Distribuição de Dormentes
Os dormentes devem ser assentados, perpendicularmente, aos trilhos tanto em tangente como nas curvas.
O espaçamento entre dormentes depende de fatores tais, como:
- Cargas dos veículos;
- Velocidade dos trens;
- Densidade do tráfego;
- Natureza da plataforma da via (qualidade);
- Raio das curvas.
Chama-se “densidade de dormentação” ou “taxa de dormentação”, à quantidade de dormentes distribuídos por quilômetro de via. Esta taxa de distribuição dos dormentes é função do peso médio das composições que trafegam na via.
Assim: - Europa (trens mais leves) – 1 500 a 1 700 pç/km; - EUA e Brasil (trens mais pesados) – 1 600 a 1 850 pç/km. 133 Se for maior que 2 000 pç/km, a “socaria” do lastro deverá ser feita, obrigatoriamente, por meios mecânicos já que os métodos manuais ficam inviáveis.
Nas juntas de trilhos, os dormentes são aproximados, gradativamente, para garantir melhor sustentação às mesmas.
FONTE:http://www.dtt.ufpr.br/Ferrovias/arquivo/MANUAL%20DID%C3%81TICO%20DE%20FERROVIAS%202012%20(p.91-194)%20SEGUNDA%20PARTE%202s.pdf
VÁ E VENÇA, QUE POR VENCIDO NÃO OS CONHEÇA.
Para responder essa
pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre o projeto de
ferrovias.
O modal de transporte
ferroviário ocorre por meio de locomotivas e vagões se movimentando pelas
ferrovias que, por sua vez, consistem em trilhos de ferros. O transporte
ferroviário apresenta como vantagens baixo custo de frete, a capacidade
carregar grande quantidade de carga e segurança contra roubos e acidentes. Por
sua vez, suas principais desvantagens ficam por conta do tempo de locomoção, da
inviabilidade em terrenos muito acidentados e a dependência de malhas
ferroviárias, muitas vezes sucateadas e/ou com dimensões incompatíveis para
uso.
Nesse contexto, os dormentes
tratam-se de importantes elementos da ferrovia, dispostos transversalmente à
mesma, cuja função é receber os esforços provenientes dos veículos e
suas cargas e transmiti-los para o lastro. Além disso, os dormentes atuam
como suporte para os trilhos, fixando estes e impedindo variações dimensionais
na distância entre eles. A Figura 1 exemplifica o que são os dormentes.
Figura 1: Elementos de uma
linha férrea.
Fonte: Klincevicius
(2011).
Por sua vez, quanto
maior for a velocidade da via, maiores serão os esforços nos dormentes e,
consequentemente, maior será o número de dormentes necessários para resistir
aos esforços - reduzindo, dessa forma, o espaçamento entre eles. Em outras
palavras, quanto maior a velocidade da via, menor será o espaçamento
recomendável (e necessário) entre os dormentes. Portanto, a assertiva do
enunciado está errada.
Gabarito do professor: errado.
Corroborando o que foi
dito, a Instrução de Serviço Ferroviário 213 do DNIT (2015), intitulada
“Projeto da superestrutura da via permanente – Trilhos e dormentes", trata
sobre dormentes em sua seção 3, estabelecendo, dentre outras coisas, que:
“O espaçamento entre
dormentes depende de cálculos demonstrativos de elementos da superestrutura, da
infraestrutura, do material rodante, e de tração.
Recomenda-se que o espaçamento
máximo entre dormentes tenha os seguintes valores:
- Vias troncos principais
de grande movimento – 60 cm;
- Vias troncos secundários
de pouco movimento – 70 cm;
- Vias acessórias com
velocidade máxima de 30 km/h – 80 cm."