a) Habitualmente, os termos ansiedade e angústia são tomados como sinônimos. Creio ser útil estabelecer uma distinção. A Angústia (vem do latim angor, que significa “estreitamento”) se manifesta por uma sintomatologia somatiforme, do tipo de sensações de estreitamento, como é o caso da dispnéia suspirosa, opressão pré-cordial, etc. Ansiedade expressa uma "ânsia", ou seja, um desejo impossível e, por isso, ela se forma no ego com a finalidade de sinalizar que algum perigo ameaça o equilíbrio interno. No entanto, nem sempre o sinal de alarme da ansiedade se traduz por sintomas de angústia livre.
c)As identificações propriamente ditas resultam de um processo de introjeção de figuras parentais dentro do ego e do superego, o que pode ocorrer através de uma das seguintes formas:
1) Com a figura amada e admirada (é a que constitui as identificações mais sadias e harmônicas).
2) Com a figura idealizada (costuma ser frágil e não suporta as frustrações).
3) Com a figura odiada (configura o que se conhece como "identificação com o agressor”).
4) Com a figura perdida (é a base dos processos depressivos).
5) Com a figura atacada (creio que poderia ser denominada como "identificação com a vitima").
6) Com alguns aspectos parciais dessas figuras acima (por exemplo, a presença de um mesmo sintoma, ou um mesmo maneirismo, etc.)
7) Com os valores que lhe foram impostos (na base do ‘Tu vais ser igual à louca da tia Maria", etc.).
d) Ansiedade de castração. Surge como decorrência dos conflitos edípicos.
Fundamentos Básicos das Grupoterapias David E. Zimerman