realista está o seu caráter Estado-cêntrico, o Estado é o único ator relevante das relações internacionais (CARR, E.), segundo esta corrente. O Estado é visto, portanto, independente de suas eventuais divisões de política interna. Vale ressaltar que o Estado tem duas funções precisas: manter a paz dentro de suas fronteiras e garantir a defesa no caso de uma agressão externa. O grupo de indivíduos que atua nas relações internacionais faz em prol do Estado que representa e trabalha em um modelo de “bola de bilhar”, ou seja, em uma abstração dos processos internos, destacando-se exclusivamente a dinâmica entre as “bolas” e não o processo de motivação interna. O Estado será, portanto, um ator unitário e racional, agindo de maneira uniforme e homogênea e em defesa do interesse nacional.

  • ERRADO Universalização da democracia como instrumento de paz é parte da teoria liberal das relações internacionais.
  • Morgenthau propõe-se a investigar as relações entre as forças da guerra

    fria em um contexto de bipolaridade extraeuropeu, de divisão antagônica ideo-

    lógica e da tecnologia nuclear. Para ele, a paz mundial somente seria possível por

    meio do equilíbrio de poder. Esse, no sentido político, é definido como as mútuas

    relações de controle, estabelecidas entre os titulares da autoridade pública e as

    pessoas em geral.

    Fonte: Fonte: Resenha - Diogo Henrique Alves 1 MORGENTHAU, Hans J. A Política entre as nações: a luta pelo poder e pela paz. Brasília: UnB, 2003. 1093p.

  • Para Morgenthau, a existência de uma balança de poder é necessária, já que a define como o mecanismo para garantir a estabilidade do sistema internacional. Só o poder limita o poder. Além disso, os princípios morais não são universais, senão particulares. As aspirações morais de uma nação não se aplicam ao resto do universo.

  • Morgenthau, por uma perspectiva teórica, explicou e teorizou sobre os princípios, comportamentos e padrões que regem o sistema internacional. É dele, por exemplo, as concepções de soberania estatal, dilema de segurança ou busca pela sobrevivência.

    Ao contrário de Carr, que desenvolveu seu trabalho a partir de uma perspectiva histórica, o autor Hans Morgenthau (1904-1980) também se preocupou com a perspectiva teórica. Morgenthau escreveu um livro chamado “Política entre as nações”. Nesta obra, descreve quais os princípios, comportamentos e padrões que regem o sistema internacional. Justamente por isso, Morgenthau é considerado um dos principais nomes das Relações Internacionais.


ID
2623738
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às principais correntes teóricas das relações internacionais, julgue o item seguinte.


A teoria da dependência, considerada de matriz neomarxista, foi desenvolvida no âmbito da sociologia e da economia, embora seja aplicada no âmbito das relações internacionais.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    A teoria da dependência é uma formulação teórica que consiste em uma leitura crítica e marxista não-dogmática dos processos de reprodução do subdesenvolvimento na periferia do capitalismo mundial, em contraposição às posições marxistas convencionais dos partidos comunistas e à visão estabelecida pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). A explicação da “dependência” e a produção intelectual dos autores influenciados por essa perspectiva analítica obtiveram ampla repercussão na América Latina no final da década de 1960 e começo da década de 1970, quando ficou evidente que o desenvolvimento econômico não se dava por etapas, um caminho que bastaria ser trilhado para que os resultados pudessem ser alcançados. Para a teoria da dependência a caracterização dos países como "atrasados" decorre da relação do capitalismo mundial de dependência entre países "centrais" e países "periféricos". Países "centrais", como centro da economia mundial será identificado nos espaços em que ocorrem a manifestação do meio técnico científico informacional em escala ampliada e os fluxos igualmente fluam com mais intensidade. A periferia mundial (países periféricos)se apresente como aqueles espaços onde os fluxos, o desenvolvimento da ciência, da técnica e da informação ocorram em menor escala e as interações em relação ao centro se deem gradativamente. A dependência expressa subordinação, a ideia de que o desenvolvimento desses países está submetido (ou limitado) pelo desenvolvimento de outros países e não era forjada pela condição agrário-exportadora ou pela herança pré-capitalista dos países subdesenvolvidos mas pelo padrão de desenvolvimento capitalista do país e por sua inserção no capitalismo mundial dada pelo imperialismo. Portanto, a superação do subdesenvolvimento passaria pela ruptura com a dependência e não pela modernização e industrialização da economia, o que pode implicar inclusive a ruptura com o próprio capitalismo.

  • Cuidado, possível é uma palavra variável , os sonhos são possíveis... portanto a palavra é um adjetivo.

  • possível é predicativo do sujeito,portanto adjetivo

  • possível é predicativo do sujeito,portanto adjetivo

  • possível é predicativo do sujeito,portanto adjetivo

  • meu deus...:/


ID
2623741
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às principais correntes teóricas das relações internacionais, julgue o item seguinte.


Uma das correntes teóricas mais influentes das relações internacionais, o construtivismo introduziu em suas reflexões e análises o papel das ideias, das instituições e das regras como fatores importantes para a compreensão do comportamento dos atores nas relações internacionais.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    O construtivismo surgiu como teoria das relações internacionais entre os anos 1980 e 1990 e envolve dois debates principais: sobre o lugar das ideias e dos valores na análise dos eventos sociais e sobre a antecedência ontológica entre agente e estrutura. Entre as principais premissas da teoria construtivista, pode-se destacar três que são comuns a maioria dos autores: (1) que o mundo não é predeterminado, mas construído a partir da ação dos agentes, ou seja, o mundo é uma construção social; (2) que não há qualquer antecedência ontológica entre agentes e estrutura. Ambos são constituídos uns dos outros e nenhum precede o outro nem no tempo nem na capacidade de influência; (3) que não se pode descartar as causas materiais, mas são as ideias e os valores que regem a relação do agente com o mundo material, desempenhando uma função central na formulação do conhecimento sobre este mesmo mundo. Na metade dos anos 1990, o construtivismo passou a ocupar um lugar de destaque nas Relações Internacionais, principalmente com a obra de Alexander Wendt em 1999 com a obra “Social Theory of International Politics”. Segundo Wendt, a anarquia não possui apenas uma lógica única de conflitos e competição, como acreditam os realistas. Pelo contrário, a anarquia pode reverter tanto lógica de conflitos quanto de cooperação, dependendo do que os Estados querem fazer dela. O item está, portanto, correto já que o texto sobrepõe os aspectos constitutivos das instituições e as relações entre os atores – percepções e ideias. Outros autores importantes para o construtivismo são Friedrich Kratochwil e Nicholas Onuf.


ID
2623744
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às instituições e aos processos decisórios em política externa, julgue o próximo item.


A participação do parlamento no processo decisório de política externa confere maior credibilidade para a ação externa do Estado, sobretudo nos Estados democráticos.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

     

    Com certeza! Parlamentares são representantes políticos eleitos pelo povo, são a "voz" do povo. Toda decisão passada pelo parlamento consiste em uma ação democrática. 


ID
2623747
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação às instituições e aos processos decisórios em política externa, julgue o próximo item.


Para a abordagem político-burocrática desenvolvida por Allison, a política externa é o resultado da interação e da barganha entre as burocracias que compõem o Poder Executivo.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Em 1972, dando continuidade aos trabalhos iniciados com o estudo sobre a Crise em Cuba, Allison colabora com Morton H. Halperin para formalizar o paradigma de ― bureaucratic politics. Em "Bureaucratic Politics: a paradigm and some policy implications", os autores buscam apresentar uma proposta alternativa que tenha foco nos fatores internos de um Estado, particularmente na política burocrática, para explicar o comportamento estatal. No entanto, os autores destacam que a análise interna é constantemente esquecida pelos planejadores e executores de política (ALLISON & HALPERIN, 1972, p.42). De acordo com os dois estudiosos, as ações governamentais – seja na esfera doméstica, seja na internacional – são simplesmente resultados de um processo de barganha entre os diferentes atores hierárquicos que formam a estrutura do governo.

  • Qual a classificação desta questão???


ID
2786872
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Segundo o acadêmico australiano Scott Burchill, “Relações Internacionais pode ser designada como a disciplina do desacordo teórico”. Isso porque os especialistas divergem sobre praticamente tudo o que diz respeito ao seu quadro teórico-conceitual. De modo geral, as discordâncias vão desde ao que deve ser estudado até como deve ser estudado. Isto é, existe desacordo sobre o objeto, sobre a metodologia e sobre a teoria.

Williams Gonçalves. Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 49 (com adaptações).  

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca de aspectos da teoria das relações internacionais.


O desacordo teórico-conceitual a que se refere o texto existiu apenas até os anos 30 do século passado, época a partir da qual as relações internacionais começaram a formar uma disciplina autônoma.

Alternativas
Comentários
  • Digamos que esta foi de barbada! Se fosse verdade, a esta altura do século XXI, a carreira diplomática já poderia ter sido extinta e ficariam apenas alguns técnicos cuidando das questões burocráticas das relações internacionais.

    Ouso dizer que nunca vai acontecer!

  • Ainda atualmente não há consensos teóricos em muitos temas de RI, fato evidenciado na profusão de teorias a partir dos anos 60.
  • Questão mais errada que esse atual governo kkkkkkk

  • Isso no BrOffice. Já no Microsoft Office os atalhos são:

    Crtl + L = Localizar

    Crtl + U = Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substituir (abre em substituir).

    Obs: não se usa o crtl + s ou l, seguindo o modelo de atalho em português, pois já foram usados para sublinhado e localizar, respectivamente.

  • Isso no BrOffice. Já no Microsoft Office os atalhos são:

    Crtl + L = Localizar

    Crtl + U = Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substituir (abre em substituir).

    Obs: não se usa o crtl + s ou l, seguindo o modelo de atalho em português, pois já foram usados para sublinhado e localizar, respectivamente.

  • Isso no BrOffice. Já no Microsoft Office os atalhos são:

    Crtl + L = Localizar

    Crtl + U = Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substituir (abre em substituir).

    Obs: não se usa o crtl + s ou l, seguindo o modelo de atalho em português, pois já foram usados para sublinhado e localizar, respectivamente.


ID
2786875
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Segundo o acadêmico australiano Scott Burchill, “Relações Internacionais pode ser designada como a disciplina do desacordo teórico”. Isso porque os especialistas divergem sobre praticamente tudo o que diz respeito ao seu quadro teórico-conceitual. De modo geral, as discordâncias vão desde ao que deve ser estudado até como deve ser estudado. Isto é, existe desacordo sobre o objeto, sobre a metodologia e sobre a teoria.

Williams Gonçalves. Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 49 (com adaptações).  

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca de aspectos da teoria das relações internacionais.


O projeto de relações internacionais como disciplina floresceu ante a necessidade de se encontrarem as razões da Primeira Guerra Mundial, haja vista especialmente a complexa rede de interações mundiais explicitadas pelo século XX.

Alternativas

ID
2786878
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Segundo o acadêmico australiano Scott Burchill, “Relações Internacionais pode ser designada como a disciplina do desacordo teórico”. Isso porque os especialistas divergem sobre praticamente tudo o que diz respeito ao seu quadro teórico-conceitual. De modo geral, as discordâncias vão desde ao que deve ser estudado até como deve ser estudado. Isto é, existe desacordo sobre o objeto, sobre a metodologia e sobre a teoria.

Williams Gonçalves. Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 49 (com adaptações).  

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca de aspectos da teoria das relações internacionais.


Apresentados como proposta para se encerrar a Primeira Guerra Mundial, os Quatorze Pontos do presidente norte-americano Woodrow Wilson, assentados na necessidade de serem impostas pesadas penas aos países derrotados no conflito, exerceram vigorosa influência sobre o Realismo, a mais nova corrente teórica das relações internacionais.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO. Wilson era contra as pesadas punições aos derrotados, defendo que estes também participassem das negociações de paz.
  • Woodrow Wilson, um dos nomes mais importantes do idealismo, objetivava traçar diretrizes para a paz no intuito de evitar um novo conflito como a Primeira Guerra Mundial e por isso lançou os 14 pontos. Dentre eles, merecem destaque a defesa da necessidade de relações mais livres e democráticas entre os países e da criação de uma organização internacional que pudesse regular as relações internacionais. Não há previsão de penas!


ID
2786881
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Segundo o acadêmico australiano Scott Burchill, “Relações Internacionais pode ser designada como a disciplina do desacordo teórico”. Isso porque os especialistas divergem sobre praticamente tudo o que diz respeito ao seu quadro teórico-conceitual. De modo geral, as discordâncias vão desde ao que deve ser estudado até como deve ser estudado. Isto é, existe desacordo sobre o objeto, sobre a metodologia e sobre a teoria.

Williams Gonçalves. Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 49 (com adaptações).  

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca de aspectos da teoria das relações internacionais.


O liberalismo, cujas origens remontam às ideias iluministas do século XVIII, alia as dimensões analítica e normativa, ou seja, pretende mostrar como a realidade é e como deveria ser. Com o avanço da globalização, as teses do liberalismo entraram em franco declínio.

Alternativas
Comentários
  • De fato, o liberalismo tem um núcleo de valores iluministas que (liberdade, igualdade e fraternidade), que devem ser defendidos. Não se preocupa só como as relações internacionais são, mas como devem ser. Logo, a primeira parte está correta.

    No entanto, a globalização se iniciou na década de 1970, intensificando-se na década de 1990, e o declínio do liberalismo foi registrado muito antes. No primeiro grande debate entre realismo e idealismo, o realismo se consagrou como o grande vencedor. O idealismo foi essencialmente desmoralizado, deixando de ser sequer considerado nos debates acadêmicos depois desse momento. Logo, as décadas de 1940 e 1950 são basicamente as décadas do realismo. O idealismo, por sua vez, caiu no esquecimento. 

  • Outro erro encontrado na questão é: o Idealismo analisa o mundo como ele deveria ser, não como ele realmente é, enquanto o Realismo analisa o mundo como ele realmente é.


ID
2786884
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Segundo o acadêmico australiano Scott Burchill, “Relações Internacionais pode ser designada como a disciplina do desacordo teórico”. Isso porque os especialistas divergem sobre praticamente tudo o que diz respeito ao seu quadro teórico-conceitual. De modo geral, as discordâncias vão desde ao que deve ser estudado até como deve ser estudado. Isto é, existe desacordo sobre o objeto, sobre a metodologia e sobre a teoria.

Williams Gonçalves. Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 49 (com adaptações).  

Tendo o fragmento de texto apresentado como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca de aspectos da teoria das relações internacionais.


A corrente realista das relações internacionais defende a objetividade das leis da política, com base no pressuposto de que o comportamento político é sempre orientado pela busca da realização dos interesses. Isso se reafirma, nos dias atuais, nos cenários de negociação internacional, em especial na área econômica.

Alternativas
Comentários
  • A questão exemplifica o preceito do Realismo sobre o auto interesse e a busca por maximizar o poder.

    CERTO.


ID
2786887
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O momento histórico da passagem da Era Europeia para a Era da Civilização Global é ainda motivo de debates. Alguns historiadores escolheram 1917 como ano de mudanças. Outros estudiosos consideram 1947, marco do início da Guerra Fria ou da independência da Índia, ou 1949, ano da Revolução Chinesa, como momentos cruciais de mudança das eras. Todos esses acontecimentos foram importantes para a definição dos atores fundamentais na história das Relações Internacionais no século XX.

Christian Lohbauer. História das Relações Internacionais II: o século XX: do declínio europeu à era global. Petrópolis – RJ: Vozes, 2005, p. 9 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item que se segue, acerca de aspectos históricos das relações internacionais contemporâneas.


Ao se referir ao ano de 1917 como um possível marco de mudança nas relações internacionais, o texto remete à Revolução Russa, que levou o bolchevismo ao poder e que exerceu poderosa influência em muitas décadas do século XX.

Alternativas

ID
2786890
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O momento histórico da passagem da Era Europeia para a Era da Civilização Global é ainda motivo de debates. Alguns historiadores escolheram 1917 como ano de mudanças. Outros estudiosos consideram 1947, marco do início da Guerra Fria ou da independência da Índia, ou 1949, ano da Revolução Chinesa, como momentos cruciais de mudança das eras. Todos esses acontecimentos foram importantes para a definição dos atores fundamentais na história das Relações Internacionais no século XX.

Christian Lohbauer. História das Relações Internacionais II: o século XX: do declínio europeu à era global. Petrópolis – RJ: Vozes, 2005, p. 9 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item que se segue, acerca de aspectos históricos das relações internacionais contemporâneas.


A Guerra Fria, a partir de 1947, marcou as relações internacionais do pós-Segunda Guerra Mundial, quando o mundo já era comandado pelas grandes potências europeias ocidentais; o Brasil, por ser um país periférico, passou ao largo desse cenário de confronto ideológico.

Alternativas

ID
2786893
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O momento histórico da passagem da Era Europeia para a Era da Civilização Global é ainda motivo de debates. Alguns historiadores escolheram 1917 como ano de mudanças. Outros estudiosos consideram 1947, marco do início da Guerra Fria ou da independência da Índia, ou 1949, ano da Revolução Chinesa, como momentos cruciais de mudança das eras. Todos esses acontecimentos foram importantes para a definição dos atores fundamentais na história das Relações Internacionais no século XX.

Christian Lohbauer. História das Relações Internacionais II: o século XX: do declínio europeu à era global. Petrópolis – RJ: Vozes, 2005, p. 9 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item que se segue, acerca de aspectos históricos das relações internacionais contemporâneas.


A independência da Índia e a Revolução Chinesa representaram o surgimento de uma Ásia independente das antigas forças colonialistas europeias, fator importante para a reconfiguração das relações internacionais. A política externa brasileira, nos governos Jânio e Jango, procurou participar dessa nova realidade mundial.

Alternativas

ID
2786896
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O momento histórico da passagem da Era Europeia para a Era da Civilização Global é ainda motivo de debates. Alguns historiadores escolheram 1917 como ano de mudanças. Outros estudiosos consideram 1947, marco do início da Guerra Fria ou da independência da Índia, ou 1949, ano da Revolução Chinesa, como momentos cruciais de mudança das eras. Todos esses acontecimentos foram importantes para a definição dos atores fundamentais na história das Relações Internacionais no século XX.

Christian Lohbauer. História das Relações Internacionais II: o século XX: do declínio europeu à era global. Petrópolis – RJ: Vozes, 2005, p. 9 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item que se segue, acerca de aspectos históricos das relações internacionais contemporâneas.


A Revolução Bolchevique desafiou a ordem política e social existente no mundo ao dividi-lo em dois campos de conflito ideológico, o que redefiniu as relações internacionais, sobretudo a partir da Segunda Guerra Mundial. No governo Dutra, o Brasil atrelou-se claramente a Washington (EUA).

Alternativas

ID
2786899
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A política exterior inaugurada por Jânio Quadros — diferentemente da Organização Pan-Americana (OPA) de Juscelino Kubitschek (JK), que priorizava o contexto hemisférico — partia de uma visão universal, embora sem descuidar do regional; possuía um caráter pragmatista, pois buscava os interesses do país sem preconceitos ideológicos; e, para melhor consecução desses objetivos, adotava postura independente frente a outras nações que tinham relacionamento preferencial com o Brasil. A Política Externa Independente (PEI), calcada no nacionalismo, não só ampliou a política de JK em termos de geografia, como também enfatizou as relações Norte-Sul.

Amado Luiz Cervo e Clodoaldo Bueno. História da política exterior do Brasil. Brasília: Universidade de Brasília, 2002, p. 310 (com adaptações).  

Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial, julgue o item subsequente, acerca da inserção internacional do Brasil no ideologicamente polarizado contexto histórico da primeira metade dos anos 60 do século passado.


O texto confirma a conhecida expressão do chanceler San Tiago Dantas, segundo a qual a PEI buscava formular um ponto de vista internacional do Brasil e libertar o país de vinculações incondicionais a potências mundiais.

Alternativas

ID
2787016
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à influência de indivíduos e de movimentos sociais na construção das agendas políticas domésticas e no debate e monitoramento de iniciativas voltadas para os principais temas globais, julgue o item que se segue.


O fortalecimento de perspectivas cosmopolitas encontra importante elemento de apoio na consolidação de organizações da sociedade civil com atuação internacional e na maior influência das redes transnacionais no debate político sobre os principais temas da agenda global contemporânea.

Alternativas

ID
2787019
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à influência de indivíduos e de movimentos sociais na construção das agendas políticas domésticas e no debate e monitoramento de iniciativas voltadas para os principais temas globais, julgue o item que se segue.


A construção de governança no campo internacional reflete o esforço das organizações não governamentais em lograr maiores níveis de coordenação mútua e de atuação independente dos governos nacionais em temas afetos notadamente ao desenvolvimento, ao meio ambiente e à promoção de direitos humanos.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o erro esteja em "organizações não-governamentais". A ONU, e suas agencias, OMC, Banco Mundial, FMI entre outros são todos organizações criadas pelos Estados, portanto possuem personalidade jurídica de Direito Internacional Público. Todas elas possuem algum nivel de coordenação para os assuntos de desenvolvimento e direitos humanos.

  • Errado: A construção de governança no campo internacional reflete o esforço das organizações não governamentais em lograr maiores níveis de coordenação mútua e de atuação independente dos governos nacionais em temas afetos notadamente ao desenvolvimento, ao meio ambiente e à promoção de direitos humanos. 

    Considerando a soberania nacional, não há como falar sobre esforço das ONGs independente dos governos.

  • O maior erro do item é tratar sobre a governança do regime internacional do meio ambiente de forma descasada da atuação dos Estados. Em breve síntese, em que pese o papel da ONGs no que tange a defesa do meio ambiente e democratização da pauta, o debate entre a preservação do meio e desenvolvimento está atrelado desde os primórdios nas negociações internacionais sobre tema, trazendo à tona pautas de grande relevância nacional, que necessariamente dependem de acordo político entre os países.


ID
2790220
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No discurso de abertura do Debate Geral da 66.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff afirmou: “apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional”. Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da questão árabe-israelense.


O brasileiro Osvaldo Aranha foi o presidente da Assembleia-Geral da ONU em 1947, que aprovou a resolução sobre o Plano de Partição da Palestina, com a chamada “solução de dois Estados”

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    No próprio site do MRE, na cronologia das relações bilaterais com Israel consta:

     

    "Com voto favorável do Brasil e sob a presidência do brasileiro Oswaldo Aranha, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprova a divisão da Palestina Mandatária em dois Estados, por meio da sua Resolução 181 (II), de 29 de novembro de 1947".

     

    Vale lembrar que o diplomata brasileiro é lembrado com carinho entre os israelenses, graças a seu papel na viabilização diplomática do Estado de Israel.

     

    (Prof. Guilherme Casarões).

  • GABARITO: CERTO

    Oswaldo Aranha foi um dos maiores diplomatas brasileiros, tendo sido peça importante para a diplomacia do país durante quase 3 décadas, principalmente durante a Era Vargas. Além da sua intensa participação na aproximação entre Brasil e EUA durante a Segunda Guerra Mundial, Aranha é também muito conhecido por ter exercido a presidência da Assembleia-Geral da ONU de 1947 que aprovou a criação de um Estado judeu em convivência com outro palestino na região da Palestina. A partilha acabou em guerra pouco depois, porém ficou marcada a participação de Aranha na viabilização diplomática da criação de Israel.


ID
2790235
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As teorias das relações internacionais têm a finalidade de formular métodos e conceitos que permitam compreender a natureza e o funcionamento do sistema internacional, bem como explicar os fenômenos mais importantes que moldam a política mundial.

J. P. Nogueira e N. Messari. Teoria das relações internacionais: correntes e debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 2.

A respeito do assunto abordado no fragmento de texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item.


Embora o realismo seja uma tradição teórica da área de Relações Internacionais que apresenta uma grande diversidade, é possível afirmar que, para os realistas, os Estados são os atores centrais das relações internacionais, as quais se caracterizam pela anarquia e, sobretudo, pela cooperação para sobreviver.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Para o Realismo, certamente os Estados são atores centrais, certamente as RI se caracterizam pela anarquia; o problema está em "sobretudo". É possível haver cooperação para a perspectiva realista, ainda que sempre autointeressada, com vistas a sobreviver. Mas afirmar que o status dessa cooperação é superior ao da anarquia nessa construção teórica certamente é incorreto, visto que é a própria ausência de um ente superior ao Estado a característica definidora do próprio sistema internacional e orienta a ação dos Estados.

     

    (Prof. Felipe Estre).

  • Para garantir a sua segurança os Estados podem cooperar ou competir, mas na perspectiva realista a ênfase geralmente está no último movimento, pois se entende que as alianças não são permanentes.

  • A anarquia e a desconfiança mútua, características das teorias realistas, dificultam processos de cooperação para sobrevivência. ERRADO.
  • Para realistas, de fato, o sistema internacional é sempre anárquico devido à ausência de uma autoridade central, ausência de um poder de polícia. Há ali, certa incerteza em relação ao destino das nações, porque não há ninguém mantendo a ordem, assim Estados só poderiam contar com a autoajuda.

    A questão está correta quando afirma que os estados são atores centrais das relações internacionais.

    Todavia, os realistas acreditam que só há cooperação quando existe interesse: desfeito o contexto de interesse, a cooperação é desfeita. A cooperação é sempre momentânea, pontual e atende à lógica de poder. Na verdade, para eles a busca pela sobrevivência está no centro das relações internacionais, o que leva à desconfiança, que por sua vez, gera a lógica da autoajuda (ideia de que os Estados só podem confiar em si próprios).

    REALISMO -->SEGURANÇA: Política de poder; Equilíbrio de poder; Guerra 

    IDEALISMO (LIBERALISMO) --> LIBERDADE: Cooperação; Paz; Progresso

    PS: São os idealistas os maiores adeptos à ideia de que com cooperação, livre comércio e pela razão, menos conflitos existiriam.

  • A sobrevivência do Estado enquanto ente internacional se dá pelo aumento de poder que o próprio Estado busca, aumento de poder este associado ao poder bélico-militar. Não existe cooperação para sobrevivência, mas a cooperação se dá para realizar o interesse particular do Estado, na visão realista.


ID
2790238
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As teorias das relações internacionais têm a finalidade de formular métodos e conceitos que permitam compreender a natureza e o funcionamento do sistema internacional, bem como explicar os fenômenos mais importantes que moldam a política mundial.

J. P. Nogueira e N. Messari. Teoria das relações internacionais: correntes e debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 2.

A respeito do assunto abordado no fragmento de texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item.


As análises pós-coloniais, que representam uma contribuição relativamente recente na área de Relações Internacionais, questionam as concepções modernizadoras ocidentais e a politização dos conflitos delas resultantes. 

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    "Devido ao repudio dos críticos da corrente às narrativas dominantes, e como estas são produtos do Eurocentrismo, a crítica ao etnocrentrismo europeu se torna a principal tarefa dos estudiosos do pós-colonialismo. Nessa questão, a obra de Said (1990) se apresenta como ponto de partida para entender como o etnocentrismo europeu, e o ocidente em si, foram forjados por meio de uma construção, material e discursiva, da identidade oriental, e como essa construção estabeleceria uma relação de vantagem, superioridade e dominação ocidental do Oriente, uma relação na qual o Oriente sempre é visto como o 'outro', adquirindo um caráter 'clandestino'.

    (...)

    Dessa forma, é perceptível que a crítica ao Eurocentrismo deve ser feita de modo a descortinar as pretensões universalistas dominantes assim como realizar um serviço com a 'verdade' e a sabedoria (e ultimamente a justiça). Ou seja, a finalidade última do processo crítico realizado pelo pós-colonialismo consiste no avanço da justiça, paz e do pluralismo político. Do mesmo modo, como o próprio Grovogui (2010, p.250) cita, a abordagem pós-colonial para o conhecimento 'defende o princípio da coexistência enquanto rejeita ideias errôneas'."

     

    Fonte: http://www.eumed.net/rev/cccss/2017/04/poscolonialismo-relacoes.html

  • ERRADO

    As análises pós-coloniais não representam uma contribuição relativamente recente nas Relações Internacionais. As relações internacionais é que as ignorou por muito tempo.

    Abaixo, seguem 2 vídeos que corroboram com essa ideia.

    https://www.youtube.com/watch?v=20LFRzgIR1k

    https://www.youtube.com/watch?v=JZQCvqEdm9k

    Acesso em 27/04/2020

  • O pós-colonialismo são teorias que analisam a relações de poder entre o colonizador e o colonizado. A contribuição dessas teorias é relativamente recentes, vindo a surgir a partir da década de 1960 após a descolonização do chamado Terceiro Mundo. A corrente pós-colonial criticam sobretudo o etnocentrismo (visão de mundo em que considera o seu grupo mais importante do que os demais) e como essa ideia construiu uma relação de superioridade do Ocidente em relação ao Oriente. Desse modo, devemos afirmar que a crítica dos pós-colonialistas é a concepção colonialista ocidental e não modernizadora.

  • Vi o primeiro vídeo que o colega Júlio Botelho postou e já no começo a narradora menciona que a teoria começou a ganhar importância nos 1980. Portanto, ao meu ver, é realmente uma teoria recente. Também achei que o enunciado da questão induz ao erro, pois quando menciona "concepções modernizadoras" poderia se referir a visão dos europeus sobre a colonização dos países: muitos acreditavam, cinicamente, que estavam modernizando, levando o progresso aos países colonizados. Mas, enfim, não se discute com a banca: aceita-se e pronto!

    Boa sorte a todos!

  • Não entendi por que tá errado... "concepções modernizadoras ocidentais" e "etnocentrismo europeu" não são a mesma coisa? Como o Daniel Gonçalves citou, a crítica ao etnocentrismo europeu é a principal tarefa dos estudiosos do pós-colonialismo. Qual é a diferença entre isso e "concepções modernizadoras ocidentais"? Pra mim deveria estar certo...

  • TEORIA CRÍTICA: O pós-colonialismo vai argumentar que a história e as teorias consagradas de relações internacionais (realismo, liberalismo, construtivismo, etc.) refletem os valores e prioridades dos países colonizadores e ignoram os países periféricos. Durante a Guerra Fria, por exemplo, com a preocupação centrada entre Estados Unidos e União Soviética, os interesses dos demais países eram ignorados. Seria necessário, portanto, desenvolver perspectivas teóricas e históricas do ponto de vista dos países periféricos, a partir de um olhar africano, de um olhar asiático, um olhar sulamericano, etc. Se atendo, portanto, às necessidades destes países.

  • Eu marquei errado por conta do tempo "contribuição relativamente recente na área de Relações Internacionais". As obras mais citadas sobre o tema são da décadas de 1950, 60 e 70.

  • Apesar de ter marcado "certo", creio que o ponto principal da questão é o uso da palavra modernizadoras, se aproximando mais do pós-modernismo.

  • Errado.

    As correntes pós-positivistas não tentam ser científicas ou configurar um tipo de ciência social: o que buscam é realizar análises aprofundadas, a fim de entender os fenômenos políticos.


ID
2790241
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As teorias das relações internacionais têm a finalidade de formular métodos e conceitos que permitam compreender a natureza e o funcionamento do sistema internacional, bem como explicar os fenômenos mais importantes que moldam a política mundial.

J. P. Nogueira e N. Messari. Teoria das relações internacionais: correntes e debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 2.

A respeito do assunto abordado no fragmento de texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item.


Muitos realistas e liberais atribuem antecedência ontológica aos agentes ou à estrutura nas relações internacionais. Os construtivistas afirmam que o mundo é socialmente construído e negam, portanto, a antecedência ontológica dos agentes ou da estrutura

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

     A característica central da construção teórica construtivista, inspirada na teoria da estruturação de Giddens, é justamente negar a antecedência ontológica do agente ou da estrutura, ao afirmar que um não vem antes do outro, mas que são mutuamente constituídos (co-constituição). Essa é uma diferença central em relação às teorias tradicionais, que atribuem antecedência ontológica a um ou a outro.

     

    (Prof. Felipe Estre).

  • Correto.

    Os construtivistas não atribuem questões estruturais como um fato a priori. Fundamenta-se basicamente na dialética das relações entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido.

  • Uma das características principais da escola construtivista é justamente negar a antecedência ontológica dos agentes ou da estrutura. Os construtivistas afirmam que os agentes e as estruturas são co-constituídos, ou seja, há uma construção de ambos ao mesmo tempo, são construídos juntos, visão diferente das escolas realistas e liberais que geralmente atribuem antecedência ontológica (investigação da realidade ou da existência) ou à estrutura ou ao agente (Afirmam que houve precedência de um sobre o outro).

  • Construtivistas = afirmam que um não vem depois do outro, são simultâneos.

    CONCURSO É 90% DE FÉ E 10% DE DEDICAÇÃO, tem que fechar os dois.


ID
2790244
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As teorias das relações internacionais têm a finalidade de formular métodos e conceitos que permitam compreender a natureza e o funcionamento do sistema internacional, bem como explicar os fenômenos mais importantes que moldam a política mundial.

J. P. Nogueira e N. Messari. Teoria das relações internacionais: correntes e debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 2.

A respeito do assunto abordado no fragmento de texto precedente, julgue (C ou E) o próximo item.


A crença no progresso da humanidade e na sua racionalidade e a ideia de que a intensificação do comércio favorece a paz são alguns dos fundamentos do liberalismo. É na tradição liberal que se encontram os fundamentos para a criação das organizações internacionais pelas potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Assertiva simplesmente condensa os principais pressupostos da perspectiva liberal nas RI, que estão de acordo com a tradição liberal nas ciências sociais em geral. Crença no progresso e na racionalidade remontam a Kant, no livre-comércio, à Montesquieu e Norman Angell. Da mesma força, a crença nas instituições como capazes de pavimentar o caminho da paz é outra característica dessa abordagem teórica. Ainda que possa ser argumentado que o CS é estruturado de acordo com a política de poder, isso não invalida a inspiração liberal da construção institucional como um todo - basta olhar para a AG.

     

    A afirmação dos autores NOGUEIRA e MEZARI (citados no texto da questão) em relação ao contexto pós-II Guerra diz respeito à evolução da disciplina de Relações Internacionais no aspecto acadêmico. Nesse mesmo livro, a confiança no papel das instituições é claramente atribuída à tradição liberal: "é, sem dúvida, em sua concepção da institucionalização da sociedade internacional como requisito para seu ordenamento e pacificação que a tradição liberal continua a exercer sua influência mais marcante, apesar do ceticismo realista e das experiências malsucedidas do passado" (p.74).

     

    (Prof. Felipe Estre).

  • Lamentável essa questão, o liberalismo é contra a centralização de questões econômicas, portanto é contra a tais organizações internacionais que por sua essência são divergentes ao laissez-faire

  • Pelas potências vencedoras da segunda guerra mundial...

    Entre elas está a URSS.

    A URSS ou a mesmo a Rússia têm TRADIÇÃO LIBERAL??? Acho que não heim.

    Essa questão me f..

    Essa prova do Instituto Rio Branco deveria ser Múltipla EscOLHA

  • Galera... Liberalismo aqui é o conceito das Relações Internacionais e não da Economia! Não existe apenas um conceito...

  • Professores, com sua permissão, me permitam criticar do uso desnecessário de SIGLAS, que por vezes são simples, e outras não. Então pergunto: Para que usa-las se o intuito do comentário é precipuamente desembaraçar?

  • Este item tem, em si, uma contradição. Todo o item está correto até a parte "pelas potências vencedoras". A grande questão é que, quando se evidencia essa expressão, há uma indução ao pensamento de que potências teriam maior titularidade para formar OI's e que os países "mais fracos" se juntariam posteriormente a eles. Estas características levam ao REALISMO, e não ao LIBERALISMO. Felizmente, o item parte para uma análise prática. Neste caso, liberalismo e realismo podem, sim, conviver juntos. O mundo prático nunca se encaixa em uma teoria só. De fato, integraram a ONU (exemplo de OI, neste caso), em seu início, as potências vencedoras (comportamento REALISTA) e, sim, a ONU foi criada com base em pressupostos liberais (comportamento LIBERAL). O avaliador andou no limite da anulação do item. O que o torna válido é, justamente, o que torna o item brilhante: é uma análise prática da realidade. Sim, sistemas humanos são imperfeitos e se comportam como uma mistura dinâmica de teorias estáticas. Na mesma OI, posso ver pressupostos LIBERAIS, REALISTAS, NEOLIBERALISTAS, ou mesmo CONSTRUTIVISTAS. Não sei se o avaliador pensou em tudo isso srsrsr. Talvez ele tenha feito um item genial sem perceber. Se fez isto intencionalmente, foi genial.

  • GABARITO: CERTO

    O liberalismo proposto no enunciado deve ser entendido como TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS, e não o liberalismo político clássico ou o econômico como é possível pensar de primeira. O liberalismo na RI é uma das teorias clássicas que defende o progresso das civilizações por meio do comércio, cooperação internacional e paz, e até mesmo com a criação de uma ''confederação de Estados'' como defendido por Kant em sua obra A Paz Perpétua. Assim, a criação de organismos internacionais visando regular a interação dos Estados voltados para o desenvolvimento é tipicamente liberal nesse sentido.

    Novamente, aos cacdistas: atentem-se ao liberalismo como teoria das RI nas questões do CACD, existem diferenças enormes e a analisar os comentários aqui no site é possível perceber que muitos erraram por não terem olhado a questão com esses olhos.


ID
5324629
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

    Falar da Teoria das Relações Internacionais (TRI) parte das seguintes escolhas: a primeira, que as relações internacionais são uma área de estudo científico autônoma; a segunda refere-se às teorias que são abordadas e como são definidas; por fim, a terceira reside na demanda de contextualizar essas reflexões [...] A teoria (ou teorias) são reflexos de sua época, não sendo a época que deve se ajustar à teoria.


PECEQUILO, C. S. Teoria das Relações Internacionais: o mapa do caminho – estudo e prática. Rio de Janeiro: Atla Books, 2016, p. xiv, com adaptações




Considerando o excerto inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


O Primeiro Debate contribuiu para a autonomia científica das Relações Internacionais e resultou na consolidação do liberalismo como a principal teoria dessa área do conhecimento até a Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • De fato, o primeiro debate (liberais vs realistas) contribuiu para a autonomia científica das R.I.

    Contudo, no dado período, o pensamento divergiu entre a teoria liberal e a teoria realista, não tendo sido o liberalismo a principal teoria, pois dividia esse campo com o realismo, que é uma teoria com bases filosóficas antigas.

  • ERRADO. O realismo venceu o primeiro debate.

    O Primeiro Debate contribuiu para a autonomia científica das Relações Internacionais e resultou na consolidação do liberalismo como a principal teoria dessa área do conhecimento até a Segunda Guerra Mundial.

  • O primeiro debate das RI deu-se entre realistas e liberais. A teoria que exerceu hegemonia pós debate foi a Realista.


ID
5324632
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

    Falar da Teoria das Relações Internacionais (TRI) parte das seguintes escolhas: a primeira, que as relações internacionais são uma área de estudo científico autônoma; a segunda refere-se às teorias que são abordadas e como são definidas; por fim, a terceira reside na demanda de contextualizar essas reflexões [...] A teoria (ou teorias) são reflexos de sua época, não sendo a época que deve se ajustar à teoria.


PECEQUILO, C. S. Teoria das Relações Internacionais: o mapa do caminho – estudo e prática. Rio de Janeiro: Atla Books, 2016, p. xiv, com adaptações




Considerando o excerto inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


O Comitê Britânico de Teoria de Política Internacional surgiu no contexto do Segundo Debate, e uma de suas contribuições teóricas foi a utilização do pensamento político dos 3R’s para explicar as relações internacionais.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CORRETO.

    A Escola Inglesa das Relações Internacionais, basicamente fundada por Martin Wight no âmbito do Comitê Britânico de Teoria de Política Internacional e posteriormente sintetizada por Hedley Bull, possui duas premissas básicas: um esforço de abranger, pela via descritiva do pluralismo teórico, a “totalidade das RI”, e a ênfase no diálogo entre várias tradições teóricas das ciências humanas, revelando uma multiplicidade de ideias acerca das RI, fugindo do behaviorismo associado ao método quantitativo nas ciências humanas (dicotomia que permeia o Segundo Debate a que faz alusão o item).

    O pensamento da Escola Inglesa é conjugado na tríade sistema internacional (relações internacionais em estado bruto, onde predomina a alta política, de viés hobbesiano: realismo), sociedade internacional (que enfatiza as regras de convivência criadas e compartilhadas pela comunidade de Estados num formato racional e de viés grociano: racionalismo) e sociedade mundial (possível estágio ulterior de desenvolvimento da sociedade internacional, onde enfocam-se as identidades compartilhadas na consecução de uma revolução global, ao gosto dos revolucionalistas e de viés kantiano: revolucionalismo). O notório é que estas dimensões (os "3R's") convivem, e uma não é descrita às custas da outra.


ID
5324635
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

    Falar da Teoria das Relações Internacionais (TRI) parte das seguintes escolhas: a primeira, que as relações internacionais são uma área de estudo científico autônoma; a segunda refere-se às teorias que são abordadas e como são definidas; por fim, a terceira reside na demanda de contextualizar essas reflexões [...] A teoria (ou teorias) são reflexos de sua época, não sendo a época que deve se ajustar à teoria.


PECEQUILO, C. S. Teoria das Relações Internacionais: o mapa do caminho – estudo e prática. Rio de Janeiro: Atla Books, 2016, p. xiv, com adaptações




Considerando o excerto inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


A lógica da anarquia é uma das principais divergências entre teóricos neorrealistas e construtivistas. Para os primeiros, a anarquia é um fato objetivo da realidade, que dá origem a um sistema de autoajuda. Para os segundos, a anarquia é um fato intersubjetivo da realidade, que resulta em uma cultura kantiana.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO.

    De fato, a escola construtivista das RI nega que agência seja influenciada, sempre, por uma estrutura pré-existente. Para os pensadores filiados a esse ramo, agência e estrutura são mutuamente construídos e podem mudar de acordo com a percepção dos atores (o fato intersubjetivo). Inexiste antecedência ontológica de nenhum dos dois fatores (agência ou estrutura), ao contrário do que predomina no realismo defensivo de Waltz, onde a estrutura molda o comportamento das unidades políticas.

    Contudo, o funcionamento da estrutura é representada por três possibilidades de anarquia: a hobbesiana, a lockeana e a kantiana. Mais do que refletirem tradições de pensamento no campo ou possibilidades idealizadas de arranjos institucionais da comunidade internacional (como propõe a Escola Inglesa, apenas substituindo o pensamento lockeano pelo de Grócio), as possibilidades de anarquia refletem os possíveis destinos da articulação de interesses dos agentes internacionais na conformação da ordem respectiva. Logo é incorreto afirmar que a cultura kantiana resulta da co-construção da ordem internacional pelos seus agentes.

  • O que é a ANTECEDÊNCIA ONTOLÓGICA? já procurei e não encontrei definição...

  • Resposta: Errado, pois não necessariamente a anarquia resultará kantiana, segundo o Construtivismo...

    Realismo

    • The international system is defined by anarchy - the absence of a central authority (Waltz).
    • Como resultado, os Estados têm a obrigação de lutar por sua sobrevivência e de utilizar todos os mecanismos de poder que lhe são disponíveis.
    • Como no estado de natureza hobbesiano, na anarquia internacional, nenhum Estado pode contar total ou parcialmente com outros para defendê-lo.
    • Com isso, um princípio cardeal do realismo nas RI é a auto-ajuda, ou seja, nenhum E pode contar com outro para defender seus interesses e sua sobrevivência.

    Construtivismo

    • Negação da anarquia como uma estrutura que define a disciplina de Relações Internacionais.
    • A anarquia internacional é socialmente construída. Isso significa que definir as relações internacionais como um espaço de conflito e de competição permanentes é parcialmente correto, já que a natureza da anarquia não é predeterminada: sendo socialmente construído, o sist. intl. pode variar entre o conflito e a cooperação.
    • Os processos de construção e reconstrução são permanentes e abrem espaço para a contínua possibilidade de mudança.
    • Três culturas de anarquia (Wendt):
    1. Anarquia kantiana (decorre de vlrs. compartilhados)
    2. Anarquia lockiana (segue regras)
    3. Anarquia hobbesiana (é a única admitida pelos realistas)

    Fontes de consulta:

    SLAUGHTER, Anne-Marie. “International Relations, principal theories

    NOGUEIRA, João Pontes e MESSARI, Nizar. Teorias das Relações Internacionais - correntes e debates, Rio de Janeiro” Elsevier, 2005

  • @dan herison, antecedência ontológica é quando um fato antecede o outro. Ex: a estrutura determina as ações/comportamento dos agentes. No construtivismo não há antecedência ontológica, ou seja, agentes e estrutura se influenciam mutuamente.

  • OBRIGADO! SAÚDE E SUCESSO PRA VC!

  • Errado.

    Para o construtivismo, a anarquia pode ter diferentes significados: tem-se, por exemplo, a cultura hobbesiana, a lockeana e a kantiana. Portanto, não existe uma definição precisa do termo, não sendo necessariamente conflitiva ou cooperativa. Para Alexander Wendt, "anarchy is what states make of it".


ID
5324638
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

    Falar da Teoria das Relações Internacionais (TRI) parte das seguintes escolhas: a primeira, que as relações internacionais são uma área de estudo científico autônoma; a segunda refere-se às teorias que são abordadas e como são definidas; por fim, a terceira reside na demanda de contextualizar essas reflexões [...] A teoria (ou teorias) são reflexos de sua época, não sendo a época que deve se ajustar à teoria.


PECEQUILO, C. S. Teoria das Relações Internacionais: o mapa do caminho – estudo e prática. Rio de Janeiro: Atla Books, 2016, p. xiv, com adaptações




Considerando o excerto inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


A interdependência complexa é um conceito-chave da teoria neoliberal das Relações Internacionais. Esse conceito é definido como uma situação de dependência mútua entre dois ou mais atores, a qual reduz as assimetrias entre eles, diminui as possibilidades de conflito e eleva as possibilidades de cooperação.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    A Interdependência Complexa, termo cunhado por Robert Keohane, é de fato uma situação de dependência mútua entre dois ou mais atores na ordem internacional, na qual não há, contudo, uma redução necessária das assimetrias entre eles nem a diminuição das possibilidades de conflito.

    Em resposta a recursos dos candidatos contra o gabarito, a banca afirmou que " a dependência mútua pressupõe, de acordo com Keohane e Nye (2001), que qualquer ação de um ator produzefeito, em maior ou menor grau, nos demais atores que estão sujeitos a essa situação. O efeito dessa ação varia de acordo com os conceitos de sensibilidade (o impacto dessa ação) e de vulnerabilidade (a capacidade de responder a essa ação), o que pode resultar em assimetrias mesmo em um arranjo interdependente. Assim, um determinado ator pode ser altamente sensível e vulnerável a uma decisão tomada por outro ator. Por exemplo, a elevação de tarifas comerciais por parte do segundo ator pode prejudicar o primeiro, o qual poderia registrar uma queda das exportações, sem a alternativa de buscar outros parceiros comerciais para reagir a essa queda. Esse exemplo demonstra a persistência, não a redução, de assimetrias".

  • Agora entendi mais nada !

  • A típica questão que só quem não estudou vai acertar. Parabéns à banca.
  • Acredito que o erro está nesta parte: “reduz as assimetrias entre eles, diminui as possibilidades de conflito e eleva as possibilidades de cooperação”.

  • Errado.

    A interdependência complexa é um conceito-chave da teoria neoliberal das Relações Internacionais. Esse conceito é definido como uma situação de dependência mútua entre dois ou mais atores, a qual reduz as assimetrias entre eles, diminui as possibilidades de conflito e eleva as possibilidades de cooperação.

    A interdependência complexa está bem definida no item, mas não há necessariamente uma redução da assimetria entre os atores.

  • A interdependência complexa relaciona-se com 3 elementos:

    • Multiplicação dos canais de contato
    • Ausência de hierarquia entre temas das relações internacionais
    • Possibilidade de redução de conflitos

    Não há relação com redução de assimetrias (elas persistem, mas mais interligados).