Gabarito: letra c
De acordo com o artigo Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento (2003).
Tipos de estudos epidemiológicos
Os estudos epidemiológicos podem ser classificados em observacionais e experimentais.
De uma maneira geral, os estudos epidemiológicos observacionais podem ser classificados em descritivos e analíticos.
Estudos descritivos
Os estudos descritivos têm por objetivo determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos. Ou seja, responder à pergunta: quando, onde e quem adoece?
A epidemiologia descritiva pode fazer uso de dados secundários (dados pré-existentes de mortalidade e hospitalizações, por exemplo) e primários (dados coletados para o desenvolvimento do estudo).
A epidemiologia descritiva examina como a incidência (casos novos) ou a prevalência (casos existentes) de uma doença ou condição relacionada à saúde varia de acordo com determinadas características, como sexo, idade, escolaridade e renda, entre outras.
Quando a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde difere segundo o tempo, lugar ou pessoa, o epidemiologista é capaz não apenas de identificar grupos de alto risco para fins de prevenção (por exemplo: na cidade de Bambuí, verificou-se que idosos com renda familiar inferior a três salários mínimos ingeriam menos frutas e legumes frescos e praticavam menos exercícios físicos do que aqueles com renda familiar mais alta), mas também gerar hipóteses etiológicas para investigações futuras.
Estudos analíticos
Estudos analíticos são aqueles delineados para examinar a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde. Os principais delineamentos de estudos analíticos são:
a) ecológico;
b) seccional (transversal);
c) caso-controle (caso-referência); e
d) coorte (prospectivo).
Nos estudos ecológicos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença são determinadas para grupos de indivíduos. Nos demais delineamentos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença ou evento de interesse são determinados para o indivíduo, permitindo inferências de associações nesse nível. As principais diferenças entre os estudos seccionais, caso-controle e de coorte residem na forma de seleção de participantes para o estudo e na capacidade de mensuração da exposição no passado.
FONTE: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742003000400003