É o contrário.
As pesquisas de mercado podem ser quantitativas ou qualitativas, de acordo com a abordagem e instrumentos utilizados. Se o objetivo é quantificar o mercado, gerar medidas precisas e confiáveis que permitam uma análise estatística, é aconselhável o uso de pesquisas quantitativas. Estas trabalham com uma amostra consideravelmente grande para apurar opiniões, atitudes e interesses compartilhados por uma determinada população e são representativas desse universo. Os dados são colhidos através de questionários com perguntas claras e objetivas, as quais garantem a uniformidade no entendimento dos entrevistados e também a padronização dos resultados. Os relatórios neste tipo de pesquisa podem apresentar tabelas de percentuais e gráficos, capazes de estimar o potencial ou volume de um negócio e o tamanho e importância do segmento desejado.
Porém, se o foco estratégico é saber o que é importante para o cliente e porquê, deve-se aplicar uma pesquisa qualitativa. Através desta, não se colhe dados quantificáveis, mas sim particularidades e interpretações individuais, podendo ser úteis na busca de um novo conceito de produto a ser criado ou de um melhor posicionamento de comunicação para esse produto. A pesquisa qualitativa envolve, portanto, o desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas idéias. Dessa forma, abordam-se pequenos grupos de entrevistados, através de um roteiro, podendo se tratar de entrevistas individuais ou de grupos focais (nestes, um mediador conduz uma discussão de aproximadamente 10 pessoas das quais irá extrair o raciocínio, novas descobertas, idéias e interpretações para posterior análise).
As pesquisas Quantitativas e Qualitativas oferecem perspectivas diferentes, mas não são opostas. De fato, representam abordagens que podem ser utilizadas em conjunto, de acordo com a necessidade em questão, obtendo assim mais informações do que poderia se obter para cercar o mercado, se os métodos fossem utilizados isoladamente.