SóProvas


ID
2842138
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Espanhol
Assuntos

Mayo
15
Que manana no sea otro nombre de hoy

En el ano 2011, miles de jóvenes, despojados de suscasas y de sus empleos, ocuparon las plazas y las callesde varias ciudades de Espana.
Y la indignación se difundió. La buena salud resultómás contagiosa que las pestes, y las voces de losindignados atravesaron las fronteras dibujadas en losmapas. Así resonaron en el mundo:
Nos dijeron “ja la puta calle!”, y aquí estamos.
Apaga la tele y enciende la calle.
La llaman crisis, pero es estafa.
No falta dinero: sobran ladrones.
Los mercados gobiernan. Yo no los voté.
Ellos toman decisiones por nosotros, sin nosotros.
Se alquila esclavo econômico.
Estoy buscando mis derechos. ¿Alguien los ha visto?
Si no nos dejan sonar, no los dejaremos dormir.

GALEANO, E. Los hijos de los días. Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 2012.

Ao elencar algumas frases proferidas durante protestos na Espanha, o enunciador transcreve, de forma direta, as reivindicações dos manifestantes para

Alternativas
Comentários
  • Na minha opinião esse tipo de questão tem que ter o comentário do professor em vídeo, para que ele possa ler o texto traduzindo- o e fazendo a devida interpretação, apenas comentar dizendo que essa alternativa está errada e em seguida repetir o que está escrito na alternativa não adianta nada para o aluno!

  • Eduardo Galeano foi um ativista político e escritor uruguaio, editor do jornal Marcha (o mais importante jornal à esquerda no Uruguai). Suas obras são reconhecidas por transcenderem gêneros já estabelecidos, como ficção, jornalismo, análise política e história.

    Neste trecho de “Los hijos de los días", temos a sensação de estar mesmo dentro de movimentos populares quando o autor menciona: “Así resonaron en el mundo:" (Assim ecoaram no mundo). Ao trazer, diretamente, a maneira as frases que ficaram conhecidas pelo mundo, o autor tenta localizar o leitor geograficamente nos movimentos que proferiram tais falas. Desta maneira, ele não faz apenas um movimento de trazer o Outro para dentro do contexto de lutas, mas, além disso, torna o movimento popular reconhecido por pessoas que não participaram dele.

    A) A provocação traz uma conotação negativa – provoca-se algo ou alguém porque tem-se, como expectativa, que a ação em resposta seja desagradável à pessoa/situação que é alvo da provocação. Por outro lado, a ausência de qualquer tom satírico, irônico ou mesmo debochado no texto em indica que existe uma concordância com o movimento do qual foram extraídas as falas diretas. Isso fica particularmente claro no trecho “las voces de los indignados atravesaron las fronteras dibujadas en los mapas", em que o uso que é feito do termo “indignados" transparece empatia pelo movimento (não são “vagabundos" ou “pessoas sem ter o que fazer", mas um grupo de indivíduos que tem uma reação legítima em virtude de uma situação que lhes é desfavorável e, conscientes de seus direitos, coloca tal indignação em evidência). INCORRETA


    B) A empatia em relação ao movimento popular fica clara no texto no trecho “las voces de los indignados atravesaron las fronteras dibujadas en los mapas", em que o uso que é feito do termo “indignados" transparece certa aproximação com aqueles que fazem parte do movimento (não são “vagabundos" ou “pessoas sem ter o que fazer", mas um grupo de indivíduos que tem uma reação legítima em virtude de uma situação que lhes é desfavorável e, conscientes de seus direitos, coloca tal indignação em evidência). CORRETA


    C) Não obstante o convite ao leitor para que participe não apenas da indignação coletiva, informada no trecho, como também o incentive a alguma ação que coloque essa indignação em maior evidência na sociedade, esse parece ser um objetivo secundário, caso exista de fato. O que fica claro é o desejo em dar voz às reivindicações feitas, e isso fica evidente quando o autor reproduz, em discurso direto, o que é dito. Tal efeito de sentido acontece porque, no discurso relatado direto, o enunciador que inclui as vozes no trecho citado “não se coloca como responsável por essa fala, nem como sendo o ponto de referência de sua ancoragem na situação de enunciação" (MAINGUENEAU, 2004, p.138). INCORRETA


    D) Não há, no trecho, elementos suficientes que garantam que o objetivo do autor era estabelecer algum diálogo entre governo e sociedade. Parece, em realidade, ser uma crítica à maneira pela qual o governo opera a despeito daquilo que parte da sociedade tem como objetivo: “Los mercados gobiernan. Yo no los voté." INCORRETA


    E) Para afirmar que o texto tem como objetivo instaurar dúvidas sobre a legitimidade da causa, seria necessário que houvesse críticas ao movimento. Encontra-se, no entanto, alguma crítica à própria atuação do governo ou dos poderes necessários e paralelos ao Estado, como os mercados, que não foram escolhidos por nenhum eleitor, ainda que “ellos toman decisiones por nosotros, sin nosotros." INCORRETA



    Gabarito da Professora: B.