SóProvas


ID
2826634
Banca
AMIGA PÚBLICA
Órgão
CRECI - 16ª Região (SE)
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                     Eles sabem tudo. Será?


      Nunca os adolescentes foram tão bem informados sobre sexo. Mas nem sempre eles levam a teoria à prática.

      Há uma notícia ótima no campo do comportamento: pesquisas mostram que, quando os jovens de hoje vão fazer a iniciação sexual, já conhecem bem a teoria. A geração atual --- principalmente os adolescentes das classes A e B --- é provavelmente a mais bem informada sobre sexo em todos os tempos. Ela lê a respeito do assunto em revistas, suplementos de jornais e livros educacionais. Assiste a programação de TV que tiram dúvidas sobre sexo. Têm à disposição vários sites da internet que respondem a perguntas relativas ao tema. Por fim, a educação sexual já é obrigatória na maioria das escolas particulares e começa a se espalhar também pelo ensino público. Infelizmente, há uma notícia ruim, que é dada pelo psiquiatra paulista Jairo Bouer, referência da juventude quando o assunto é sexo. “Eles não conseguem processar toda essa massa de informações e, na hora H, fazem quase tantas burradas quanto à geração anterior”. Ele quer dizer que tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa. O índice de gravidez na adolescência ainda cresce no país. E o uso de camisinha é abaixo do esperado, apesar de todas as campanhas de instituições públicas e privadas.

      Quais as razões dessa distância entre a teoria e a prática? A primeira delas é óbvia: sexo não é só uma questão de informação, mas também de maturidade. É fundamental o adolescente conversar de maneira franca com quem está próximo a ele e pode passar a própria experiência sobre o assunto --- ou seja, os pais.

      {...}  

      Outra questão é como falar a linguagem do jovem. O grosso das campanhas e dos programas de ensino, segundo especialistas, fracassa justamente nesse ponto. “A maior parte das escolas recorre a palestras, e elas são chatas”, avalia a médica Albertina Duarte Takiuti, do Hospital das Clínicas de São Paulo. {...}

Angélica Oliveira. Veja Especial Jovens, Seção Comportamento, São Paulo, 2001, págs. 24 e 25. 

Assinale a alternativa que apresenta a oração em que o valor semântico do “que” é uma conjunção integrante.

Alternativas
Comentários
  • QUE: CONJUNÇÃO INTEGRANTE OU PRONOME RELATIVO?


    Estabeleceremos as funções do pronome “que”, uma vez que ora ele exerce o papel de conjunção integrante, ora de pronome relativo. Nesse sentido, quais as diferenças que demarcariam ambas as posições? Procurando responder a essa questão, comecemos nossa análise, partindo, é claro, de exemplos práticos:


    1) É necessário que você venha ao meu encontro.


    Temos aqui um período composto, o qual se constitui de duas orações: uma principal – “é necessário”, e outra subordinada – “que você venha ao meu encontro”.


    Ao fazermos aquela famosa pergunta ao verbo, temos: é necessário o quê? Que você venha ao meu encontro.


    O termo em destaque, portanto, funciona como o sujeito do verbo em questão (no caso, o verbo ser). Assim, por meio de tais indícios, constatamos que a segunda oração se revela como uma oração subordinada substantiva subjetiva.


    Para descobrir se se trata de uma conjunção integrante (que) é só analisar que antes dele não há um substantivo (haja vista que “necessário” é a palavra que o antecede). Portanto, ele não faz o papel de substituto de nenhum termo.


    Conclusão: nesse caso, o “que” se classifica como uma conjunção integrante, pois introduz uma oração subordinada substantiva (subjetiva).



    2) As palavras que foram rispidamente proferidas causaram aborrecimentos.


    Novamente nos deparamos com um período composto: constituído por uma oração principal – “as palavras causaram aborrecimentos”, e uma oração subordinada adjetiva restritiva – “que foram rispidamente proferidas”.


    Instiga-nos o seguinte questionamento: o “que”, dessa vez, será pronome relativo ou conjunção integrante?


    É simples, basta analisar que antes dele há um substantivo (no caso, “as palavras”), e que ele faz a função de substituí-lo. Assim, de modo a tornar ainda mais prática nossa discussão: o pronome “que” pode perfeitamente ser substituído por “as quais”, ou seja:


    As palavras as quais foram rispidamente proferidas causaram aborrecimentos.


    Eis aí a conclusão: nesse caso, o “que” atua como pronome relativo.


    Fonte: https://portugues.uol.com.br/gramatica/que-conjuncao-integrante-ou-pronome-relativo-.html

  • “Ele quer dizer que tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa”; 


    Ele quer dizer isso

  • “Ele quer dizer que tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa”; 


    Ele quer dizer isso

  • “Ele quer dizer que tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa”; 


    Ele quer dizer isso

  • “Ele quer dizer que tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa”; 


    Ele quer dizer isso

  • Alternativa correta: B.


    Para achar a conjunção integrante, procure o verbo da frase. Depois de um verbo, se houver um "que", ele será conjunção integrante, e não pronome relativo. Você também pode tentar substituir o "que" por "o qual/a qual": se der certo, ele será um pronome relativo.


    a) Assiste à programa de TV (substantivo) que (=o qual) tiram dúvidas sobre sexo; 

    b) Ele quer dizer (verbo) que (não cabe "o qual" aqui) tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa;

    c) Têm à disposição vários sites da internet (substantivo) que (=o qual) respondem a perguntas relativas ao tema;

    d) Há uma notícia ruim (adjetivo), que (=o qual) é dada pelo psiquiatra paulista Jairo Bouer;

    e) O jovem (substantivo) que (=o qual) entende do assunto sabe se proteger contra as doenças. 


  • Pronome Relativo =Troca por o(a) QUAL

    Conjunção Integrante = "Trocar" por ISSO

    Gabarito: B

    Ele quer dizer ISSO

  • “Ele quer dizer que(ISTO) tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa”;

  • Gabarito B

    ⨠ "que" é pronome relativo quando troca por "os quais/as quais".

    a. Assiste a programa de TV os quais tiram dúvidas sobre sexo;

    c.Têm à disposição vários sites da internet os quais respondem a perguntas relativas ao tema;

    d. Há uma notícia ruim, a qual é dada pelo psiquiatra paulista Jairo Bouer;

    e. O jovem o qual entende do assunto sabe se proteger contras doenças.

    ⨠ "que" é conjunção integrante quando troca por "isso".

    b. Ele quer dizer que tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa = Ele quer dizer isso