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ERRADO.
O combate à inflação, durante o plano Trienal, não contou com congelamentos de preços. O diagnóstico realizado pela equipe foi de inflação tradicional, ou seja, de demanda. Para estabilizar preços contrações de demanda foram adotadas ao mesmo tempo que que se buscava o aprofundamento do PSI para aumento da oferta e reativação da capacidade ociosa existente desde o Plano de Metas. O objetivo era estancar a demanda no patamar em que estava e fazer a oferta crescer, motivando uma estabilização com crescimento econômico.
(Prof. Marcello Bolzan).
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ERRADO
"A fim de conter a escalada dos preços, propunha-se um conjunto de medidas comumente presentes em planos de estabilização de cunho ortodoxo, a saber: a correção de preços públicos defasados, o realismo cambial, corte de despesas, controle da expansão do crédito ao setor privado e aumento compulsório sobre depósitos à vista". (Economia Brasileira Contemporânea, GIAMBIAGI, 1945-2010, p.42)
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Errada.
O Plano Trienal não trouxe congelamento de preços. Ele previa até algumas medidas de controle de crédito, de aumento de compulsório, de alguma contenção de demanda, etc., mas não de congelamento de preços.
Comentário do Professor Daniel Sousa
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Segundo o
livro Economia Brasileira Contemporânea, a decisão de lançar o Plano Trienal
teve como pano de fundo a queda da taxa de crescimento da economia em 1962
(para 6,6%, contra 8,6% em 1961), bem como o agravamento do quadro
inflacionário (com a inflação, medida pelo IGP, atingindo 6,3%, ou mais de 100% anualizados, em dezembro de
1962). Lançado oficialmente em 30 de
dezembro de 1962, seu objetivo mais geral era conciliar crescimento
econômico com reformas sociais e o combate à inflação. Nas palavras de Furtado,
o Plano Trienal era um desafio, que visava demonstrar “(...) contra a ortodoxia
dos monetaristas, esposada e imposta pelo FMI, que era possível conduzir a
economia com relativa estabilidade sem impor-lhe a purga recessiva".
Diante disso, podemos afirmar que a primeira parte
da questão está correta, para controlar a inflação, que atingia o equivalente a
100% ao ano já no final de 1962, todavia o plano em questão NÃO incluía o
congelamento dos preços de bens de consumo durante um ano, como exemplo de
plano de congelamento de preços, podemos citar o Plano Cruzado, os preços de
todos os produtos ficavam congelados, a partir de 28 de fevereiro. Para o
controle do congelamento, foi criada a “Tabela da Sunab" (Superintendência
Nacional de Abastecimento e Preços), que consistia numa lista de preços a ser
respeitada — sob a vigilância da população, designada “fiscal do presidente".
As instituições que não respeitassem o tabelamento de preços seriam multadas,
através de denúncia pública, como “crime contra a economia popular".
Fonte: Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio
Giambiagi.
Gabarito:
Errado.
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Não havia previsão de congelamento de preços no Plano Trienal.
Lançado em 30 de dezembro de 1962 (ainda regime parlamentarista) e liderado pelo Min. do Planejamento Celso Furtado, o plano identificava a inflação como de demanda (diagnóstico ortodoxo) e enumerava objetivos de:
1) manter uma elevada taxa de crescimento do produto; (meta 7%)
2) reduzir de forma gradual o processo inflacionário -> gradualismo
3) reduzir o elevado custo social, característico do desenvolvimento brasileiro, melhorando a distribuição de seus benefícios;
4) intensificar a ação do governo nos campos da educação, pesquisa, tecnologia e saúde pública;
5) reduzir as desigualdades regionais;
6) eliminar progressivamente os “entraves institucionais” à continuidade do desenvolvimento (dentre esses “entraves” destacava-se a estrutura agrária); -> ponto mais polêmico, valendo o rompimento oficial do PSD com o governo em 10 de março de 1964, o que permitiu o golpe em 31 de março.
7) refinanciar a dívida externa; -> não conseguiu
8) assegurar ao governo uma unidade de comando crescente dentro de sua própria esfera de ação.