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ERRADO.
Na realidade, o que motivou a indústria foram choques adversos e transbordamentos ao longo das décadas de 30 e 40 do século passado. Além disso, a industrialização se dá de forma fechada no Brasil, por uma estrutura de PSI. Para manter os lucros do café, a maquina pública foi utilizada. O que motivou a mudança do eixo dinâmico foram os choques em essência.
(Prof. Marcello Bolzan).
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Errado.
À época, o objetivo brasileiro era o abastecimento do mercado interno, ou seja, não havia preocupação em se estabelecer uma política industrial que favorecia bens com forte desempenho no mercado internacional; a preocupação era com o mercado interno e não com o mercado internacional.
Comentário feito com base na explicação do professor Daniel Sousa.
"... a recuperação da economia brasileira, que se manifesta a partir de 1933, não se deve a nenhum fator externo, e sim à política de fomento seguida inconscientemente no país e que era um subproduto da defesa dos interesses cafeeiros".
Celso Furtado - Formação Econômica do Brasil.
Obs.: até então a década de 30, o eixo dinâmico da economia brasileira era o setor externo e a partir desse momento realizou-se o “Deslocamento do Eixo Dinâmico” do setor externo para o setor interno. O Brasil não podia mais ser tão vulnerável aos acontecimentos internacionais, seria o mercado interno que faria o Brasil crescer.
lembrar que ao longo dos anos 30 a tendência global era de fechamento. Nessa época o crescimento do PIB dos países era maior que o do comércio. O comércio internacional fechou, inclusive, diminuiu na década de 30. Assim, o Brasil estava alinhado com o resto do mundo nesse ponto.
Comentário feito com base na aula do professor Daniel Sousa.
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Lembrando que o processo de industrialização no Brasil teve influência da crise de 29, pois as exportações de café diminuíram substancialmente e a importação de bens de alto valor agregado se tornou mais difícil, forçando o país a produzir internamente produtos que antes importava, fechando a economia para não se tornar vulnerável a outras crises. Em nada tem a ver com deterioração dos meios de troca.
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RESOLUÇÃO:
Muito errado!
Durante algumas décadas do século XIX e durante as primeiras do século XX, os termos de troca estiveram
bastante vantajosos para um país de perfil agroexportador.
Ou seja, a tendência à deterioração dos termos de troca não afetou as economias latino-americanas durante
todo o século XIX em seu período agroexportador, simplesmente porque não houve esta tendência.
Esta deterioração ocorreu justamente a partir da crise de 1929 e a Grande Depressão.
E este foi justamente um grande motivo (propulsor) para que o Brasil abandonasse o modelo agroexportador
na década de 1930.
Aliás, especialmente o final do século XIX e o início do século XX foram períodos em que os termos de troca,
em média, estavam bastante vantajosos para os países agroexportadores.
Inclusive, este período marcou a famosa "Belle Époque" argentina, quando o país se tornou mundialmente
famoso por sua riqueza.
Resposta: E
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A partir da década de 30 se inicia o processo de substituição de importações. Devido a queda do preço do café e a dificuldade para gerar divisas, os produtos importados ficam muito caros e favorecem a produção industrial nacional.
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Os preços relativos podem constituir sena subestimativa das rentabilidades relativas. Os cafeicultores paulistas produziam enormes quantidades de café, pelas quais percebiam tão-só um pagamento simbólico representado pelos 2 e 5 mil-réis por saca da quota de sacrifício. O caso dos cotonicultores era bem diferente. O surto algodoeiro foi mais uma prova do fato de os agricultores paulistas serem decididamente motivados pelos lucros. 488 Durante a década de 1930, o Brasil reproduziu, em poucos anos e em menor escala, o que a Colômbia fizera no caso do café. Os cotonicultores eram exatamente os mesmos indivíduos que se dedicaram à cultura do café. Logo, a alegação de que faltou motivação empreendedora é discutível. Tal alegação é uma das bases da escola estruturalista. O fato é que um mercado submetido a contrôles governamentais durante longos anos só pode produzir elementos humanos letárgicos e ineficientes. Logo, foram os contrôles governamentais, e não as deficiências empresariais, a causa da deterioração da vantagem comparativa do Brasil em matéria de produção de café.