Leia o poema "O prazer", correspondente ao rondó XXIV do livro Glaura, cujo autor é o poeta árcade Manoel Inácio da Silva Alvarenga, mineiro nascido em Vila Rica, capitania de Minas Gerais, em 1749.
O prazer
Sobre o feno recostado
Descansando afino a lira ESTRIBILHO
Que respira com ternura Pouca terra cultivada
Na doçura do prazer Me agrade com seus frutos;
Mas os olhos tenho enxutos,
Amo a simples Natureza: Quanto agrada assim viver!
Busquem outros a vaidade
Nos tumultos da cidade O meu peito só deseja
Na riqueza e no poder. Doce paz neste retiro;
Por delícias não suspiro
Desse pélago furioso Onde a inveja faz tremer!
Não me assustam os perigos, [...]
Nem dos ventos inimigos
O raivoso combater.
[...]
ALVARENGA, Manuel Inácio da. Glaura. Poemas eróticos. Lisboa. Lisboa: Of. Nunesiana,
1799, p. 93.
Nos versos, NÃO se identifica, implícita ou explicitamente, a defesa do ideal arcádico denominado