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ID
2790610
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As disputas entre D. Pedro I e a Câmara dos Deputados marcaram o Primeiro Reinado e resultaram na abdicação do imperador. Acerca do Primeiro Reinado e do período da Regência, julgue (C ou E) o item subsequente.


A política exterior adotada pelo Império no Primeiro Reinado recebeu duras críticas da Câmara dos Deputados. A condução da Guerra Cisplatina, o envolvimento com as questões da sucessão portuguesa e os termos dos tratados de amizade foram retratados na tribuna como fruto do governo pessoal e centralizador de D. Pedro I. 

Alternativas
Comentários
  • Questão CORRETA.

    O Primeiro Reinado foi alvo de críticas da população em geral. Foi um período marcado pelo aumento do poder político do Imperador através da Constituição de 1824, com a instituição do poder moderador, evidenciando o caráter despótico e autoritário de um governo que prometeu ser liberal. Fatos que geraram novas revoltas, insulflaram antigas, e levram à instabilidade o país (recém independente). Em 1825, a derrota na Guerra Cisplatina produziu danos políticos e econômicos. Problemas com importações, baixa arrecadação de impostos, dificuldade na cobrança por causa da extensão territorial, produção agrícola em baixa, causada pela crise internacional, levaram o Brasil a uma queda econômica bastante acentuada.

  • As questões da guerra da Cisplatina: a guerra trouxe inúmeras dívidas para o governo, instabilidade econômica e produziu danos políticas devido a sua derrota.

    Questões sucessórias no trono português: quando o pai de D. Pedro I morre, o filho passa a concentrar seus esforços e sua atenção nas questões sucessórias do trono português, preocupando o pessoal da elite, o ápice chega no momento em que o irmão, D. Miguel aplica um golpe e sucede a rei em Portugal.

    Gabarito: Certo

  • Questão correta.

    A política externa do Primeiro Reinado inicialmente atuou para conseguir o reconhecimento da independência no plano internacional. No entanto, a insistência do Imperador em manter gastos militares em razão da Guerra da Cisplatina, a possibilidade de união dos reinos do Brasil e de Portugal após morte de D. João VI e os grandes déficits gerados em razão dos tratados desiguais acabaram aumentando ainda mais a insatisfação da população, em especial das elites, com a ações tomadas por D. Pedro I. Além disso, a condução da política interna também deixou a desejar, principalmente depois que a Constituição de 1824 foi outorgada, quando o Poder Moderado foi instaurado e o Imperado passou a concentrar uma maior quantidade de poder em suas mãos. Todos esses acontecimentos contribuíram para que boa parte do apoio que D. Pedro possuía ao declarar a independência ficasse contra ele, inversão essa que acabou resultando na sua abdicação em 1831.

  • A política exterior adotada pelo Império no Primeiro Reinado recebeu duras críticas da Câmara dos Deputados. A condução da Guerra Cisplatina, o envolvimento com as questões da sucessão portuguesa e os termos dos tratados de amizade foram retratados na tribuna como fruto do governo pessoal e centralizador de D. Pedro I.

    Certo

    Dom Pedro investiu muito nas questões da política centralizadora com o poder moderador, exclusivo do imperador, envolvendo fatores como: condução da Guerra Cisplatina, o envolvimento com as questões da sucessão portuguesa e os termos dos tratados de amizade

  • Palavras da professora do vídeo:

    A condução da Guerra da Cisplatina (hoje Uruguai) por Dom Pedro I fez com que ele perdesse a província, território altamente estratégico pelo fato de dar acesso a três rios navegáveis (rio Paraná, rio Paraguai e rio Uruguai). No caso da sucessão, morre Dom João VI e Dom Pedro I era herdeiro, ele abdica do trono português para sua filha Maria da Glória (menor de idade) e envia ela para Portugal e envia seu irmão como regente para Portugal, o que não é bem aceito porque sua filha que seria rainha quando chegasse a maior idade. E os termos de tratado de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação com a Inglaterra, foram renovados em 1827 que são profundamente desfavoráveis ao Brasil mas favorável a Portugal, portanto, sofre várias críticas como fruto de interesse de Dom Pedro I e do governo personalista e centralizador.