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ID
2858227
Banca
UFTM
Órgão
UFTM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Saúde Mental: Precisamos falar sobre depressão

   Mais de 11 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a depressão, segundo a Pesquisa Nacional

de Saúde. Os jovens estão entre os mais afetados pela doença que, segundo previsão da Organização

Mundial da Saúde (OMS), poderá ser a mais incapacitante do mundo até 2020.

A juventude enfrenta desafios muitas vezes sem amparo da família ou do poder público, incluindo o

trabalho, a pressão pela sua formação escolar e escolhas de vida. Consequentemente, a saúde mental é

afetada desencadeando doenças como a depressão e a ansiedade. Frases como “fica bem”, “você precisa se

esforçar” ou “fica tranquilo” são comuns a quem está nessa condição, mas não funcionam para quem passa

todos os dias por isso.

A escola pode ser um dos grandes motores para esse problema na vida dos estudantes. Números indicam

que 56% dos alunos brasileiros ficam mais estressados durante os estudos, de acordo com o Programa de

Avaliação Internacional de Estudantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE). Os baixos investimentos em uma educação pública de qualidade e a falta de suporte aos jovens

ampliam ainda mais esse número.

A população ainda desconhece, na prática, a doença e confunde muitas vezes como mera “tristeza” ou

“baixo astral”. Antônio Geraldo da Silva, superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria

e presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), afirma que "depressão não é frescura

nem falta de religiosidade. É transtorno psiquiátrico e precisa ser diagnosticado e tratado como tal".

Antônio Geraldo ressalta que é preciso quebrar o preconceito relacionado às questões de saúde mental,

levando informações corretas à população. “A psicofobia (discriminação contra os portadores de

transtornos e deficiências mentais) é um grande obstáculo a ser transpassado para que a população não

tenha vergonha de procurar ajuda”, afirma o psiquiatra.

De acordo com Antônio, alguns cuidados podem ser tomados para que se tenha uma boa saúde mental:

aumentar a frequência de exercícios físicos, mantendo a prática regular; cuidar da alimentação; aumentar a

frequência de atividades prazerosas, sozinhas ou em grupo, tudo isso ajuda a manter uma boa saúde mental.

“O isolamento social é comprovadamente adoecedor”, ressalta o psiquiatra.

Antônio destaca que “quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento da depressão e/ou ansiedade, mais

fácil de se tratar e devolver ao paciente uma vida sem prejuízos”.

A situação deve ser tratada como questão de saúde pública para prevenir que os jovens aumentem as

estimativas sobre a doença. Para quem sofre com a depressão e a ansiedade, a vida perde cores, levando

muitos a tirarem a própria vida como única solução. Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de

óbito entre os jovens de 10 a 24 anos, de acordo com a OMS.

A vida se torna um peso a ser carregado por quem sofre dos estágios mais avançados da doença. A taxa

de suicídios de jovens subiu 10% desde 2002, entre a população de 15 a 29 anos no Brasil de acordo com

o Mapa da Violência de 2017, publicado com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade

(SIM) do Ministério da Saúde.

As mortes por suicídio estão diretamente ligadas a transtornos mentais diagnosticados ou não, tratados

de forma inadequada ou não tratados de forma alguma. De acordo com Antônio Geraldo, “quanto mais as

pessoas tiverem acesso à informação, entendendo que o suicídio é uma emergência médica, mais chances

teremos de diminuir os números relacionados a essa triste realidade”.

“Pensar em saúde mental de qualidade é entender que o psiquiatra não é ‘médico de loucos’,

incentivando a busca por auxílio psiquiátrico sempre que observados os sintomas iniciais de quaisquer

transtornos”, conclui Antônio.

(GUAGLIANOME, Diego. #SaúdeMental: Precisamos falar sobre depressão. Disponível em https://ubes.org.br/2018/saudemental-precisamos-falar-sobre-depressao/ . Acessado em 26/09/2018)

Observe o emprego do elemento que destacado no trecho a seguir e, depois, assinale a alternativa em que esse elemento exerce diferente função em relação à norma culta:

“Antônio Geraldo da Silva, superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria e presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), afirma que ‘depressão não é frescura nem falta de religiosidade’.”

Alternativas
Comentários
  • Entendi que ele quer saber qual a função do "que" nas alternativas, sendo que no caput trata-se de conjunção integrante (que ISSO) (CI);

    A) CI

    B) CI

    C) Pronome relativo (a qual) - gabarito

    D) CI


  • A banca grifou no comando um que funcionando como Conjunção Integrante e solicitou que assinalássemos uma assertiva cujo termo fosse diferente do destacado. Basta marcarmos uma que não seja Conjunção Integrante:


    a) Conjunção Integrante

    b) Conjunção Integrante

    c) Pronome Relativo GABARITO

    d) Conjunção Integrante

  • Para saber se é conjunção integrante é só substituir o "que" por "isso" se fizer sentido é CI

  • a unica alternativa que o que não é precedido de um verbo é a letra c.

  • Na C, que é um pronome relativo. Nas demais alternativas, é uma conjunção integrante.

  • No exemplo da questão, o "que" é uma conjunção integrante. Se substituir por "isso" faz sentido:

    No exemplo: Antônio Geraldo (...) afirma ISSO.

    a) Antônio Geraldo ressalta ISSO.

    b) A situação deve ser tratada (...) para prevenir ISSO.

    c) Note que não faz sentido se fizer essa substituição.

    d) Pensar em saúde mental de qualidade é entender ISSO.

  • LETRA C

    Os jovens estão entre os mais afetados pela doença que, ... (PRONOME RELATIVO)

    DEUS É FIEL

  • Pronome relativo nunca vem antecedido de verbo.