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"Resumidamente, os processos político-organizativos no trabalho com famílias implica em ações que privilegiem e incrementem a discussão da relação família e proteção social na esfera pública, visando o rompimento com a ideologia vigente da família como responsável da proteção social, buscando a garantia e ampliação dos direitos sociais. Ações que considerem não só as necessidades imediatas, mas prospectam, a médio e a longo prazos, a construção de novos padrões de sociabilidade entre os sujeitos. As ações nesse âmbito possuem caráter coletivo e dentre elas destacam-se as de assessoria e mobilização junto às famílias, aos conselhos de direitos e aos movimentos sociais organizados. Os processos de planejamento e gestão vinculam o conjunto de ações profissionais desenvolvidas com enfoque no planejamento institucional como instrumento de gestão e gerência de políticas e serviços. Buscam o deslocamento do foco do atendimento dos objetivos institucionais para o atendimento das necessidades das famílias. Nesse sentido é fundamental a interferência no sentido de construir práticas efetivas de intersetorialidade, ou de gerir as relações interinstitucionais na busca de aliviar a carga de trabalho impingida pelos serviços às famílias. Ou seja, para reverter o processo de responsabilização da família pelo cuidado, prática tão naturalizada no âmbito de equipes multidisciplinares. Finalmente os processos sócio-assistenciais correspondem as ações profissionais desenvolvidas diretamente com as famílias. Sua lógica reside em atendê-las enquanto sujeitos e não como objetos terapêuticos. Assim, busca-se responder às suas demandas/necessidades numa perspectiva de construção da autonomia. Autonomia que lhes permitam um engajamento ativo no contexto da participação política."
Fonte: Família, trabalho com famílias e Serviço Social - Regina Célia Mioto
http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/trabalho-com-familia-e-servico-social.pdf
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Ótima a referência citada pela colega, porém, não diria que as demais alternativas estão erradas, o mesmo texto de onde foi retirada abre essa interpretação, por exemplo, quando fala:
"Buscam o deslocamento do foco do atendimento dos objetivos institucionais para o atendimento das necessidades das famílias." > comentário esse que se refere ao planejamento e gestão, fariam a letra a) ratificar essa ideia. a)ações profissionais desenvolvidas diretamente com as famílias e sua lógica reside em atendê-las como sujeitos.
Fiquei com dúvidas.
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Achei que as letras A e B, poderiam estar corretas, inclusive de acordo com a citação da colega Anna. Buguei nesta questão.
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Conforme comentário anterior. Acredito que poderia ser alternativa A ou D.
A - Sua lógica reside em atendê-las enquanto sujeitos e não como objetos terapêuticos.
D- Esse sentido é fundamental a interferência no sentido de construir práticas efetivas de intersetorialidade, ou de gerir as relações interinstitucionais na busca de aliviar a carga de trabalho impingida pelos serviços às famílias.
Fonte: Família, trabalho com famílias e Serviço Social - Regina Célia Miotohttp://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/trabalho-com-familia-e-servico-social.pdf
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Indiquem esta questão para comentário!
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Mioto (2010) ao trazer a análise sobre "Família, trabalho com famílias e Serviço Social" compreende que a ação profissional deve ser pensada na sua teleologia, isso implica uma "perspectiva da integralidade das ações articuladas em diferentes níveis. Esses níveis seriam: proposição, articulação e avaliação de políticas sociais, organização e a articulação de serviços e atendimento a situações singulares" [...] sendo que essa articulação "nesses diferentes níveis requer o encaminhamento de diferentes ações profissionais que se estruturam em três grandes processos:
processos político-organizativos; processos de gestão e planejamento e processos sócio-assistenciais.
Logo, a partir das alternativas que o examinador pontou o candidato teria que diferenciar os processos.
Letra A. Processos sócio-assistenciais;
Letra B. Processos político-organizativos;
Letra C. Processos político-organizativos;
Letra D. Os processos de planejamento e gestão vinculam o conjunto de ações profissionais desenvolvidas com enfoque no planejamento institucional como instrumento de gestão e gerência de políticas e serviços. Buscam o deslocamento do foco do atendimento dos objetivos institucionais para o atendimento das necessidades das famílias. Nesse sentido é fundamental a interferência no sentido de construir práticas efetivas de intersetorialidade, ou de gerir as relações interinstitucionais na busca de aliviar a carga de trabalho impingida pelos serviços às famílias. Ou seja, para reverter o processo de responsabilização da família pelo cuidado, prática tão naturalizada no âmbito de equipes multidisciplinares.
Letra E. Processos político-organizativos.
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Para resolver essa questão precisamos ter o entendimento do que são processos político organizativos; de planejamento e gestão e sócio-assistenciais. Assim, vamos passar cada uma das alternativas.
A) ações profissionais desenvolvidas diretamente com as famílias e sua lógica reside em atendê-las como sujeitos.
Esse item é sócio-assistencial.
B) metodologias que privilegiem e incrementem a discussão da relação família e proteção social na esfera pública.
Esse item é político-organizativo.
C) ações que possuam caráter coletivo de assessoria e mobilização junto às famílias e aos movimentos sociais organizados.
Esse item também é político-organizativo.
D) práticas efetivas de intersetorialidade para reverter o processo de responsabilização da família pelo cuidado.
Essa é uma prática de planejamento e gestão. É a nossa resposta.
E) políticas que rompam com a ideologia da família como responsável da proteção social, buscando a ampliação dos direitos sociais.
Por fim, esse item também trata do processo político-organizativo.
RESPOSTA: LETRA D
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Gab. D
Práticas efetivas de intersetorialidade para reverter o processo de responsabilização da família pelo cuidado.
Os processos de planejamento e gestão vinculam o conjunto de ações profissionais desenvolvidas com enfoque no planejamento institucional como instrumento de gestão e gerência de políticas e serviços. Buscam o deslocamento do foco do atendimento dos objetivos institucionais para o atendimento das necessidades das famílias. Nesse sentido é fundamental a interferência no sentido de construir práticas efetivas de intersetorialidade, ou de gerir as relações interinstitucionais na busca de aliviar a carga de trabalho impingida pelos serviços às famílias. Ou seja, para reverter o processo de responsabilização da família pelo cuidado, prática tão naturalizada no âmbito de equipes multidisciplinares.
Disponível em: http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/trabalho-com-familia-e-servico-social.pdf
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Cadê o professor?