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ID
2790814
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

 Com a inflação piorando mês a mês, o presidente lançou, no fim de 1962, um plano preparado por Celso Furtado, ministro extraordinário para assuntos de desenvolvimento econômico. O objetivo era conciliar crescimento com reformas sociais e combate à inflação. Segundo Furtado, o desafio era demonstrar, “contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva”. (…)

   [O plano] adotava a visão estruturalista da CEPAL. Enfatizava a substituição de importações como meio de ampliar o processo de industrialização. Furtado acreditava que a crise econômica derivava do modelo de desenvolvimento, mas a solução não estaria no abandono, e sim no “aprofundamento do modelo, ou seja, com a ampliação do mercado interno, através da reforma agrária e de outras políticas voltadas à redistribuição de renda”

M. da Nóbrega. O futuro chegou. São Paulo: Globo, 2005, p. 265 (com adaptações)


Tendo o texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item subsecutivo, acerca da história da economia brasileira no período de 1962 a 1967.


Entre as reformas políticas e econômicas adotadas para viabilizar o sucesso do plano, destacam-se a criação do Conselho Monetário Nacional e a do Banco Central, em substituição à SUMOC na função de normatizar e regular o sistema financeiro e executar a política monetária do governo federal.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    O Conselho Monetário Nacional foi criado no mesmo dia em que o BACEN, durante o PAEG em 31 de dezembro de 1964. Portanto, não faz parte do Plano Trienal. É preciso atentar aos papéis desses organismos. O CMN é uma estrutura normativa ao passo que o Bacen é um organismo executor e fiscalizatório da política monetária e do sistema financeiro nacional.

     

    (Prof. Marcello Bolzan).

  • Errada.

    Tanto o CMN quanto o Bacen foram criados no PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo - governo do Castelo Branco) e não no plano trienal do João Goulart.

  • O preâmbulo da questão trata de outro Plano Econômico, o Plano Trienal, conforme podemos observar no livro de Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio Giambiagi, a decisão de lançar o Plano Trienal teve como pano de fundo a queda da taxa de crescimento da economia em 1962 (para 6,6%, contra 8,6% em 1961), bem como o agravamento do quadro inflacionário (com a inflação, medida pelo IGP, atingindo 6,3%, ou mais de 100% anualizados, em dezembro de 1962). Lançado oficialmente em 30 de dezembro de 1962, seu objetivo mais geral era conciliar crescimento econômico com reformas sociais e o combate à inflação. Nas palavras de Furtado, o Plano Trienal era um desafio, que visava demonstrar “(...) contra a ortodoxia dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva".

    Enquanto o comando da questão trata das reformas estruturais — do sistema financeiro, da estrutura tributária e do mercado de trabalho, nos anos 1964-67, que criou o Conselho Monetário Nacional (CMN), em substituição à Superintendência da Moeda e do Crédito - Sumoc, com função normativa e reguladora do sistema financeiro e o Banco Central do Brasil (Bacen), como executor das políticas monetária e financeira do governo, em 1964.

    Gabarito: Errado.


  • RESOLUÇÃO:

    Errado!

    Vimos que o texto da questão faz referência ao Plano Trienal, elaborado por Celso Furtado no governo João

    Goulart.

    Ocorre que as grandes reformas no sistema financeiro da época acontecerem um pouco depois, sob outro

    governo e outro plano econômico.

    As criações do Conselho Monetário Nacional e a do Banco Central se deram em 1964, já no primeiro governo

    do Regime Militar, o de Castello Branco.

    Resposta: E