"Pensar a família no campo da proteção social implica reconhecer que a familia na sua dimensão simbólica, na sua multiplicidade, na sua organização é importante à medida que subsidia a compreeensão sobre o lugar que lhe é atribuido na configuração da proteção social de uma sociedade, em determinado momento histórico. Particularmente, como ela é incorporada à política social, quais famílias são incorporadas e em quais políticas e os impactos que essas políticas tem na vida da famílias. Como afirma Esping-Andersen a forma de gerir e distribuir os riscos sociais entre o Estado, o mercado e a família faz uma grande diferença nas condições de vida de uma população (Esping-Andersen, 2000). Portanto para pensar em trabalho com famílias é importante reconhecer quais as tendências predominantes na incorporação da família no campo da política social enquanto seu sujeito destinatário. A grosso modo, temos indicado que atualmente existem duas grandes tendências em disputa nesse campo que vimos denominando de proposta familista e de proposta protetiva."
Fonte: Família, trabalho com famílias e Serviço Social - Regina Célia Mioto
http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/trabalho-com-familia-e-servico-social.pdf
Complementando a Anna:
Proposta familista
Existem dois canais naturais para satisfação das necessidade dos indivíduos: a família e o mercado.
Somente quando esses falham, ocorre a interferência do Estado, de forma transitória.
Ideia embutida na incorporação da família na política social é a de falência da família. Ou seja, a política pública acontece prioritariamente, de forma compensatória e temporária.
Menor provisão de bem-estar por parte do Estado.
Proposta protetiva
Oposta à proposta familista.
Proteção se efetiva por meio da garantia de direitos sociais universais,
Consolidação da cidadania e caminho para a equidade e a justiça social.
http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/trabalho-com-familia-e-servico-social.pdf