Eu vou tentar desenvolver o que acho que o Saramago pensa quando diz que "Toda história é história contemporânea".
É só pensar que hoje em dia milhões de pessoas buscam seguir os ensinamentos do cristianismo, que é uma coisa que iniciou há mais de 2 mil anos atrás.
Em suma, acontecimentos de 2 mil anos atrás, influenciam no nosso dia a dia em 2019.
Só deixando claro: eu gosto da mensagem de Jesus Cristo, mas acredito que muitos padres e pastores não pensam sobre ele e brincam de fazer interpretações de textos religiosos.
Vida à cultura democrática, Monge.
#Análise das alternativas com os erros em negrito
A questão pede a análise da seguinte frase: [...]“Toda a História é História contemporânea”. Ou seja, Saramago ressalta, quando infere essa parte de outro autor, o quanto a história se repete e o que era passado acaba virando presente. Há construções e reconstruções dessa linha "passado-presente-futuro".
a) traduz à perfeição a convicção de ambos, segundo a qual o fato de a História não se repetir não significa atraso ou paralisia.
Incorreta. Aqui a banca trouxe uma conclusão que não aparece no texto. Conforme trecho do texto: '[...]Para mim, tudo o que aconteceu está a acontecer [...]". Percebe-se que o autor apenas fala da circularidade dos acontecimentos ao longo do tempo e não dos efeitos da sua não repetição, tal como ressaltou essa assertiva.
b) expressa o sentido da sincronicidade que rege e caracteriza o tempo da História, tese que é também a do escritor português.
Gabarito. A resposta está logo no início do texto, conforme trecho a seguir: "[...[Eu entendo a História num sentido sincrônico, isto é, em que tudo acontece simultaneamente [...]"
c) representa a convicção de que na contemporaneidade a evolução da História vai suprimindo o caos dos eventos passados.
Incorreta. Aqui a banca extrapolou o que foi dito no texto, já que, de acordo com trecho a seguir "[...]sentido para todo esse caos de fatos gravados na tela do tempo [...], ele o autor não busca suprimir o caos dos eventos passados, mas encontrar um sentido para eles.
d) denota o otimismo dos historiadores do tempo presente, segundo os quais a civilização do futuro incorporará os acertos do passado.
Incorreta. Outra extrapolação clara da banca. Em nenhum momento, o texto aborda a incorporação do passado no futuro, assim como essa questão de diferenciação de acertos/erros. O único objetivo do autor é encontrar um sentido/norte que seja comum entre eles.
e) encerra a antiga sabedoria dos historiadores clássicos, que não viam razão para deixar de cultuar a memória das antigas civilizações.
Incorreta. A assertiva inteira está incorreta, visto que não há nada no texto falando desse culto às memórias das antigas civilizações.
Espero ter ajudado. :D