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Não se pode dizer que não haviam rotas comerciais internas na América Portuguesa, elas existiam, tanto por terra quando por vias fluviais, ainda que fossem escassas. Destacam-se os bandeirantes com suas bandeiras que muito contribuiram para a expansão do território brasileiro.
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A ausência de rotas comerciais internas na América Portuguesa dificultou o controle do território e resultou no isolamento das capitanias, que tratavam quase que exclusivamente com a sede do governo colonial e a metrópole europeia.
A dificuldade do controle do território brasileiro dava-se por sua grande extensão marítima. Portugal não dispunha de uma frota de navios que fiscalizasse toda a costa de sua colônia ultramar. Além disso, não dispunha de contingente de pessoas para ajudar nesses trabalhos. Foi assim que o país dividiu seu território em capitanias: a iniciativa privada foi importante para a implementação da colonização territorial e, por meio dela, tentar proteger e produzir no território, evitando invasões estrangeiras (principalmente a francesa).
Além disso, havia sim alguma rota de comercio interno entre as capitanias, mas a mais usual era via marítima.
ERRADO.
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Na realidade o erro da proposição está em incluir a sede do governo colonial às relações das capitanias. O isolamento era tanto entre elas que Salvador tinha dificuldade de se ligar às outras sedes de capitania. Estas quase que exclusivamente tratavam diretamente com a metrópole europeia.
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Os três principais centros econômicos, a faixa açucareira, a região mineira e o Maranhão, interligavam-se, se bem que de maneira fluida e imprecisa, através do extenso hinterland pecuário.
Celso Furtado - Formação Econômica do Brasil
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Trecho retirado do livro "História do Brasil", de Bóris Fausto. 14 Ed., 2013, paginas 43 e 44:
"A instituição de um Governo-geral representou um esforço de centralização administrativa, mas isso não significa que o governador-geral detivesse todos os poderes, nem que em seus primeiros tempos pudesse exercer uma atividade muito abrangente. A ligação entre as capitanias era bastante precária, limitando o raio de ação dos governadores. A correspondência dos jesuítas dá claras indicações desse isolamento. Em 1522, escrevendo da Bahia aos irmãos de Coimbra, o padre Francisco Pires queixa-se de só poder tratar de assuntos locais, porque "às vezes passa um ano e não sabemos uns dos outros, por causa dos tempos e dos poucos navios que andam pela costa e às vezes se veem mais cedo navios de Portugal que das capitanias". Um ano depois, metido no sertão de São Vicente, Nóbrega diz praticamente a mesma coisa: "Mais fácil é de vir de Lisboa recado a esta capitania que da Bahia".
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"Ausência de rotas comerciais internas": charque do sul para área mineradora; comércio de escravos; ouro transportado das minas até o Rio de Janeiro.
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Faltaram maiores referências a qual período da história colonial da América Portuguesa se está falando. Se consideramos principalmente os séculos XVI e XVII a afirmação está correta, se consideramos o século XVIII está errada.
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Naquela época, havia rotas comerciais na América Portuguesa.
GAB: E.
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Como dito pelo Tulio, o erro da questão não está em dizer que não havia rotas comerciais internas, porque isso é verdade, mas em dizer que as capitanias tratavam com a sede do governo colonial (Salvador), quando tratavam diretamente com Lisboa. Como bem diz o Bóris Fausto, a ligação entre as capitanias era precária, e era mais fácil virem notícias de Lisboa que de Salvador.
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INCORRETA
QUESTÃO: A ausência de rotas comerciais internas na América Portuguesa dificultou o controle do território e resultou no isolamento das capitanias, que tratavam quase que exclusivamente com a sede do governo colonial e a metrópole europeia.
EXPLICAÇÃO: EXISTIA ROTAS COMERCIAIS, MAS O QUE DIFICULTOU FOI A GRANDE EXTENSÃO MARÍTIMA, ONDE NÃO DAVA CONTA DE FISCALIZAR TODA ÁREA
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Desde o século XVIII, havia rotas comerciais consolidadas na América portuguesa. Jorge Caldeira analisa detalhadamente as interações entre elas, destacando inclusive que elas possuíam dinâmica independente dos ciclos econômicos da Europa. A título de exemplo:
- Rotas de gado e tropas entre Sul (desde Continente de São Pedro, Santa Catarina e Paraná) em direção às feiras de gado em São Paulo, especialmente Sorocaba.
- Rotas marítimas para comércio entre os portos de Rio Grande (vendiam velas, navios, charque) e RJ (escravos e manufaturas importadas), Santa Catarina (comércio de óleo de baleia) e RJ (idem), RJ e Salvador (manufaturas e escravos), Recife e São Luís (escravos e manufaturas).
- Rotas terrestres de gado da civilização do couro (Capistrano de Abreu), ligando desde o Maranhão e Piauí até Ceará (onde, no final do XVIII, se instalam charqueadoras e comércio marítimo em Aracati). Do Ceará, os couros, gado e charque eram escoados por rotas internas pela Paraíba (até Monteiro) e Pernambuco.
- Rotas terrestres entre interior da Bahia e MG (onde, após a decadência do ouro, a produção de alimentos se expande).
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Errado. No livro Navegantes, Bandeirantes e Diplomatas, por exemplo, o autor menciona as monções paulistas e monções cuiabanas, rotas de comércio e captura de índios pelo interio da América Portuguesa
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ERRADO:
Nesse período, as principais rotas comerciais estavam voltadas no trânsito entre a Ásia (China, Pérsia, Japão e Índia) e as nações mercantilistas européias. Parte desse câmbio de mercadorias era intermediada pelos muçulmanos que, via Mar Mediterrâneo, introduziam as especiarias orientais na Europa.
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Existiam as monções paulistas e monções cuiabanas, rotas de comércio e captura de índio.