SóProvas


ID
2842249
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto secreto”

utilizado por gays e travestis


Com origem no iorubá, linguagem foi adotada

por travestis e ganhou a comunidade


“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o “dialeto secreto” dos gays e travestis.

Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma: “É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou numa reunião, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de 'acué’ o tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoal já entende, né? Tá na internet, tem até dicionário...”, comenta.

O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da língua afiada, lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na obra, há mais de 1 300 verbetes revelando o significado das palavras do pajubá.

Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que há claramente uma relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na época do Brasil colonial.

Disponível em: www.midiamax.com.br. Acesso em: 4 abr. 2017 (adaptado).


Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por

Alternativas
Comentários
  • eu ate acertei mais do play no vídeo , pois é uma professora muito simpática rsrs....

  • deixe de equê se não eu puxo teu picumã.

  • C- objetos formais de registro = ou seja, o dicionário .

  • deplorável essa questão

  • Para todos aqueles, dos curiosos aos não alfabetizados em pajubá, que ainda estejam na dúvida, a frase que abre esse texto poderia ser traduzida como: “E aí, mulher! Não se faça de desentendida e pague meu dinheiro, deixe de mentiras se não eu puxo teu cabelo!”. Dar calote financeiro em alguém, afinal, não é aceitável por melhor que seja a desculpa – seja ela dada em português ou em pajubá.

    https://super.abril.com.br/cultura/o-que-e-o-pajuba-a-linguagem-criada-pela-comunidade-lgbt/

  • Tendo em vista o atual governo imagino questões bem diferentes dessa.

  • Ser consolidado por objetos formais de registro faz com que ele se torne reconhecido e assim seja considerado patrimonio linguisticp

  • deixe de equê se não eu puxo teu picumã. KKKkkk, o que seria esse picumã?! kkkk

  • Dialeto = conjunto de marcas linguísticas de natureza semântico-lexical, morfossintática e fonético-morfológica, restrito a uma comunidade inserida numa comunidade maior de usuários da mesma língua.

    Item C

  • A crítica a essa questão só comprova o preconceito contra travestis e uma tremenda ignorância. O tema da questão não é travesti. O tema é o conceito de dialeto. Outros grupos poderiam ser citados, como o dialeto dos skatistas.

  • Para se tornar patrimônio linguístico, necessita estar formalizado em um dicionário? Tudo aquilo que está fora do dicionário não é patrimônio linguístico?

    Não tô pondo em xeque o gabarito da questão, quero só entender mesmo.

  • A língua deixa de ser algo espontâneo quando acaba sendo formalizada. Nesse caso, sendo registrada por meio de um dicionário.

  • única coisa que não entendi: um dicionário escrito por um jornalista é considerado um registro formal? Isso eu não sabia...