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ID
2848333
Banca
FUVEST
Órgão
USP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?  

                  José de Alencar. Bênção Paterna. Prefácio a Sonhos d’ouro.


A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda e as tintas de que matiza o algodão.

                                                                           José de Alencar. Iracema.


Glossário:

“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de bromélia; “juçara”: tipo de palmeira espinhosa. 

Com base nos trechos acima, é adequado afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O trecho de Iracema ilustra as ideias presentes no prefácio de Sonhos d’ouro, referentes ao abrasileiramento da língua portuguesa por meio do uso de vocabulário indígena (“ará” por “periquito” e “uru” por “cesto”, por exemplo).

    Fonte: Etapa