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ID
2897617
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
PM-SC
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                    Texto I


                 Atlas da Violência mostra relação entre crimes e

                                  baixo desenvolvimento

                                                                                        Por Fernando Molica


      Os dados do ‘Atlas da Violência 2018: políticas públicas e retratos dos municípios brasileiros’ revelam que a violência é menor em cidades de maior desenvolvimento humano. A análise dos 309 municípios com mais de 100 mil habitantes mostrou que as taxas de homicídios são superiores naqueles que concentram populações mais pobres, baixos índices de atendimento a crianças e adolescentes e mais casos de desocupação e de gravidez na adolescência.

      Os números reforçam os contrastes entre as cidades que ficam nos extremos da tabela: Brusque (SC) e Queimados (RJ). Na primeira, a taxa de homicídios e mortes violentas ficou em 4,8 casos por 100 mil habitantes; na outra, o índice chegou a 134,9. Os municípios mais violentos se concentram nas regiões Norte e Nordeste. Os números analisados são do ano de 2016.

      Os dados do Atlas mostram o tamanho da desigualdade: em Brusque, a taxa de atendimento escolar na faixa de zero a três anos era de 31,3%, em Queimados, de 14,5%; a renda média por pessoa dos 20% mais pobres chegou a R$ 505,50 na cidade catarinense e a R$ 180 na do Estado do Rio.

      Os índices de desocupação entre os 18 e 24 anos nos dois municípios foram de, respectivamente, 3,8% e 22%; os de gravidez na adolescência, de 1,3% e 2,9%. Outro dado relevante é o percentual de jovens entre 15 a 24 que não estudavam nem trabalhavam, os “nem-nem”: em Brusque, eram 1,2% do total; em Queimados, 13%. [...]

      Os dados foram analisados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No estudo, os pesquisadores frisam a necessidade de olhar a segurança pública de maneira mais ampla, não restrita apenas à atuação policial. Para eles, “a confusão sobre a produção do trabalho policial com a produção de segurança pública gera uma injustiça para as próprias organizações policiais, pois coloca toda a carga do problema sobre as mesmas.

      Desse modo, quando a situação se deteriora, a responsabilidade recai sobre os ombros das polícias.” Esse processo, frisam, faz com que sejam diminuídas as responsabilidades de governos que não desenvolveram “um planejamento adequado e um plano de prevenção que componham uma política de Estado”.

Adaptado de: <https://veja.abril.com.br/brasil/atlas-da-violencia-mostra-relacao-entre-crimes-e-baixo-desenvolvimento/> . Acesso em: 17 out. 2018.

Dentre as diferentes possibilidades de figuras de linguagem presentes no texto, assinale a alternativa em que ocorre uma Metonímia no excerto apresentado.

Alternativas
Comentários
  • Metonímia - você usa uma parte em vez do todo ou vice e versa

    Ombro - parte do todo (corpo)

  • Metonímia é quando se pode substituir a palavra por nome semelhante.

  • Na metonímia ocorre a substituição de uma palavra por outra próxima.

    É utilizada para evitar a repetição de palavras em um texto.

    Na referida assertiva, ombro é a parte do todo.

  • nem, na letra d, não estária substituindo parte pelo todo, no caso o não?

  • A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. 

    A responsabilidade recai sobre os ombros das polícias.”. - Recaí sobre a instituição policial.

    Bons estudos!

  • METONÍMIA - pertencente ao gênero Figura de Palavras - Consiste em em usar a marca pelo produto, ex.: vou comprar bombril (onde o correto seria esponja de aço).

  • Marquei D.

    Troquei HOMICÍDIOS por MORTES violentas.

  • É a letra c, porque a metonimia "das policias" representa segurança publica. Por exemplo: Comprei um Ford.

    Ao ler a palavra "FORD" é utilizado para fazer referencia ao substantivo - carro, ou seja a marca esta substituindo um substantivo, mas da o mesmo sentido a frase. Para ajudar tenho uma musica parodia da minha professora Jéssica Greice de Figuras de Linguagem:

    A metáfora se estuda por analogia

    Sensações humanas com a sinestesia

    Na metonímia, o "lance" é o relacionamento

    Catacrese acontece pelo esquecimento

    Antonomásia é identificação

    A elipse ocorre pela omissão

    Pleonasmo repete sem precisão

    E o anacoluto, coitado, é o viajandão

    Com este pagodinho, vamos estudar

    A hora é esta: vamos figurar!

    Repetição sonora é com aliteração

    A silepse concorda com a ideia, então

    Hipérbato altera a ordem pra você

    O polissíndeto repete com frequência o "E"

    Hipérbole é o exagero

    Eufemismo abranda sempre o que é grosseiro

    E, na antítese, expressões opostas

    Paradoxo contradiz o que está à mostra

    Essa parodia acompanha a letra de : Essa tal liberdade de Alexandre Pires. Espero ter ajudado.

  • METONÍMIA

    -Basicamente é uma palavra usada no lugar de outra palavra

    -Exemplos: “Hoje vou ler Machado de Assis”. (o autor está no lugar da obra) 

                       “É com muito suor que compro o pão para minha casa” (suor empregado no lugar de trabalho)

  • Metonímia

    Segundo o Aulete, é uma “figura de linguagem baseada no uso de um nome no lugar de outro, pelo emprego da parte pelo todo, do efeito pela causa, do autor pela obra, do continente pelo conteúdo etc.”. Ou seja, ocorre a substituição de uma palavra por outra porque há entre elas uma relação de todo e parte.

    – O bronze (sino) repicava na torre da igreja. (a matéria pelo objeto)

    – Essa juventude (os jovens) está perdida. (o abstrato pelo concreto)

    – Vivo do suor (trabalho) do meu rosto. (o efeito pela causa)

    – Gostaria de ter um Picasso (um quadro) em casa. (o autor pela obra)

    – O Brasil (as pessoas do Brasil) vibrou com a conquista da Copa do Mundo. (o continente pelo conteúdo)