SóProvas


ID
2790652
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a célebre frase de Karl Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios”, julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito da participação brasileira no Teatro da Guerra ao longo de sua história.


Os preparativos para a participação das tropas brasileiras na Segunda Guerra Mundial restringiram-se à formação dos combatentes e aos contratos de fornecimento de material bélico por parte dos Estados Unidos da América.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    "O envolvimento direto do Brasil na Guerra e o envio da Força Expedicionária Brasileira (FEB) é, segundo Gerson Moura, uma outra conquista certamente a última relevante, que o governo Vargas conseguiu junto aos Estados Unidos. Não fazia parte do plano aliado aceitar contribuição direta, na forma de destacamentos humanos dos países latino-americanos, mas Vargas assim insistiu. A logística era insana, o transporte custoso, a comunicação complexa – a língua portuguesa não era falada por nenhum dos países aliados, até a tradução tinha que ser providenciada. Churchill sugeria que fossem enviados enfermeiros, médicos, suporte, mas para Vargas tratava-se de prestígio internacional, essencial às negociações do pós-guerra da qual o Brasil não poderia ser alijado como aliado combatente.
    O elemento mais relevante, contudo, que levava o governo brasileiro a querer participar diretamente do conflito, era, sem dúvida, o reaparelhamento das Forças Armadas. Como aliado não combatente, o país era crescentemente desconsiderado pelo Departamento de Estado como destino para o envio de material bélico, apesar da nossa inclusão no Lend and Lease. Tal desfavorecimento era compreensível dada a necessidade, inequivocamente maior, dos chineses, britânicos, gregos ou russos. O único modo de sair do fim da fila era enviar tropas para Europa, consideração que não escapou ao alto comando."

     

    (Prof. João Daniel Lima de Almeida, Manual do Candidato de História do Brasil, Ed. FUNAG, 2013, p. 399-400).

  • Contra a vontade dos americanos, o governo brasileiro desejava enviar soldados para o conflito. Após acordo com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, Vargas conseguiu a modernização das Forças Armadas Brasileiras e a concessão de empréstimos para construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda/RJ.

    Resposta: Errado

  • "O Centralismo presidencial pôde ser observado na Cúpula de Natal entre Vargas e o presidente Franklin Roosevelt, em 28 de Janeiro de 1943. Sob o pretexto do sigilo necessário por questões de segurança, Vargas viajou acompanhado de apenas dois ajudantes e dispensou a presença de seus ministros das Relações Exteriores dos EUA, Jefferson Caffery, o vice-almirante Jonas Ingram, comandante de Transporte Aéreo, adido naval norte-americano no Rio, Augustin Beauregard, e alguns assessores militares. As autoridades do Rio Grande do Norte só souberam da presença dos presidentes quando os dois iniciaram visita às instalações militares no jipe n.7 do Exército dos EUA. Nessa ocasião foi tirada a foto mais famosa da cúpula, entre sorrisos e conversas descontraídas. Os dois presidentes visitaram a base área de Parnamirim e discutiram a contribuição brasileira ao esforço de guerra. Vargas expressou sua determinação em promover a adesão do Brasil às Nações Unidas e ainda acenou com o eventual envio de tropas aos territórios portugueses de Açores e Madeira. Fez questão de lembrar a Roosevelt, contudo, que o Brasil ia precisar de equipamentos dos EUA para as forças militares brasileiras. Essa expectativa de contar sempre com o auxílio norte-americano estava no cerne da estratégia, como pensava, por exemplo, Oswaldo Aranha, na chefia do Itamaraty desde 1938." Eugênio Vargas Garcia

    *Doutrina Aranha

  • O Brasil recebeu também uma generosa quantia dividida entre as Forças Armadas (salvo engano de 200.000,00 dólares dividido da seguinte forma: 100 mil para o Exército, 50 mil Marinha e 50 mil Aeronáutica) além da criação da Base Naval de Parnamirim-RN.

  • "A COBRA FUMOU TAMBÉM"... UM FILHO BRASILEIRO NÃO FOGE A LUTA...