E)
2. Arranjo
Na organização de “arquivos permanentes”, significa ordenar os documentos em fundos, as séries dentro dos fundos, e, se for conveniente, os itens documentais dentro das séries.
A partir da análise das estruturas, funções ou atividades da entidade produtora e do estudo do acervo, podemos definir o quadro de arranjo nos arquivos de 3a idade, com as seguintes divisões: Fundo, Grupo ou Seção, Subgrupo ou Subseção, Série e Subsérie (hierarquicamente o fundo se sobrepõe às demais divisões).
As tarefas de arranjo são de 2 tipos: intelectuais e físicas. As primeiras compreendem a análise documental no que tange a sua forma, conteúdo e origem funcional. As segundas referem-se à arrumação dos papéis nos locais adequados, seu empacotamento, entre outras.
Quando o arquivista trata de documentos, ele obedece ao princípio básico da Arquivologia chamado proveniência dos arquivos (ou respect des fonds ou provenance: o arquivo produzido por uma entidade não deve ser misturado aos de outras entidades geradoras.
O princípio da proveniência deve ser observado na organização dos arquivos correntes, intermediários e permanentes (ele é considerado a base da arquivística).
Obs.:
1a) Fundo – Conjunto de documentos de uma mesma proveniência. Um fundo pode ser aberto ou fechado. Fundo aberto recebe novos documentos, pois a entidade produtora continua em atividade. Fundo fechado não pode receber acréscimo de documentos, porque a entidade produtora não se encontra mais em atividade.
2a) No seu manual de arranjo e descrição de arquivos, os arquivistas holandeses mencionam diversas regras inerentes a esse tema, entre as quais destacamos, resumidamente:
a) todo conjunto deve ser metodicamente arranjado, em ordem de: procedência, data, número, assunto e nome;
b) o método de arranjo deve ser sempre baseado na primitiva organização;
c) no arranjo de um documento deve, portanto, ser estabelecida, tanto quanto possível, a ordem originária;
d) caso o documento original esteja em boas condições, cópias espalhadas podem ser destruídas;
e) documentos desaparecidos de um conjunto, quando a ele retornam, podem reassumir o seu lugar, se ficar bem clara a sua origem.
Questão retirada do livro da Bellotto.
"Assim, como aponta o professor David Gracy II, o arquivista analisa o material em termos de:
- proveniência;
- história da entidade ou biografia do indivíduo produtor dos documentos;
- origens funcionais - atividades específicas das quais os documentos resultam;
- conteúdo - a extensão dos vários tópicos, eventos e períodos;
- tipos de material.
Conhecedor da origem que dita o fundo; da evolução institucional que lhe permite detectar alterações, acréscimos e supressões de órgãos internos; das funções que ditam a própria tipologia, será possível ao arquivista organizar adequadamente o material."
Fonte: Livro Arquivos Permanentes (ed 4, pág 142)