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A instrumentalidade no exercício profissional refere-se, não ao conjunto de instrumentos e técnicas (neste caso, a instrumentação técnica), mas a uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruída no processo sócio-histórico.
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Gabarito A.
Nas palavras da professora Yolanda Guerra:
"A instrumentalidade é uma propriedade e/ou capacidade que a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos. Ela possibilita que os profissionais objetivem sua intencionalidade em respostas profissionais. É por meio desta capacidade, adquirida no exercício profissional, que os assistentes sociais modificam, transformam, alteram as condições objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano. Ao alterarem o cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes, e os convertendo em condições, meios e instrumentos para o alcance dos objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando instrumentalidade às suas ações. Na medida em que os profissionais utilizam, criam, adequam às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações são portadoras de instrumentalidade. Deste modo, a instrumentalidade é tanto condição necessária de todo trabalho social quanto categoria constitutiva, um modo de ser, de todo trabalho."
Referência:
http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/Yolanda%20Guerra%20instrumentalid.pdf
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A
a uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruída no processo sócio-histórico e é por meio desta capacidade, que os profissionais alteram o cotidiano, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes para o alcance dos objetivos profissionais.
B
às técnicas que devem ser empregadas no cotidiano profissional no universo das práticas reformistas integradoras que visam controlar e adaptar comportamentos, moldar subjetividades e formas de sociabilidade necessárias à reprodução da ordem capitalista vigente.
C
às ações instrumentais pragmáticas e imediatistas que o trabalhador deve ficar atento, a partir da mera requisição instrumental-operativa do mercado de trabalho por eficácia e eficiência, considerando a necessidade de responder imediatamente às situações de patologia social existentes.
D
ao conjunto de instrumentos utilizados no agir profissional, como um fim em si mesmo, através dos quais o assistente social pode concretamente alcançar suas finalidades seguindo as técnicas como “receituários” ou “manual passo a passo”.
E
ao uso de instrumentos e técnicas isentas de conteúdo valorativo, que são suficientes para responder à realidade cotidiana e às complexas demandas do exercício profissional, nas quais a preocupação se restringe à eficácia dos fins.