- ID
- 2820199
- Banca
- IDECAN
- Órgão
- CRF-SP
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Jornalismo
- Assuntos
Entre os anos 20 e 70, ensina Antonio Hohlfeldt, doutor em Letras pela PUC/RS, que desenvolveram-se um certo
número de teorias ligadas aos processos informacionais. Mas foi já a partir dos anos 60, concentrando-se nos anos 70,
através de vários pesquisadores dos Estados Unidos que se fez o cruzamento das diferentes teorias, a fim de ser possível
compreender a abrangência desse processo comunicacional. Hohlfeldt analisa em especial a agenda setting
(agendamento que a mídia faz junto ao receptor), o newsmaking (ênfase à produção da informação ou à transformação
dos acontecimentos) e a espiral do silêncio (desdobramento da agenda setting que destaca a onipresença da mídia
como modificadora ou formadora de opinião a respeito da realidade), que nos alertam para o fato de que “não se pode
ser nem preconceituoso nem ingênuo em relação à mídia”. Para Hohlfeldt, a mídia se não tem aquele poder absoluto
até a década de 20, por certo possui ainda uma força de todo não dimensionada, graças às diferentes estratégias com
que é sucessivamente apropriada por diversos grupos, políticos ou não. Aliás, lembra ele, muitos estudiosos costumam
dizer também que as atuais tecnologias resultam da necessidade das grandes empresas internacionais manterem
ocupados seus cientistas contratados, de modo que sempre revisem suas descobertas, a fim de encontrar novas
utilizações para o que foi parcialmente desenvolvido ou utilizado. O que Zbigniew Brzezinski, já em 1969, denominou
de tecnotrônica, isto é, a combinação de diferentes tecnologias que permite o advento de um novo salto: