A teoria dos mercados de informação assimétrica é uma corrente da microeconomia que afirma haver assimetria no acesso à informação entre compradores e vendedores nas mais diversas transações. Tais desigualdades podem incorrer em falhas e ineficiência na alocação de recursos no mercado, como ocorre em uma venda de um carro usado, por exemplo, em que o vendedor possui muito mais informação do que o comprador sobre o carro a ser vendido. Logo, buscando se prevenir de fazer um mal negócio, o comprador fará negócio apenas se o preço for relativamente baixo, pois este não tem conhecimentos do real estado de conservação do carro e terá receio de ter que arcar com mais custos no futuro. A consequência da indisposição a pagar um preço maior pelo medo de fazer um mau negócio, é que cada vez mais apenas os carros em pior condição de conservação entrarão para o mercado de carros usados. Uma vez com carros piores, a média do preço diminui, o que novamente atrairá carros ainda piores no mercado.
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Tais adversidades induzem o mercado a alocar recursos de maneira ineficiente e são necessárias medidas para corrigir essas distorções. Nesses, Stiglitz enfatiza a ação do estado por meio de regulações para a busca de um equilíbrio que aumente o ganho social. Seus trabalhos causaram impacto em alguns países que introduziram mecanismos para corrigir o problema da assimetria de informação. Um exemplo disso ocorre na maior parte dos Estados Unidos, onde há dispositivos legais que impedem que empresas que avaliam bens usados, buscando ajudar o lado da demanda a diminuir a assimetria de informação, de vender serviços posteriores. Dessa forma muda-se o incentivo de detectar problemas inexistentes para aumentar a contratação de serviços posteriores para fazer, de fato, uma avaliação realista do imóvel.
fonte: http://g1.globo.com/economia/blog/samy-dana/post/teoria-dos-mercados-com-informacao-assimetrica-uma-ruptura-no-pensamento-da-microeconomia.html