Jornal do Brasil - "Jornal das cozinheiras" (1930-1959)
Já na década de 1930, o jornal sofria com a censura e com problemas econômicos. Em 1934, Pereira Carneiro nomeou José Pires do Rio como diretor-tesoureiro, e este promoveu uma série de reestruturações que fizeram o Jornal do Brasil dar menos enfoque ao conteúdo e mais enfoque aos anúncios, sobretudo aqueles de serviços domésticos, que abarrotavam as páginas levando o jornal a uma queda vertiginosa de qualidade e a ser apelidado de "jornal das cozinheiras". Para não sofrer ainda mais com a censura, principalmente depois do início do Estado Novo em 1937, o Jornal do Brasil teve que apoiar o novo regime, mantendo relações cordiais com o Departamento de Imprensa e Propaganda e apoiando as reformas trabalhistas e econômicas do presidente.
Essa foi a fase de menor prestígio da história do jornal, que teve que se alinhar com os políticos governistas para se manter, tal como aconteceu nos seus primeiros anos de existência. O Jornal do Brasil perdeu também algumas de suas características marcantes, como as ilustrações, que foram substituídas pelas fotografias, e diminuiu seu papel de grande noticioso do país. Na década de 1950, o conde Pereira Carneiro se afasta do jornal por conta da sua saúde debilitada, vindo a falecer em 1954. O Jornal do Brasil então passa a ser de propriedade da sua esposa, a condessa Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, que nomeia o seu genro, Nascimento Brito, o novo diretor-executivo do jornal.
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