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ID
2858239
Banca
UFTM
Órgão
UFTM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Saúde Mental: Precisamos falar sobre depressão

   Mais de 11 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a depressão, segundo a Pesquisa Nacional

de Saúde. Os jovens estão entre os mais afetados pela doença que, segundo previsão da Organização

Mundial da Saúde (OMS), poderá ser a mais incapacitante do mundo até 2020.

A juventude enfrenta desafios muitas vezes sem amparo da família ou do poder público, incluindo o

trabalho, a pressão pela sua formação escolar e escolhas de vida. Consequentemente, a saúde mental é

afetada desencadeando doenças como a depressão e a ansiedade. Frases como “fica bem”, “você precisa se

esforçar” ou “fica tranquilo” são comuns a quem está nessa condição, mas não funcionam para quem passa

todos os dias por isso.

A escola pode ser um dos grandes motores para esse problema na vida dos estudantes. Números indicam

que 56% dos alunos brasileiros ficam mais estressados durante os estudos, de acordo com o Programa de

Avaliação Internacional de Estudantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE). Os baixos investimentos em uma educação pública de qualidade e a falta de suporte aos jovens

ampliam ainda mais esse número.

A população ainda desconhece, na prática, a doença e confunde muitas vezes como mera “tristeza” ou

“baixo astral”. Antônio Geraldo da Silva, superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria

e presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), afirma que "depressão não é frescura

nem falta de religiosidade. É transtorno psiquiátrico e precisa ser diagnosticado e tratado como tal".

Antônio Geraldo ressalta que é preciso quebrar o preconceito relacionado às questões de saúde mental,

levando informações corretas à população. “A psicofobia (discriminação contra os portadores de

transtornos e deficiências mentais) é um grande obstáculo a ser transpassado para que a população não

tenha vergonha de procurar ajuda”, afirma o psiquiatra.

De acordo com Antônio, alguns cuidados podem ser tomados para que se tenha uma boa saúde mental:

aumentar a frequência de exercícios físicos, mantendo a prática regular; cuidar da alimentação; aumentar a

frequência de atividades prazerosas, sozinhas ou em grupo, tudo isso ajuda a manter uma boa saúde mental.

“O isolamento social é comprovadamente adoecedor”, ressalta o psiquiatra.

Antônio destaca que “quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento da depressão e/ou ansiedade, mais

fácil de se tratar e devolver ao paciente uma vida sem prejuízos”.

A situação deve ser tratada como questão de saúde pública para prevenir que os jovens aumentem as

estimativas sobre a doença. Para quem sofre com a depressão e a ansiedade, a vida perde cores, levando

muitos a tirarem a própria vida como única solução. Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de

óbito entre os jovens de 10 a 24 anos, de acordo com a OMS.

A vida se torna um peso a ser carregado por quem sofre dos estágios mais avançados da doença. A taxa

de suicídios de jovens subiu 10% desde 2002, entre a população de 15 a 29 anos no Brasil de acordo com

o Mapa da Violência de 2017, publicado com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade

(SIM) do Ministério da Saúde.

As mortes por suicídio estão diretamente ligadas a transtornos mentais diagnosticados ou não, tratados

de forma inadequada ou não tratados de forma alguma. De acordo com Antônio Geraldo, “quanto mais as

pessoas tiverem acesso à informação, entendendo que o suicídio é uma emergência médica, mais chances

teremos de diminuir os números relacionados a essa triste realidade”.

“Pensar em saúde mental de qualidade é entender que o psiquiatra não é ‘médico de loucos’,

incentivando a busca por auxílio psiquiátrico sempre que observados os sintomas iniciais de quaisquer

transtornos”, conclui Antônio.

(GUAGLIANOME, Diego. #SaúdeMental: Precisamos falar sobre depressão. Disponível em https://ubes.org.br/2018/saudemental-precisamos-falar-sobre-depressao/ . Acessado em 26/09/2018)

No que se refere à tipologia textual, marque a única alternativa correta quanto à organização do texto:

Alternativas
Comentários
  • Nesse tipo de questão é importante prestar atenção nos adjetivos e advérbios como totalmente, essencialmente.

  • Letra C.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    TEXTO NARRATIVO -> conta-se um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.  Toda a narração tem um enredo ou intriga – o encadeamento, a sucessão de fatos, o conflito que se desenvolve.

    (tempo verbal predominante é o PASSADO, pretérito perfeito e o mais que perfeito). Os gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias etc.

    TEXTO DESCRITIVO -> é uma modalidade de composição textual cujo objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objetivo, um movimento (descrição objetiva ou subjetiva de coisas, pessoas ou situações, normalmente numa enumeração, contém verbos de ligação. Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem, manuais, anúncios, propaganda, relatórios, biografia, tutorial, etc. Também podem ser encontrados em textos literários através da descrição subjetiva.

    TEXTO INJUNTIVO/INSTRUCIONAL-> é o texto que visa a dar instruções, ordens, avisos, conselhos, fazer advertências ou prescrever procedimentos, com o propósito de instruir o leitor/interlocutor. Exemplos: receitas culinárias ou médicas, manuais de instrução, bulas de medicamentos, regulamentos, editais, placas de sinalização, campanhas comunitárias. Predomina os verbos no Imperativo.

    TEXTO DISSERTATIVO:>>> tempo verbal predominante é o PRESENTE. Divide-se em argumentativo e expositivo.
    a) ARGUMENTATIVO -> apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias/opiniões apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência. Seu intuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor. Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação-argumentativa, editorial etc.

    Dica: Em textos argumentativos, a expressão “na verdade” é um modalizador e exprime um juízo de valor, um modo de ver, uma opinião do autor.

    b) EXPOSITIVO -> caracterizado por esclarecer um assunto de maneira atemporal com o objetivo de explicá-lo de maneira clara, concisa, sem intenção de convencer o leitor. Neste tipo de texto, o autor procura somente informar, explicar ou interpretar ideias, conceitos ou pontos de vista, por meio de uma explanação imparcial – que não conduza à polêmica e não tenha o propósito imediato de persuadir ou formar a opinião do leitor. Tem finalidade informativa com o objetivo de abordar algum tema e transmitir conhecimento a respeito desse tema, transmitir dados e conceitos.

    Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam a linguagem conotativa, o texto informativo utiliza linguagem denotativa.

    Além de apresentar dados e referências, não há interferência de subjetividade, ou seja, o texto é isento de sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.

  • É basicamente argumentativo, pois expõe fatos e defende opiniões.

    Exemplos de estrutura dissertativa:ensaio, carta argumentativa, dissertação-argumentativa, editorial etc.. É uma opinião do autor.

    EXPOSITIVO -> caracterizado por esclarecer um assunto de maneira atemporal com o objetivo de explicá-lo de maneira clara, concisa, sem intenção de convencer o leitor. Neste tipo de texto, o autor procura somente informar, explicar ou interpretar ideias, conceitos ou pontos de vista, por meio de uma explanação imparcial– que não conduza à polêmica e não tenha o propósito imediato de persuadir ou formar a opinião do leitor. Tem finalidade informativa com o objetivo de abordar algum tema e transmitir conhecimento a respeito desse tema, transmitir dados e conceitos.

    Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam a linguagem conotativa, o texto informativo utiliza linguagem denotativa.

    Além de apresentar dados e referências, não há interferência de subjetividade, ou seja, o texto é isento de sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.





  • Concordo, Marco Aurélio.

    "Totalmente" foi uma palavra decisiva na escolha da alternativa, isto pq o texto é bem misto.

  • Errei novamente!

  • Existe uma linha muito tênue e chata entre texto Dissertativo expositivo e Dissertativo argumentativo. Tem que ser um cão farejador para entender o que a banca pretende. 

  • Sentir que esse texto foi pra mim... :(

  • Geralmente, quando eles colocam citações indicando alguma "solução", como esses trechos destacando falas de médicos, é indício de argumentação. Gabarito: C

  • Falar que é totalmente... somente....

    desconfie.