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JUSTIFICATIVA DA BANCA - letra e
Conforme elaborações de Guerra (2013, 2016), o debate sobre a relação entre a instrumentalidade profissional e as concepções dos projetos ainda postos para a categoria profissional, remete a formas diferenciadas de compreendê-la. Assim, podemos falar em dois projetos profissionais incompatíveis e inconciliáveis. O primeiro é o projeto hegemonizado pela razão instrumental que se combina com a razão formal-abstrata. Esse apresenta as seguintes características:
− Garante a visão formalista da profissão e se expressa por modelos, metodologias apriorísticas, por tipologias e pautas de como fazer, concepção orientada pelo referencial das correntes positivistas, entre elas o neopositivismo e o pragmatismo.
− Ao ser capturada por uma racionalidade formal-abstrata, a profissão é concebida como uma técnica social, podendo ser considerada, no máximo, uma ciência social aplicada.
− Estabelece uma ruptura entre teoria/prática e pesquisa, quando do uso da racionalidade formal-abstrata e da razão instrumental, pois a ênfase é nos instrumentos e técnicas.
O outro é o projeto ético-político hegemônico aportado nos fundamentos marxistas e na razão dialética. Esse apresenta as seguintes características:
− Norteia-se pela relação meios e fins carregados de intencionalidade, não pressupondo a neutralidade profissional, vista nas razões formal-abstrata e instrumental.
− O debate da instrumentalidade na concepção marxista só pode ocorrer da ruptura com o entendimento da centralidade de instrumentais e técnicas profissionais, o que não significa negar sua importância.
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2- o aportado nos fundamentos marxistas e na razão dialética. => Norteia-se pela relação meios e fins carregados de intencionalidade.
1- o hegemonizado pela razão instrumental e com a razão formal-abstrata=> Garante a visão formalista da profissão e se expressa por modelos, metodologias apriorísticas, por tipologias e pautas de como fazer. .
1- o hegemonizado pela razão instrumental e com a razão formal-abstrata =>A profissão é concebida como uma técnica social, podendo ser considerada, no máximo, uma ciência social aplicada.
2- o aportado nos fundamentos marxistas e na razão dialética => Só pode ocorrer da ruptura com o entendimento da centralidade de instrumentais e técnicas profissionais, o que não significa negar sua importância.
1- o hegemonizado pela razão instrumental e com a razão formal-abstrata => Estabelece uma ruptura entre teoria/prática e pesquisa.
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Questão com um nível de dificuldade maior, pois já aborda o entendimento e a aplicação do método. Perceba que a questão não menciona “endogenismo”. Todavia, trata-se de uma vertente que faz um contraponto direto ao marxismo, tal qual o endogenismo.
Norteia-se pela relação meios e fins carregados de intencionalidade.
A chave aqui é a “intencionalidade”. Logo não há neutralidade. Assim, a resposta é 2.
Garante a visão formalista da profissão e se expressa por modelos, metodologias apriorísticas, por tipologias e pautas de como fazer.
Aqui temos a “visão formalista” descrevendo uma linearidade do que fazer. Logo, não pode ser dialético. Assim, a resposta é 1.
A profissão é concebida como uma técnica social, podendo ser considerada, no máximo, uma ciência social aplicada.
No entendimento da dialética marxista, o Serviço Social não é uma técnica social. Esse entendimento é demasiadamente simplista. Como estudamos, a nossa profissão se conforma nas tramas da sociedade capitalista apresentando um caráter contraditório. Logo, a resposta é 1.
Só pode ocorrer da ruptura com o entendimento da centralidade de instrumentais e técnicas profissionais, o que não significa negar sua importância.
Cuidado com esse item. O que ele está colocando como ruptura é com aquela ideia do instrumento como um fim em si mesmo, amparado em uma suposta neutralidade. Como se o instrumento não expressasse o ponto de vista ou a vivência política do pesquisador. Que fique bem claro, o marxismo não nega instrumentais e técnicas, mas sim a sua pretensa neutralidade: o instrumento pelo instrumento. A velha frase: “os dados falam por si mesmos”. Isso ele nega. Resposta 2.
Estabelece uma ruptura entre teoria/prática e pesquisa.
O marxismo jamais vai propor nenhum tipo de ruptura entre teoria/prática. Isso vai de encontro a qualquer entendimento de dialética. Logo, resposta 1.
RESPOSTA: LETRA E